Um novo volume d'As aventuras de Mike é uma das novidades da Lista Nielsen-PublishNews de Mais Vendidos desta semana – a relação contabiliza as vendas no varejo brasileiro entre os dias 15 e 21 de setembro de 2025, a partir da solução Nielsen BookScan. Em As aventuras de Mike 5 – Pé na estrada (edição com brindes) (Outro Planeta), Gabriel Dearo e Manu Digilio levam a família do personagem para um parque de diversões a bordo de um trailer temático. A categoria Infantil e Juvenil ainda conta com outras três novidades. Em Não ficção trade – na qual Coisa de rico (Todavia), de Michel Alcoforado, está na segunda posição –, a novidade da semana é Ganhe o mundo sem perder a alma (Buzz), de Tiago Brunet, que questiona se é possível prosperar financeiramente sem perder princípios, com base na espiritualidade bíblica. Dan Brown lidera Ficção com o novo O segredo final (Sextante), uma nova história do personagem Robert Langdon, o mesmo de O código Da Vinci e Anjos e demônios. Na categoria, a novidade da semana é Saint Seiya (Os cavaleiros do zodíaco) – Odisseia do tempo: Volume 2 (NewPOP), de Jerome Alquié. Outros três mangás também estão relacionados. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Justiça do Rio de Janeiro condenou o ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) a pagar uma multa de R$ 100 mil por danos morais coletivos. A decisão, publicada pela 4ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, tem relação com o caso de censura a uma revista em quadrinhos ocorrido durante a Bienal do Livro de 2019. De acordo com a reportagem, na decisão assinada pelo relator, o desembargador Guilherme Peña de Moraes, o valor da multa será revertido a fundos vinculados a políticas públicas de combate à discriminação por orientação sexual no Rio de Janeiro. O jornal O Globo a leitura performática. A expressão não indica, necessariamente, o hábito de simular leituras, mas o de compartilhar sua fome de livros para o restante do mundo. Um ivro baseado em fanfic de Harry Potter foi tema no jornal O Globo e no Estadão. A Folha de S. Paulo entrevistou a filósofa Marilena Chaui. E está lá também um papo com a escritora Zadie Smith, que no ano passado teve obras mencionadas na lista de melhores livros do século pelo The New York Times. O caderno de cultura Pensar, do Estado de Minas, abordou a criação do novo caderno suplemento literário do Carde Museu, que começa com presença de Silvano Santiago e Lilia Schwarcz. O Metrópoles publicou uma reportagem sobre o aniversário de 20 anos da saga de livros Crepúsculo. E o Estadão fez um webstories com cinco livrarias de estruturas impressionantes para aqueles que as visitam. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Dois autores foram surpreendidos pela contestação de uma pesquisa feita na última década e pelos ataques de haters neste fim de semana de sol no Rio de Janeiro: o jornalista Rafael Sento Sé e o educador Alex Andrade. Rafael amanheceu no sábado com uma nota na coluna do Ancelmo Gois, no jornal O Globo, na qual o poeta e ensaísta Alexei Bueno refuta a autoria do epíteto Cidade Maravilhosa atribuída à Jane Catulle Mendès (1867-1955), personagem sobre a qual se debruça há dez anos e protagonista da biografia A poeta da Cidade Maravilhosa, que Rafael está em vias de lançar pela Autêntica. Alex deu recentemente uma entrevista sobre Tudo para amar você (narrativa young adult lançada em agosto último pela Pé de Palavra) na Rádio Senado, em Brasília. A conversa, veiculada no Autores e Livros, programa de Anderson Mendanha, foi transformada em dica literária nas redes sociais do Senado neste domingo, e, para surpresa do autor - já com 17 livros publicados, alguns, de temática LGTBQIAPN+, como Meu nome é Laura, sobre uma mulher trans -, a postagem atraiu toda a sorte de comentários preconceituosos. Para ficar por dentro da dupla polêmica, leia a notícia completa.

A 23ª edição do tradicional Salão de Negócios da ABDL (Associação Brasileira de Difusão do Livro) será realizado de 9 a 14 de março de 2026, na cidade de Natal (RN), no Hotel Praia Mar. Consolidado como um dos maiores eventos de negócios entre empresas do setor editorial brasileiro, o Salão de Negócios da ABDL é a grande oportunidade para editoras que querem diversificar canais de venda, abrirem novos clientes e ampliarem a distribuição de seus livros pelo Brasil. De acordo com a organização, o evento proporciona um ambiente ideal para a troca de experiências, realização de negócios e networking entre editoras, varejistas, revendedores, gráficas, feirantes e outros profissionais do segmento. Pelo terceiro ano consecutivo à frente da organização, Patrícia Amorim afirma: “O Salão de Negócios 2026 já é um sucesso! Nossa missão é unir editoras, distribuidoras e varejistas de livros para desenvolverem novos negócios e aumentarem suas vendas de livros”. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A VR Editora anunciou o lançamento do AMORE, um selo dedicado a publicar histórias que têm como tema a diversidade do amor. A nova linha editorial foi criada para dialogar com público de mulheres entre 25 e 50 anos, e traz narrativas que combinam romance, sonhos e identificação com mulheres reais. Os dois primeiros lançamentos, programados para o fim de 2025, serão a ficção erótica Padre: perdão porque pequei, da romancista best-seller do USA Today e do Wall Street Journal, Sierra Simone, e a comédia romântica Miranda está retrógrada, da best-seller do The New York Times Lauren Layne. Entre os destaques já confirmados no portfólio, estão novos lançamentos de Annabel Monaghan e Stephanie Perkins. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Bookwire Brasil está em busca de analista júnior. A pessoa será responsável por integrações técnicas com novos parceiros e manutenção das integrações já existentes e pela parte técnica do serviço de e-commerce de livro digital. Ter inglês fluente é um requisito, por se tratar de uma equipe global e trabalhará com pares não brasileiros. O processo seletivo aceita candidaturas até o dia 6 de outubro.

A HarperCollins está contratando promotor de vendas. A pessoa terá como responsabilidade visitar regularmente pontos de venda para apresentar e promover os livros da HarperCollins Brasil, realizar treinamentos com livreiros sobre os lançamentos e acompanhar e apoiar campanhas promocionais, eventos e ações de divulgação. Um dos requisitos é ter vivência com organização de ponto de venda (PDV) em livrarias, incluindo montagem de exposições, vitrines e materiais promocionais. A vaga é para trabalhar em São Paulo, em regime PJ.

Em celebração ao mês das crianças, a irmã caçula da Boitempo promove um evento em parceria com a Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato na praça Rotary, no centro de São Paulo (SP), com programação aberta e gratuita repleta de debates, oficinas, contações de histórias, lançamentos, show carnavalesco e bolo de aniversário. “A comemoração dos dez anos da Boitatá não poderia acontecer de outra forma: gratuita, acessível e diversa”, diz Ivana Jinkings, diretora da Boitatá. “Desde o início da editora, em 2015, acreditamos na literatura como ferramenta de sensibilização de crianças e adultos. O mote da Boitatá 'política também é coisa de criança’ abarca a ideia de que o pensamento crítico é imprescindível para a construção de uma sociedade mais justa e generosa entre todos os seres viventes”, completa. A programação será dividida em três frentes, com atividades no auditório da biblioteca, na sala de oficinas e encontros ao ar livre na praça Rotary. Clique no Leia mais para ver quando será a festa e acessar a programação na íntegra.

O convidado desta edição do podcast Papo CBL foi Jéferson dos Santos Assumção, Diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura. No bate-papo, Jéferson destacou a importância do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e os desafios para que sua implementação seja efetiva, garantindo continuidade entre diferentes governos. Ele explica de que forma o Plano busca articular e integrar ações federais, estaduais, municipais e locais, ampliando o alcance e o impacto das políticas públicas para a sociedade. No dia 19 de setembro, foi aprovado um texto base para o plano. O PNLL é um conjunto de políticas e ações de valorização do livro e da leitura realizadas pelo Estado e pela sociedade. De caráter interministerial, a ação tem a condução do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação Artística e Cultural, Livro e Leitura (Sefli), e do Ministério da Cultura, com a Secretaria de Educação Básica (SEB). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Nesta segunda-feira (29), o Armazém da Utopia (Av. Rodrigues Alves, 730 – Rio de Janeiro / RJ) receberá o lançamento de Os trabalhos e os dias do Kim (a juventude comunista alemã), texto inédito de Olga Benário (1908-1942), traduzido por Rustam Nabiullin e publicado pela editora À Margem. O livro, redigido originalmente em 1929, foi organizado pela filha Anita Leocádia Prestes em parceria com o cineasta Silvio Tendler (1946–2025), falecido no último dia 5 de setembro. A noite de autógrafos vai começar às 21h30 no Bar Bertold Brecht, logo após a sessão da peça Olga, encenada pela Companhia Ensaio Aberto. “Esse livro foi publicado pela primeira vez no ano passado na Alemanha. Eu tenho o exemplar em russo há muitos anos, mas acredito que ele tenha sido escrito em alemão, assim que Olga chegou na Rússia. Ela não falava russo ainda. Foi quando Silvio soube do texto e pediu um lançamento no Brasil”, explica Anita. Lançamentos ganham um caráter de homenagem ao documentarista, que acompanhou de perto o projeto. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em Uma grande história de amor (Bertrand Brasil, 210 pp, R$ 59,90) Edith, uma jovem rebelde, e Andrea, um capitão rigoroso, se conhecem em um ferryboat que sai de Veneza com destino à Grécia. Um evento aparentemente sem importância muda a vida dos dois para sempre. Primeiro, pela rejeição: sendo tão diferentes, como podem se sentir atraídos um pelo outro? Depois, com as várias fases de um amor que começou clandestino, as aventuras de uma separação, um segredo, uma felicidade inesperada e uma grande provação. Por fim, com a ilha, cheia de vento e luz, para onde os dois se mudam após reformarem uma velha casa abandonada. A ilha onde Andrea agora se encontra sozinho. Enquanto cuida do jardim e das abelhas da mulher amada, Andrea conversa com ela. Revive a história do casal por meio de lembranças e descobertas. E ainda lhe promete que encontrará a filha, Amy, que há muito parou de falar com os pais. Em um mundo de amores idealizados, Susanna Tamaro coloca em sua história a complexidade dos relacionamentos.

As Memórias de Martha (Tapioca, 170 pp, R$ 53) introduziram, ainda no século XIX, uma voz que escancarou as mazelas da miséria na capital do país; enalteceu a importância da educação como um projeto emancipatório eficiente, particularmente no caso das mulheres que, em geral, não eram incentivadas a estudar. Também merece destaque a forte presença do cortiço infiltrado na promissora metrópole, a cidade do Rio de Janeiro, que se modernizava, mas olhava vesgamente para o futuro, orgulhosa de si mesma, sem perceber que no seu quintal havia uma outra realidade, que já gritava por justiça social, no apagar das luzes do conturbado século XIX. Este romance, além de obra importantíssima da nossa literatura, é também o registro urbano de uma época. Júlia Lopes de Almeida, ou Dona Júlia, como era conhecida na sociedade carioca oitocentista, foi muito celebrada e, em vida, reconhecida pelos colegas escritores como a primeira grande romancista brasileira.

Do que é feita uma identidade? De quantos erros, contradições, mudanças ideológicas? Em Do teu fantasma vejo só o coração (Companhia das Letras, 240 pp, R$ 79,90), Thiago Souza de Souza mostra no seu segundo romance a jornada de Fanta, começando pela infância dedicada à Igreja, passando por uma juventude de cineasta subversiva que deságua, já adulta, em se tornar ministra de um governo de extrema-direita. O livro aborda a jornada de uma mulher dividida entre a religiosidade e uma produção artística radical e que se mescla com a do tio, internado compulsoriamente por alcoolismo, e a do filho, que, como ela, lida com uma exposição indevida na internet. Thiago Souza de Souza trabalha com temas candentes de maneira única, evitando maniqueísmos e julgamentos fáceis. Um romance delicado sobre como as vidas são moldadas também pelos erros que cometemos.

Em A biblioteca do censor de livros (Instante, 224 pp, R$ 79,90 – Trad.: Jemima Alves) sabemos exatamente onde ou quando, em uma sociedade severamente controlada pelo Estado, um homem começa a trabalhar em uma repartição pública. Sua função é examinar livros procurando algo que possa torná-los impróprios para circulação — alusões a Deus, ao governo ou a sexo, por exemplo —, e o mais importante: como Novo Censor, jamais pode interpretar o que lê, afinal, não deve proibir apenas os livros, mas a imaginação, os sonhos e os desejos. Porém, ao receber para análise novas edições de obras clássicas, não consegue mais dormir; à noite, personagens povoam seus sonhos. À medida que sua fascinação pela leitura cresce, ele se vê envolvido com grupos de resistência: bibliotecários clandestinos, livreiros que vendem obras proibidas, leitores secretos — todos lutando para preservar a cultura e a liberdade de expressão. Suas convicções são constantemente desafiadas, especialmente quando sua filha, cuja imaginação não se conforma com os rigores do regime, passa a correr perigo sob um sistema que pretende “reabilitar” ou corrigir comportamentos considerados desviantes.

Em 2003, uma semana antes de começar um tratamento de câncer de mama, Annie Ernaux inicia um relacionamento com o fotógrafo e jornalista Marc Marie, então recém-divorciado. Numa atmosfera que mescla o medo da morte com um forte impulso de vida, os dois passam a fotografar suas roupas que foram abandonadas pelos cômodos da casa antes do sexo. Dessas imagens — publicadas coloridas em O uso da foto (Fósforo, 144 pp, R$ 69,90 – Trad.: Mariana Delfini), cada um se propõe a escrever um texto sobre memória, desejo, doença, o poder da fotografia, a Guerra do Iraque que acabava de eclodir, a Bélgica da infância de Marie, e várias outras reflexões que se alternam com sinergia entre os autores. Debruçando-se sobre as catorze fotografias feitas no decorrer daquele ano, Ernaux afirma que registrar tais vestígios de amor era como ter uma prova de que ainda estava viva.