Uma reflexão sobre censura
PublishNews, Redação, 29/09/2025
Livro acompanha história de uma pessoa cuja função é examinar livros procurando algo que possa torná-los impróprios para circulação

Em A biblioteca do censor de livros (Instante, 224 pp, R$ 79,90 – Trad.: Jemima Alves) sabemos exatamente onde ou quando, em uma sociedade severamente controlada pelo Estado, um homem começa a trabalhar em uma repartição pública. Sua função é examinar livros procurando algo que possa torná-los impróprios para circulação — alusões a Deus, ao governo ou a sexo, por exemplo —, e o mais importante: como Novo Censor, jamais pode interpretar o que lê, afinal, não deve proibir apenas os livros, mas a imaginação, os sonhos e os desejos. Porém, ao receber para análise novas edições de obras clássicas, não consegue mais dormir; à noite, personagens povoam seus sonhos. À medida que sua fascinação pela leitura cresce, ele se vê envolvido com grupos de resistência: bibliotecários clandestinos, livreiros que vendem obras proibidas, leitores secretos — todos lutando para preservar a cultura e a liberdade de expressão. Suas convicções são constantemente desafiadas, especialmente quando sua filha, cuja imaginação não se conforma com os rigores do regime, passa a correr perigo sob um sistema que pretende “reabilitar” ou corrigir comportamentos considerados desviantes.

Tags: Instante, romance
[29/09/2025 08:37:03]