Em 2024, as ações promocionais realizadas no meio de ano se concentraram exclusivamente no período 08 do Painel do Varejo de Livros no Brasil, pesquisa conduzida pela Nielsen Book e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Os bons resultados do ano passado fizeram com que o setor tivesse uma tarefa difícil na mesma época deste ano. Em comparação, o período 08 de 2025 não foi tão agressivo em seus descontos quanto o ano anterior, o que comparativamente aparece com uma queda tanto no volume como em faturamento, de -6,27% e -1,62% respectivamente. Foram 4,68 milhões de livros comercializados com um faturamento de R$ 233,28 milhões. Mesmo com um resultado negativo no período, o acumulado de 2025 continua apresentando números positivos. Em 2025, o setor já contabilizou a venda de mais de 36,41 milhões de livros. Luiz Gaspar, Diretor Regional da NielsenIQ Book Brasil, comenta: "mesmo excluindo os livros de colorir, o mercado segue em crescimento no acumulado até o período 8, embora com menor intensidade”. Os números têm como base o resultado da Nielsen Bookscan Brasil, que apura as vendas das principais livrarias e supermercados no país. Desde agosto, o BookScan também serve como base da Lista Nielsen-PublishNews de Mais Vendidos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Lexa Go nasceu para apoiar editoras que buscam ampliar sua presença e seus resultados no mercado editorial. A empresa atua como parceira estratégica em aceleração digital, conversão e gestão de catálogos em e-books e audiobooks, além de oferecer suporte em gestão comercial, reestruturação de processos e entrada no mercado físico por meio de parcerias logísticas e operacionais. Fundada por Luciane Dorigam e Joyce Fabris, a Lexa Go traz a combinação de experiência prática e visão estratégica. Luciane, profissional sênior, com ampla experiência em marketing, comercial e operações, conduziu reestruturações, expansão digital e aumento de vendas em setores estratégicos. Joyce tem uma longa trajetória no mercado editorial, com mais de dez anos de atuação em representação comercial. “Muitas editoras, independentemente do tamanho, enfrentam desafios para estruturar e operacionalizar suas estratégias de vendas. Falta tempo, equipe ou conhecimento específico, e é justamente aí que entramos. Nosso trabalho é próximo, personalizado e totalmente mão na massa. A gente não entrega só o plano, a gente executa junto”, explicam as sócias. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre as novidades programas para o período, estão Boca de siri (Pitaya), uma ficção ecológica de Paulo Moreira; há também a história da população LGBTQIAPN+ no Rio de Janeiro, narrada por Rodrigo Faour em A audácia dos invertidos (Record); e Dança de enganos (Companhia das Letras), o novo livro de Milton Hatoum, recentemente eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

Apresentado por Manuel da Costa Pinto na TV Cultura, o Entrelinhas exibirá nesta sexta (5) o especial Luis Fernando Verissimo. Amigos e admiradores do escritor, como Eduardo Bueno, Fabrício Carpinejar, Humberto Werneck, Ignácio de Loyola Brandão, Jorge Furtado, Martha Medeiros e Xico Sá, gravaram depoimentos para o programa, que completa 20 anos neste 2025. Verissimo faleceu no último dia 30, aos 88 anos, e deixou como legado uma vasta obra literária. Alcançou a marca de mais de 5 milhões de exemplares vendidos, e além de criar personagens clássicos como o Analista de Bagé, Ed Mort e a Velhinha de Taubaté, colaborou com jornais como O Estado de S.Paulo e Zero Hora, além das revistas Veja e Playboy. Em 2024, foi lançado documentário sobre a vida cotidiana do escritor. Leia Mais para acessar a nota completa.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – traz mais dois editais. O primeiro edital refere-se à aquisição de kits pedagógicos para o registro de preços para eventual aquisição de kits de materiais de apoio didático aos alunos e corpo pedagógico do Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais. Está com pregão marcado para o dia 5 de setembro e o valor supera R$ 115 milhões. Já o segundo edital tem como objetivo o registro de preços para aquisição de livros didáticos para a realização de atividades complementares, com o valor de mais de R$ 200 milhões e pregão para o dia 10 de setembro. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A Editora Gente inaugura no sábado (13), a partir das 10h, no Aeroporto de Congonhas (Av. Washington Luís, s/n - São Paulo / SP), a biblioteca Gente que Voa — um espaço de leitura e empréstimo gratuito de livros que também oferecerá coworking e palco para eventos literários regulares. Realizada em parceria com Suzano, Mercatto e Forma Certa, a biblioteca nasce para conectar pessoas por meio da literatura e ampliar o acesso ao conhecimento de viajantes e funcionários do aeroporto, por onde passam, todo dia, cerca de 70 mil passageiros. “Levar livros para um espaço de grande circulação, onde milhares de pessoas passam todos os dias, é dar um passo a mais na construção de um Brasil mais leitor e consciente”, afirma a CEO da Gente, Rosely Boschini, idealizadora do projeto. Para atender ao público local, foram selecionadas obras de negócios, liderança, bem-estar, inteligência emocional, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e temas atuais, como tecnologia e inteligência artificial. Leia Mais para saber detalhes da biblioteca.

O “raro espetáculo de um homem pensando”. É assim que o cineasta Ugo Giorgetti define a aula de história política e social do Brasil ministrada pelo professor José de Souza Martins no Cemitério da Consolação, em 2011, e transformada por ele em uma série de cinco episódios. Com produção do Serviço Social do Comércio de São Paulo, o Sesc, os registros que originaram Vestígios da eternidade foram feitos pela documentarista Paola Prestes, que trabalhou com Giorgetti. A série está disponível na plataforma do canal SescTV desde agosto de 2024. O encontro entre o intelectual e o artista não aconteceu por acaso. Ugo Giorgetti conta que costumava ler a coluna quinzenal de José de Souza Martins, no Estadão. O sociólogo, por sua vez, assistiu ao documentário Pizza (2007) e ficou impressionado. O filme, uma coprodução entre a produtora de Giorgetti e a TV Cultura de São Paulo, aborda os paradoxos da capital paulista através de um mapeamento de pizzarias de São Paulo. O primeiro contato pessoal entre eles aconteceu porque o Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP bateu – literalmente - à porta da produtora de Giorgetti, querendo conhecer o diretor. Clique no Leia mais para ler o artigo na íntegra.

Os leitores brasileiros ganham uma nova possibilidade de desbravar tesouros de muito tempo atrás com o lançamento de Vidas secas em quadrinhos (Editora Peirópolis), adaptação da obra-prima de Graciliano Ramos (1852-1953), feita por Caeto e Masanori Ninomiya. A tarde de autógrafos será neste sábado (6), às 16h, na Loja Monstra (Praça Benedito Calixto, 158 / 1º andar — São Paulo / SP). Na ocasião, o livro será vendido por R$ 111. A luta contra a seca, os sonhos e angústias, bem como as relações de poder no sertão, são traduzidos em uma narrativa gráfica que respeita o clássico original, publicado em 1938, num país completamente diferente dos dias de hoje, ao mesmo tempo em que oferece uma experiência inovadora e acessível para os mais jovens. A dupla se dedicou a capturar tanto os desafios externos da vida no sertão quanto os dramas internos de cada personagem.

Pensado para discutir a opressão feminina vivida desde os tempos do Brasil Colônia, o espetáculo Carta à Rainha Louca, do Núcleo Toada, nasceu a partir do livro homônimo de Maria Valéria Rezende, publicado em 2019 e contemplado com o Prêmio Oceanos 2020. Escritora reconhecida, Maria Valéria escreve sobre memória, feminismo e se debruça sobre o Brasil profundo, inscrevendo o povo de nosso país no centro da literatura. A peça estará em cartaz entre os dias 12 de setembro e 12 de outubro, no Sesc Bom Retiro (Alameda Nothmann, 185 - São Paulo / SP), com sessões às sextas e aos sábados, às 20h, e, aos domingos, às 18h. Na sexta, dia 10 de outubro, está programada uma apresentação extra, às 15h. Ingressos a R$ 60. A temporada também inclui o encontro 'Do Romance ao Palco - Bate-papo sobre o livro Carta à Rainha Louca', a ser realizado um pouco mais para frente: no sábado, dia 4 de outubro, a partir das 16h, com entrada gratuita.

O primeiro livro de ficção de Maurício Spínola, O que nos envolve (Kotter Editorial, 152 pp, R$ 64,70), será lançado em noite de autógrafos no dia 16 de setembro, às 19h, na Biblioteca Demonstrativa Maria da Conceição Moreira Salles (506/507, W3 Sul - Brasília / DF), com entrada gratuita. Ambientado em um futuro distópico, em Salvador, na Bahia, o livro acompanha Madalena e Ivan enquanto enfrentam um regime teocrático que restringe diferenças e autonomia. A obra combina narrativa histórica, ficção e elementos de imaginação, convidando o leitor a refletir sobre liberdade, diversidade e poder. Radicado em Brasília, o baiano Maurício Spinola é doutor pela Universidade de Brasília (UnB), coordena o grupo de pesquisa Afetos e Política e já publicou Barbárie: cristianismo conservador e a construção do bolsonarismo (Kotter), em 2023.

A Citadel está em busca de um profissional para ocupar o cargo de analista de marketing. A pessoa será responsável por planejar, organizar e executar a agenda de postagens das redes sociais do grupo, além de elaborar briefings e trabalhar com influenciadores digitais. O trabalho é totalmente realizado em home office. Interessados devem enviar currículo para tcastro@citadel.com.br até o dia 10 de setembro.

Especializada em livros técnicos, a Livraria Técnica Ofitexto está com vaga de estágio aberta. Entre as responsabilidades do profissional em início de carreira estão emitir notas fiscais e preparar livros para expedição. Os candidatos devem cursar faculdade de administração, logística ou compatível. A vaga é presencial em São Paulo e tem vale transporte como benefício.

Neste romance autobiográfico que está em pré-venda, Ferida (Fósforo Editora, 248 pp, R$ 89,90 – Trad.: Diego Moschkovich), a escritora russa Oksana Vassiákina retorna à sua cidade natal para enterrar as cinzas da mãe que acabara de morrer de câncer de mama. Durante o trajeto de mais de 5 mil quilômetros, a dolorosa jornada suscita detalhes da relação entre mãe e filha. Mais que isso: refaz a genealogia de uma família matriarcal ferida pelo excesso de trabalho, álcool, abandono e violência masculina, e traça um retrato poderoso da Rússia pós-União Soviética. Cheia de camadas, esta primeira parte de uma trilogia publicada em mais de dez países se estrutura, segundo a narradora, como se ela lançasse uma pedra na água, e do cerne da urna funerária materna eclodissem círculos de outras histórias, paralelas e intrincadas. Um exemplo disso é que ao relembrar o corpo da mãe ela deriva para uma análise da própria identidade sexual e de seus relacionamentos amorosos. E do fato de ser lésbica desponta o militarismo russo e a homofobia que, vale dizer, desde 2022 é institucionalizada no país pela lei antipropaganda LGBTQIA+. No livro, ela também investiga o que é ser mulher, e de que maneira essa forma de existir está conectada ao seu fazer literário e ao luto. Para tanto, ela mescla poemas elegíacos e ensaios à narrativa da viagem, valendo-se do diálogo com outras escritoras, filósofas e artistas plásticas feministas, tais como Hélène Cixous, Julia Kristeva, Louise Bourgeois, Monique Wittig, entre outras. Hipnótico e profundo, Ferida é um verdadeiro mergulho numa consciência em busca da elaboração da dor e de uma voz que soe adequada para comunicar o que até então não fora enunciado em sua vida: o amor pela mãe.

A literatura para o público jovem, nem sempre escrita por autores tão jovens assim, costuma voltar o seu olhar para aventuras, romances e fantasias, que, se tem a presença da morte, é como adversária a ser derrotada, não exatamente como algo próximo, inevitável, que provoca tristeza, solidão e reflexões. É algo natural, que se reflete na sociedade na forma como lidamos com a população de terceira idade, mas não precisa ser sempre assim. Em sua primeira obra, Bruna Duarte Lage se propõe a olhar para o que não é convencional. No romance Veleiro para o fim dos dias (Quixote, 180 pp, R$ 52), as memórias, companheiras de todo solitário, são um mar em que o protagonista Augusto navega em seu processo de luto, passando por todas as rotas que as emoções humanas pedem. Veleiro para o fim dos dias não é um manual de normas para o bem-estar do leitor diante do envelhecimento e da morte.

Descoberto e editado por Toni Morrison, Corregidora (Instante, 176 pp, R$ 74,90 – Trad.: nina rizzi) é o primeiro livro de Gayl Jones, publicado originalmente em 1975. Ambientado entre o fim dos anos 1940 e 1970, Corregidora conta a história de Ursa Corregidora, mulher negra, cantora de blues, no Kentucky. Ao mesmo tempo que busca conquistar espaços para desenvolver sua carreira e viver de sua arte, Ursa atravessa relacionamentos tumultuados e ocasionalmente violentos. Em uma das agressões sofridas, passa por uma histerectomia e precisa lidar com a frustração e a angústia por não ser capaz de atender ao apelo de suas antepassadas para “dar à luz novas gerações”, o que seria fundamental para continuar a tradição oral que evitaria o apagamento da realidade da vida sob a escravatura — sua família leva o nome do proprietário de escravos português que foi genitor tanto da mãe como da avó de Ursa, uma prova irrefutável das terríveis violências sofridas por mulheres escravizadas. Contar histórias, portanto, se torna a sua grande missão, e é nessa prática que ela busca superar seus traumas geracionais e as tristezas do presente.

Fruto do primeiro casamento de sua mãe, o irmão do escritor Édouard Louis é o mais velho dos cinco filhos. Logo nas primeiras linhas deste romance, O desabamento (Todavia, 168 pp, R$ 69,90, traduzido por Marilia Scalzo), o narrador afirma não ter sentido nada ao receber a notícia da morte do irmão, aos 38 anos. “Aprender a conhecer meu irmão era aprender a odiá-lo”, diz, a certa altura da narrativa. É tomando essa distância ― física e afetiva ― que o narrador esmiúça a existência de seu irmão, entrevistando pessoas próximas de seu convívio, como uma professora e algumas ex-companheiras, e relembrando momentos decisivos da relação fraternal. Para reconstruir esse personagem ausente, o narrador se vale das ciências sociais, da literatura, da psicologia e da memória, resultando em um romance único e inesquecível, de força e sensibilidade inigualáveis. O livro já é considerado um dos mais sombrios do autor.

Protagonista de Consigo inventar tudo (Diadorim, 96 pp, R$ 65), Luísa é convidada para participar de um seminário de História da Arte, encontra-se obrigada a dar forma à sua maior obsessão: o pintor Claude, seu antepassado que se mudou para o Rio de Janeiro com a missão francesa. Debatendo-se com as lacunas no acervo do pintor e criticada por professores e amigos, Luísa parte dos quadros de Claude para criar a história que bem entende e que tem como foco um quadro do herói grego Ajax. Este quadro não é o disparador apenas de sua violenta obsessão, mas também de uma crise psíquica comum aos pesquisadores que perdem o rumo, mas que insistem na pesquisa a qualquer custo. Explorando questões familiares, revisitando os mitos gregos e o Brasil colonial, Consigo inventar tudo é um romance que bebe na fonte das narrativas autoficcionais criadas a partir de arquivos para dar outras formas a este fazer literário em uma ficção que às vezes beira ao absurdo.