
Verissimo faleceu no último dia 30, aos 88 anos, e deixou como legado uma vasta obra literária. Alcançou a marca de mais de 5 milhões de exemplares vendidos, e além de criar personagens clássicos como o Analista de Bagé, Ed Mort e a Velhinha de Taubaté, colaborou com jornais como O Estado de S.Paulo e Zero Hora, além das revistas Veja e Playboy. Em 2024, o documentário Verissimo fez parte do festival É tudo verdade. O longa fala sobre os dias que precedem o aniversário de 80 anos do escritor, em 2016.
A respeito do lugar de Verissimo no panteão da literatura brasileira, Loyola Brandão, membro da Academia Brasileira de Letras, afirma que “ele está na altura dos grandes”. Já o jornalista Humberto Werneck destaca o principal estilo no qual o escritor se destacou, a crônica: “Que eu saiba, não existe um cronista tipo Luís Fernando Veríssimo”. O cineasta Jorge Furtado ainda elogia outro ponto forte do autor: “O Verissimo escrevia diálogos como ninguém. Eu acho que é o maior dialoguista que eu conheço”.
Furtado fala, ainda, sobre Verissimo na intimidade: “Ele fazia piada com tudo e tinha uma cultura muito ampla de música. Também conhecia muito jazz, música popular brasileira, futebol”. Este último, inclusive, foi parte central na vida do escritor gaúcho, torcedor do Internacional. O poeta Fabrício Carpinejar brinca com seu amor pelo time do coração: “O Verissimo é ateu. Mas eu tenho certeza que ele foi para o céu de tanto sofrer pelo Colorado”.