O Ministério da Cultura (MinC) e o Ministério da Educação (MEC) lançam, nesta terça-feira (3), o 9º Prêmio VIVALEITURA – Edição 2025. A última edição havia ocorrido em 2016. O evento será às 10h, na Biblioteca Demonstrativa Maria da Conceição Moreira Salles (BDB), em Brasília. A iniciativa irá destinar R$ 550 mil como forma de reconhecer e valorizar ações de leitura, literatura, escrita e de fortalecimento de bibliotecas e espaços culturais como ferramentas de transformação social e educacional. Nesse ano, o VIVALEITURA beneficiará 25 práticas inovadoras nas categorias: Bibliotecas Públicas, Comunitárias e Privadas; Escolas Públicas, Privadas e Bibliotecas Escolares; Práticas continuadas em espaços diversos; Escrita criativa e Sistema prisional e socioeducativo. A premiação será concedida da seguinte forma: R$ 50 mil para o vencedor e R$ 15 mil para cada um dos quatro finalistas de cada segmento. Durante o evento, o Secretário de Formação Artística e Cultural, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba, e a Secretária de Educação Básica (SEB), Katia Schweickardt, darão mais detalhes sobre a seleção. Na oportunidade, o Diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura (MinC), Jéferson Assumção fará uma contextualização histórica do prêmio e da política. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Após dois anos como Embaixador de Áudio da Feira de Frankfurt, Carlo Carrenho, consultor editorial e membro fundador do Alpine Global Collective, passa essa função para Ama Dadson, fundadora e CEO da AkooBooks Audio. Como especialista da indústria de publicação de áudio, o embaixador ajuda a conectar visitantes profissionais interessados com expositores na área de áudio de Frankfurt. Em 2017, Dadson se inspirou em sua mãe, uma autora de livros infantis que perdeu a visão, para criar audiolivros africanos acessíveis – assim surgiu a AkooBooks Audio Ltd, primeira editora de Gana e uma plataforma de streaming digital para audiolivros e palavra falada de negros/africanos. Ama é apaixonada pelas oportunidades oferecidas pela leitura digital para combater o analfabetismo na África e se dedica a encontrar narradores indígenas que possam retratar com precisão as vozes, personagens e experiências africanas. Ama e Carlo deram uma entrevista ao site da Feira de Frankfurt oficializando a “passagem do bastão” – traduzida e reproduzida agora pelo PN. Clique no Leia mais para conferir a entrevista completa.

O advogado e escritor José Roberto de Castro Neves foi eleito na última quinta-feira (29) para a Cadeira 26 da Academia Brasileira de Letras (ABL), em sucessão de Marcos Vilaça, morto em março deste ano. Castro Neves foi escolhido por 27 votos, contra sete do escritor e editor Rodrigo Lacerda. José Roberto de Castro Neves é professor de Direito Civil na Pontifícia Universidade Católica (PUC) e na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Autor de 18 livros sobre história, literatura e direito, com vendas que totalizam cerca de 200 mil exemplares. Como os advogados salvaram o mundo (Nova Fronteira), Shakespeare ontem, hoje e amanhã, e amanhã, e amanhã: Por que Shakespeare é pop? (Nova Fronteira) e Ozymandias (Intrínseca), seu primeiro romance, são algumas de suas obras. É bacharel em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestre em Direitopela Universidade de Cambridge e doutor em Direito Civil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É ainda membro da Academia Brasileira de Letras Jurídicas e sócio do Escritório Ferro, Castro Neves, Daltro & Gomide Advogados. O presidente da ABL, Merval Pereira, afirmou que Castro Neves entrou para a ABL não apenas porque é um grande advogado, mas porque é especialista em Shakespeare. "Já escreveu diversos livros e será muito importante para a ABL por ser uma pessoa muito ativa no meio literário. É um estudioso da língua portuguesa e tem livros que tratam da influência da literatura em diversos campos. Certamente, vai nos ajudar nesta fase em que estamos explorando a variedade da importância da língua portuguesa", disse Pereira. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Cecilia Arbolave escreveu sobre a história da Bookshop.org para o Estadão. A plataforma é um e-commerce sem fins lucrativos que destina parte da sua receita a livrarias. De acordo com a reportagem, o descontentamento das livrarias com a Amazon é escancarado nos estabelecimentos de rua dos EUA. A reportagem falou com Andy Hunter, fundador e CEO da Bookshop.org. Uma iniciativa similar já foi tentada no Brasil em 2021, a partir de uma parceria entre grupo de distribuidoras e o Mercado Livre em 2021, mas o projeto ficou poucos meses no ar. Neste ano, o Mercado Livre anunciou que passaria a ser um vendedor de livros. Em entrevista ao g1, os organizadores da Bienal confirmaram que o crescimento do BookTok tem sido uma peça fundamental para o aumento de público nas edições do evento e comentam "programação jovem" do evento. De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura de 2024, influenciadores do livro tem desempenhado papel cada vez maior na escolha de consumo dos leitores. A Folha e também O Globo produziram reportagens sobre o retorno do debate em torno da tradução da obra de Karl Marx, que teve a edição de 1980, coordenada por Paul Singer, reeditada pela Ubu no Brasil. A coluna Painel das Letras publicou um vídeo detalhando quem é a figura Tracy Smith, vencedora do Pulitzer de Literatura e que esteve no Brasil recentemente para o festival Poesia no Centro. Para o Nexo, a escritora Andressa Arce escreve um ensaio sobre seu processo de escrita no livro O dia em que não fui (Patuá), que elabora temas existenciais, e o luto do suicídio. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Começou na última sexta (30) e segue até domingo (8) a 12ª edição da Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes (RJ), no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop - Rua Monsenhor Jomar Vasconcelos Viana 66 - 254 – Campos / RJ), com entrada franca. O espaço conta com 2.250 m², abrigando 32 estandes de 24 empresas, entre editoras e livrarias que exibem os 150 mil títulos expostos. Criador da primeira logomarca da Bienal e presente em duas edições do evento, o escritor, cartunista e jornalista Ziraldo (1932-2024), pai do Menino Maluquinho, é o homenageado este ano. A edição conta ainda curadoria de Suzana Vargas, com realização da Prefeitura de Campos, contando com os patrocínios da Ferroport e da Ecourbis – Vital Engenharia, por meio da Lei Rouanet, Ministério da Cultura e Governo Federal. "A programação foi cuidadosamente elaborada para ser envolvente, diversa e de alta qualidade. Afinal, queremos não só inspirar o amor pelos livros, mas também criar um ambiente fértil para que livrarias e editoras parceiras encontrem no evento uma verdadeira oportunidade de troca, conexões e, claro, de boas vendas", comenta Suzana. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Grupo Editorial Nacional (GEN) abriu uma vaga para editor de conteúdo jurídico pleno. É necessário ter superior em Direito; conhecimento na revisão, organização e/ou produção de livros e em elaboração de textos; aplicativo Office intermediário; habilidade em comunicação oral e escrita; e habilidade no relacionamento interpessoal. As funções no dia a dia incluem a análise crítica do conteúdo de obras novas e novas edições estratégicas; mapeamento dos arquivos originais entregues pelos autores; participação ativa no processo de produção das obras; acompanhando o fluxo de produção; contato com os autores durante a produção da obra; detalhamento do projeto gráfico e da capa; e elaboração de insumos de marketing das obras. Interessados devem encaminhar currículos para recrutamento@grupogen.com.br até 5 de junho.

A Editora Escuta está à procura de um freelancer para atuar na área de vendas. Os requisitos incluem ter identificação com o mercado editorial; profundo conhecimento em Excel, e conhecimento do sistema Winbooks. Entre as atribuições do cargo estão a digitação de pedidos e cadastro de clientes; emissão de notas fiscais e participação em feiras e eventos. Interessados devem enviar currículos para editoraseleciona@outlook.com.

No último mês, a Audible anunciou o projeto vencedor da primeira edição do Pitching: Audible Original, iniciativa que visa impulsionar a indústria criativa de conteúdo em áudio no Brasil. Com o título Qual o destino?, a criadora Mikaela Pasa, de Goiânia, teve seu thriller investigativo escolhido pelo corpo de jurados formado pela atriz, produtora e diretora Bianca Comparato; o escritor e podcaster Chico Felitti; o roteirista, apresentador, autor e diretor MM Izidoro; a diretora de Criação da Rádio Novelo Paula Scarpin; e o diretor de Conteúdo Original da Audible no Brasil Leo Neumann. O projeto vencedor será produzido em formato de audiossérie Audible Original. A história de Mikaela Pasa acompanha o personagem Jorge, motorista de aplicativo de Goiânia, que se vê envolvido em uma investigação policial após levar uma passageira ao local onde ela seria assassinada. Enquanto ele continua suas corridas pela cidade, novas peças do mistério emergem, colocando em xeque sua versão dos fatos. Acesse o Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A editora independente Garoupa prepara para junho o lançamento de Buraco quente, primeiro livro de seu novo selo erótico, Piranha. A obra é uma antologia de contos e poemas escritos apenas por mulheres. Organizado pela editora da Garoupa, Marina Ruivo, que ministrou no ano passado uma oficina de contos eróticos no Sacrilégio Bar (bar em Pinheiros criado e mantido pelo professor de História da USP Flávio Campos), Buraco quente busca explorar as várias facetas do erótico e da sexualidade na literatura. No total, são trinta autoras, de vários estados brasileiros, inclusive algumas nunca publicadas, em quarenta textos, a grande maioria inéditos, compondo uma espécie de painel da erótica feminina contemporânea. A organizadora comparece com Riozinho, o único que traz um narrador masculino, aliás. O lançamento será em São Paulo, no mesmo Sacrilégio Bar (Av. Pedroso de Morais, 52, Pinheiros), na véspera do Dia dos Namorados, no dia 11 de junho, às 19h. Depois, a editora planeja percorrer outras cidades, como Brasília e Porto Alegre. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Uma visão pálida das colinas (Companhia das Letras, 200 pp, R$ 89,90 – Trad.: Jorio Dauster) acompanha a história de duas mulheres na cidade de Nagasaki destroçada pela guerra e marcada pelas mudanças bruscas da ocupação americana. O breve romance estabelece os elementos que marcam o estilo do escritor e definem sua carreira: a mistura entre drama histórico e pessoal e personagens que, por meio de seus silêncios, revelam o abismo de um trauma impronunciável. Etsuko, dona de casa burguesa, grávida de primeira viagem, aproxima-se de uma mulher peculiar e de sua filha pequena, vivendo solitárias e na penúria numa misteriosa casa abandonada. A partir dessa imprevista amizade, Etsuko projeta seus medos e inseguranças nas atitudes erráticas da amiga, que julga com severidade, ao mesmo tempo em que parece estar fadada a cometer os mesmos erros, em um complexo jogo de espelhos. Em poucas páginas, Ishiguro elabora personagens de vasta densidade emocional e um retrato de um país afundado em crise identitária.

Ambientado no começo do século XX, Cantagalo (Todavia, 288 pp, R$ 84,90) narra a trajetória de uma família marcada por um casamento arranjado incomum entre a herdeira de uma fazenda de café e o filho de uma escravizada com um homem branco. A partir dessa união se desdobra a história de suas descendentes, empregadas e moradoras dos arredores, todas ligadas por laços de sangue ou de costume. Já viúva, Dona Praxedes — “chamavam-na dona porque não sabiam como chamar um barão do café que não fosse homem” — protege, zelosa das tradições e do orgulho de seu nome, o segredo que moldou sua história e, por consequência, a das três filhas — Agripina, Tonica e Leopoldina —, disciplinadas com a mesma mão firme e impiedosa empregada nos campos de café. Quando Leopoldina vai estudar num internato de freiras e conhece Cantau Gama, a filha de um juiz importante e de uma escravizada liberta, começa a desvendar os costumes e os mistérios de seu passado, e entender seu lugar não só dentro da família Lima, mas também de uma sociedade extremamente racista e segregada. Em Cantagalo, Fernanda Teixeira Ribeiro costura a vida dessas mulheres à realidade de um lugar e um momento histórico bem delimitados — a Minas Gerais do pós-abolição —, criando um universo rico de memória, vida cotidiana e vivência cultural.

Escritor finalista do Prêmio Jabuti em 2023, Ian Fraser lança Cartografia para caminhos incertos (Intrínseca, 192 pp, R$ 59,90), obra com toques de realismo mágico em que o leitor conhece o jovem poeta Mané, habitante de Redenção, cidade que não tem localização fixa. Ao se arriscar em uma missão para impressionar o namorado, ele acaba se perdendo da cidade e inicia uma longa jornada pela Bahia à procura de casa. Em suas andanças, Mané passará por lugares insólitos, como uma torre que se constrói de cima para baixo, os dois palcos de uma guerra inexplicável e o vilarejo que vive um eterno espetáculo teatral, onde ele vai conhecer um palhaço que mexerá com seus sentimentos. Ao longo dessa viagem transformadora, Mané descobrirá que seu próprio coração pode ser o mais misterioso dos territórios. Cartografia para caminhos incertos também foi adaptado para os palcos e recebeu o 28º Prêmio Braskem de Melhor Texto.

Primeiro romance de Bruna Lombardi, publicado em 1990, Filmes proibidos (Record, 336 pp, R$ 99,90) retorna em nova edição com texto de orelha assinado pela escritora e jornalista Giovana Madalosso e texto de quarta capa escrito pelo autor, tradutor e editor Rodrigo Lacerda. Narrado em primeira pessoa, a obra conta a história de uma mulher de 30 anos que atravessa uma série de experiências, em diferentes lugares e momentos da vida. Viciada em “remédios para rinite” e um tanto perdida em sua existência, logo nas primeiras páginas ela se apaixona de pronto por um homem fugaz, que aparece e desaparece constantemente – criando a sensação de que ele escorre pelos dedos da personagem, e também do leitor –, como uma ilusão efêmera. Por meio dessa protagonista moderna, independente, observadora, irônica e que, ao mesmo tempo, é romântica e busca viver um grande amor, o leitor se vê imerso em uma São Paulo vibrante, repleta de personagens excêntricos. A aventura aqui narrada ocorre na virada da década de 1980 para 1990. No texto inédito de apresentação a essa edição, Bruna Lombardi reflete sobre a geração protagonista dessa história, que é “urbana, pós-moderna, fascinada pela explosão techno e pelos computadores pessoais”.

O universo humano, seus conflitos e suas contradições são a temática central da obra de Maria Adelaide Amaral. O bruxo (Instante, 160 pp, R$ 69,90) conta a história de Ana, escritora de meia-idade que, com o término do casamento de 25 anos, é obrigada a reavaliar sua vida. Ativa socialmente, às voltas com questões amorosas, familiares e profissionais, essa mulher racional, cansada da psicanálise, decide procurar um místico para descobrir o que o futuro lhe reserva. O encontro com o bruxo, os embates com os filhos adultos e a descoberta de uma séria doença a transformam de maneira definitiva. A sensibilidade da autora na condução da trama e na construção de uma personagem cria no leitor identificação, proximidade, empatia, levando-o a conectar-se a situações e reflexões vivenciadas em sua própria história.