O PublishNews e a Bookwire anunciam nesta terça-feira (15) os finalistas da primeira edição do Prêmio Bookwire – Melhor audiolivro produzido e publicado em 2024 e Melhor e-book produzido e publicado em 2024, duas novas categorias do Prêmio PublishNews 2025. Os finalistas são: A revolução dos músculos (Intrínseca), O canto das musas (Grupo Editorial Companhia das Letras – Editora Seguinte) e O grande universo de Oliver (Rocco Digital), na categoria de e-books. Já na categoria de audiolivros, os finalistas são Neca (Companhia das Letras), O cozer das pedras, o roer dos ossos (Astral Cultural), e Quarto de despejo (Supersônica). O critério de avaliação dos jurados se baseia apenas em questões técnicas e não avalia, em nenhuma instância, pontos literários e nem resultados comerciais. Participaram do processo livros digitais produzidos no Brasil em 2024, sem restrição de gênero, inscritos pelas editoras no Prêmio. O corpo de jurados independente – formado, em cada categoria, por profissionais de outras empresas ligadas ao livro digital no país – avaliou as inscrições para chegar a três finalistas em cada categoria. Os vencedores serão anunciados (e premiados com troféus) na cerimônia do Prêmio PublishNews, dia 7 de maio de 2025, no Goethe-Institut São Paulo (Rua Lisboa, 974). Nesta edição, a cerimônia será restrita a convidados – os convites já estão sendo feitos. A mudança decorre do aumento significativo de público nos últimos anos e da limitação de espaço no local, e busca contribuir para maior segurança e conforto de todos. A 9ª edição do Prêmio PublishNews tem patrocínio da Bookwire, Catavento, CBL, MVB, Skeelo e Transpo Express. E apoio da ANL, Goethe-Institut São Paulo e NESPE. Clique no Leia mais para conhecer os jurados.

O 3º Painel do Varejo de Livros no Brasil – pesquisa realizada pela Nielsen Book e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) –, referente ao período de 24 de fevereiro a 23 de março de 2025, trouxe o primeiro resultado negativo do ano, registrando uma variação de -5,16% em volume e -2,18% em valor. Em números reais foram 4,89 milhões de livros comercializados e uma receita de R$ 248,02 milhões. Vale destacar que o 3º Período foi marcado pela Semana do Consumidor (celebrada em 15 de março), que se mostrou forte em 2024. Ainda em comparação com o ano anterior, o preço médio apresentou variação positiva de 3,13%, chegando à média de R$ 50,70. Apesar do resultado abaixo do esperado, o primeiro trimestre fechou com saldo positivo. O setor registrou 14,11 milhões de livros vendidos em 2025 e um faturamento de R$ 779,40 milhões, sendo 1,96% superior em relação ao volume registrado no primeiro trimestre de 2024 e 3,27% em relação ao valor. Neste início de ano, 2025 também registra um preço médio maior (+1,29%), mas com uma bibliodiversidade menor (-15,25%). “Se considerarmos a inflação do período, o acumulado estaria registrando uma variação negativa para faturamento”, analisa Ismael Borges, Territory Manager da Nielsen Book Brasil. Ele ainda levanta outros pontos importantes sobre o setor: “chama a atenção a importante queda de bibliodiversidade em 15,25%. O preço médio sobe menos que o ano anterior e também abaixo da inflação". Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Os ingressos para a Bienal do Livro Rio começaram a ser vendidos nesta segunda-feira (14) – o festival ocorre entre os dias 13 e 22 de junho, no Riocentro, na Barra Olímpica, Zona Oeste do Rio. A partir de maio, os frequentadores terão acesso ao aplicativo oficial do festival, no qual será possível montar a própria agenda, organizar a sua lista de compras, acompanhar a programação completa, acessar o mapa do evento e receber notificações em tempo real. Além disso, os leitores poderão criar sua biblioteca virtual, avaliar e trocar opiniões de suas leituras e compartilhar experiências no que será uma nova rede social para amantes dos livros. A venda de ingressos, iniciada dois meses antes do festival, facilita a organização dos leitores e fãs que pretendem ir de outras cidades, especialmente este ano, quando a Bienal coincide com o feriado de Corpus Christi. Os interessados poderão fazer a compra pelo site www.bienaldolivro.com.br. Os ingressos custam R$ 42 (inteira) e R$ 21 (meia). Professores e bibliotecários têm acesso gratuito/desconto, com a apresentação da carteira profissional. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Após concluir a transição do Skoob para o Skeelo, Viviane Lordello anuncia agora sua saída da plataforma e dá início a uma nova etapa em sua trajetória no mercado editorial, com foco em consultoria, formação e engajamento de leitores. Cofundadora do Skoob, Viviane seguirá com sua missão de tornar o livro mais acessível e presente na vida dos brasileiros. Em 2021, após a venda do Skoob para a Americanas S.A., a executiva assumiu a gerência de marketing da companhia, onde liderou ações voltadas à promoção da leitura. Com a posterior aquisição da rede social pelo Skeelo, ela permaneceu durante a transição, contribuindo para a integração entre as plataformas. "Sinto que cumpri minha missão no Skoob. Agora, quero ampliar meu impacto, atuando de forma ainda mais direta no fortalecimento do mercado do livro – uma meta que me acompanha desde o primeiro dia no Skoob", afirma Viviane, em nota. Na nova consultoria, a profissional irá aliar sua expertise em marketing digital à experiência de mais de 15 anos à frente de uma base com mais de 10 milhões de leitores, oferecendo treinamentos e estratégias personalizadas para editoras, autores e plataformas literárias. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Ler estimula a criatividade, possibilita o acesso às mais diversas áreas de conhecimento, amplia o vocabulário, fortalece vínculos sociais. É uma atividade que pode ser realizada de forma individual ou coletiva, por meio de clubes de leitura, por exemplo. E também pode ser gratuita, bastando para isso o cadastro em uma biblioteca. Mesmo com tantas vantagens e benefícios, a última pesquisa Retratos da Leitura, do Instituto Pró-Livro, registrou 6,7 milhões de leitores a menos no país. A boa notícia é que o público infantil destoa desse cenário. Mais de 80% das crianças entre 5 e 10 anos participantes da pesquisa declararam gostar de ler livros. O mercado editorial entendeu a tendência e vem investindo no segmento. Várias editoras lançaram selos infantis e, segundo a Nielsen BookData, em 2023 a venda de livros de literatura infantil cresceu 6%. Essa realidade também foi constatada na rede de bibliotecas do Sesc, que conta com mais de 400 unidades por todo o país. Em 2024, o livro que registrou mais empréstimos foi A girafa míope (Sesc-SC), de Marcello Gallotti, publicação vencedora do Prêmio Literário Sesc Criança, promovido pelo Sesc em Santa Catarina. A autora que teve mais livros emprestados foi Silvana Rando, que trabalha com literatura infantil desde 2006 e tem mais de 70 títulos ilustrados. Outros dois títulos infanto-juvenis ficaram na lista dos cinco mais emprestados: Menina bonita do laço de fita (Ática), de Ana Maria Machado, e A voz dos meus olhos (Sesc-SC) de Cynthia Valente, também revelado pelo concurso literário Sesc Criança. A criança que hoje busca o livro tem grandes chances de levar o hábito da leitura para sua vida. Clique no Leia mais para ler o artigo na íntegra.

A Livraria da Vila, em parceria com a Editora Labrador, divulgou nesta segunda-feira (14) os 50 escritores semifinalistas da primeira edição do Concurso Literário Vila-Labrador, iniciativa criada para promover e dar visibilidade à produção literária nacional. O concurso visa incentivar a criação de romances inéditos e proporcionar uma plataforma de reconhecimento e valorização de histórias. A obra vencedora será publicada pela Editora Labrador e terá seu lançamento oficial na Livraria da Vila. Além disso, a pessoa vencedora fará a viagem da edição de 2026 do evento literário Navegar é Preciso. A lista dos 50 semifinalistas foi divulgada no site oficial do concurso. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Clube do Livro Prioli Karnal – criado em 2020 pela advogada e apresentadora e que se uniu ao filósofo e historiador no ano seguinte – propõe em sua edição de 2025 uma reflexão urgente: estamos perdendo nossa capacidade de atenção? O mundo digital nos bombardeia com notificações, vídeos curtos e feeds intermináveis, tornando cada vez mais difícil mergulhar em um bom livro. A nova campanha do Clube busca incentivar os participantes a retomarem a leitura como uma prática de concentração e reflexão, contrapondo-se à dispersão provocada pelo excesso de estímulos digitais. Nesta sexta edição, o projeto conta ainda com a parceria do Grupo Editorial Record que contribui com dois títulos inéditos, entre eles Igualdade, de Michael J. Sandel e Thomas Piketty, e outros do extenso catálogo da Record, Civilização Brasileira, Bertrand Brasil, BestSeller e José Olympio. É possível adquirir a relação completa num box especial com brindes nos quais os livros chegam com uma sobrecapa na identidade do clube. Interessados podem saber mais sobre o clube clicando aqui. Acesse o Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Abdias Nascimento é uma referência da luta antirracista e dos movimentos negros brasileiros. A reedição de obras emblemáticas, como Genocídio do negro brasileiro e Quilombismo, trouxe ao público contribuições seminais dele. São, indubitavelmente, clássicos. Mas ainda há necessidade de um olhar mais abrangente, que envolva a trajetória de Abdias como um todo. O objetivo deste livro é apresentá-lo como um intérprete do país. A despeito de sua posição e de suas contribuições, esse resgate contemporâneo de Abdias não o tem posicionado como um intelectual que pode ser colocado no panteão do pensamento social brasileiro. Os textos reunidos por Túlio Custódio em Abdias, intérprete do Brasil (Todavia, 352 pp, R$ 99,90 – Trad.: Tatiana Nascimento), muitos de difícil acesso até hoje, foram publicados entre 1940 e 1990 e são reflexo de uma análise feita das entranhas do conhecimento vivido e refletido a partir da prática. Estes são textos que, em seu tempo, ajudaram a orientar ativistas dos direitos do povo negro no Brasil, mas foram também peças políticas que modificaram o curso dos acontecimentos.

Extremamente atual, a obra de Ricardo Antunes Os sentidos do trabalho (Boitempo, 312 pp, R$ 79) analisa como o trabalho abstrato possibilitou, por meio de uma classe trabalhadora excluída do processo produtivo, o crescimento de uma sociedade descentralizada do ato laboral. Da ascensão do neoliberalismo ao longo dos anos 1990 ao capitalismo de plataforma do século XXI, assunto abordado também no novo apêndice, o texto de Antunes mantém a contemporaneidade. Ricardo Antunes é um dos principais nomes da sociologia do trabalho no Brasil. Professor titular de sociologia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH/Unicamp), coordena a coleção Mundo do Trabalho, da Boitempo, e é autor de, entre outros, Capitalismo pandêmico (2022), Coronavírus: o trabalho sob fogo cruzado (2020) e O privilégio da servidão (2018).

No livro Vestígios da floresta (Edições Sesc, 204 pp, R$ 80), o autor, biólogo e indigenista Daniel Cangussu conduz o leitor ao âmago da Floresta Amazônica para revelar a complexidade que circunda os povos indígenas que optam pelo isolamento. O afastamento desses grupos não se mantém por desconhecimento, mas se configura uma reação à hostilidade crescente que avança sobre suas terras. Cangussu também explora em detalhe a “ciência mateira”, um saber que decifra rastros, plantas e artefatos deixados por esses povos e que orienta expedições de proteção e monitoramento realizadas por indigenistas. Combinando botânica e arqueologia, o autor traça um panorama dos impactos das políticas de não contato e oferece uma perspectiva única sobre a vida desses “refugiados em sua própria terra”. Além de fotografia inédita e prefácio de Sebastião Salgado e de outras vozes que se juntam à de Cangussu, as páginas da obra desvendam o trabalho dos indigenistas e o saber ancestral dos guias mateiros, tornando sua leitura essencial para quem deseja entender as interações entre floresta, ciência e resistência indígena no Brasil contemporâneo.

Neste estudo, Stephanie Pereira de Lima responde questões ao investigar o que ocorre nas universidades brasileiras com a crescente entrada de jovens negros, impulsionada pelas políticas de cotas. Partindo de narrativas pessoais, a autora analisa como a vivência universitária se transforma em espaço de militância e produção de conhecimento, e como a construção de laços afetivos fortalece a luta antirracista. A afetividade, nesse contexto, mais que resposta emocional, é uma ferramenta de ação política e de fortalecimento da identidade negra. E é por meio dela que estudantes criam redes de apoio e resistência enquanto enfrentam desafios de pertencimento e solidão, consolidando uma verdadeira revolução – nas universidades, nos movimentos sociais e dentro das famílias. Juventude negra e a revolução dos afetos (Autêntica, 144 pp, R$ 49,80) é essencial para compreender as nuances das interseccionalidades que atravessam a juventude negra brasileira e o papel central do afeto na luta por justiça social e igualdade.

Rumo a uma ecologia da mente (Ubu, 512 pp, R$ 129 – Trad.: Simone Campos) é uma coletânea fundamental de ensaios de Gregory Bateson, que explora as interconexões entre mente, comportamento, sistemas ecológicos e comunicação. Publicada originalmente em 1972, a obra atravessa campos diversos como antropologia, psicologia, biologia, cibernética, linguística e epistemologia, refletindo a visão de Bateson sobre o mundo como um sistema de relações interdependentes. Bateson desafia a visão tradicional da mente como isolada no indivíduo, propondo uma perspectiva relacional, onde a mente é um sistema interconectado que inclui o ambiente e as relações sociais. O livro inicia com um exercício de indiferenciação entre teoria e prática: são os “metálogos”, diálogos filosóficos entre Bateson e sua filha Mary Catherine que exemplificam, na própria forma, a estrutura da problemática discutida. Dividido em seis partes, a obra abrange desde as bases metodológicas de sua epistemologia até reflexões filosóficas profundas sobre os desafios da contemporaneidade, entre eles a urgente crise ambiental e de comunicação global.