Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, será a autora homenageada da Flip 2023. Nascida em uma família burguesa em 1910, a escritora, jornalista, dramaturga, poeta, tradutora, cartunista e crítica cultural foi a escolhida pelas curadoras Fernanda Bastos e Milena Britto para nortear a edição deste ano da Festa Literária, que ocorre de 22 a 26 de novembro. Conhecida como uma mulher forte e que fugia das regras, Pagu atuou nos movimentos modernista e feminista e se dedicou ao ativismo contra o fascismo. Começou a escrever ainda na adolescência e teve destacada atuação na imprensa, tendo participado de diversas publicações. “A escolha por Pagu tem uma dimensão que reforça muito esse momento da Flip e os últimos anos que vivemos”, disse Mauro Munhoz, diretor artístico da Flip, durante a apresentação da homenageada para a imprensa. “A gente tinha o desejo de que essa homenagem pudesse também ser uma esperança, que pudesse nos indicar um Brasil que a gente ainda pode e quer construir”, completou Fernanda. O que está por trás de Pagu? É pensando em responder essa questão que Fernanda e Milena pretendem construir a programação da Flip 2023. “Queremos aproveitar os vários aspectos da Pagu, justamente por não termos uma obrigação de tratarmos especificamente de um tema ou área específica da vida dela”, completou Milena. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O Clube de Autores chega agora a uma nova fase da sua expansão internacional: a plataforma de autopublicação anunciou uma parceria com a editora australiana Green Hill Publishing, que licenciou o formato e que vai passar a publicar seus livros pela plataforma na Austrália, Nova Zelândia e Singapura. Um novo nome será definido para operação em inglês, mas trata-se da primeira investida do Clube em outro idioma. A previsão de início dos trabalhos é no primeiro trimestre de 2024. Os planos de expansão passavam primeiro pela Espanha. "Mas estratégias são líquidas e mudam ao gosto das marés", explica o fundador e CEO do Clube de Autores, Ricardo Almeida. "Fomos contatados via Linkedin por essa editora, que ainda não conhecíamos, de uma parte do mundo que nem pensávamos em ir, e ela fez essa proposta de parceria, e aí foi tudo muito rápido. Era um plano chegar na Ásia daqui a alguns anos, mas isso acabou mudando. A gente vai também subir para o Reino Unido no ano que vem". A Green Hill Publishing, editora australiana voltada para autopublicação, licenciou a plataforma do Clube de Autores e o modelo de rodovias literárias. O Clube de Autores afirma que o objetivo é "redefinir o conceito de autopublicação na região da Ásia-Pacífico e abrir portas ao mercado local". Já a longo prazo o objetivo passa por criar uma rede de publicação de livros que permita que autores, em todo o mundo, possam publicar e vender suas obras. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em sua coluna desta semana nas redes sociais do PublishNews, a jornalista Tatiany Leite entra no assunto da inteligência artificial, a partir da notícia do apoio da Federation of European Publishers (FEP) (Federação de Editores Europeus) à elaboração e votação do Artificial Intelligence (AI) Act no Parlamento Europeu. O ato marca a primeira tentativa global para definir uma legislação para o funcionamento da tecnologia, numa tentativa de garantir que ela possa se desenvolver sem causar danos à sociedade. Ao relacionar o assunto à criação de robôs e relembrar outras revoluções tecnológicas, a colunista lembra que a preocupação com a possibilidade de máquinas tomarem postos de trabalho não é exatemente uma novidade. "Quando as máquinas começaram a fazer algum tipo de trabalho manual, as pessoas começaram a se sentir afetadas até no ego, como se elas estivessem perdendo não só a possibilidade do ganha-pão, mas também as suas próprias identidades", comentou. "Isso sem contar do medo de as máquinas passarem a matar as pessoas". Ela destacou para a discussão o livro Eu, robô (Aleph), de Isaac Asimov, marco na história da ficção científica. Clique no Leia mais para ver a coluna na íntegra.

Na coluna Painel das Letras da Folha, Walter Porto falou sobre a renovação temática da tradicional editora Perspectiva, com seus novos títulos sobre arquitetura, psicanálise e relações raciais. Hoje a editora é comandada por Gita Guinsburg e Sergio Kon. Ainda na Folha de S. Paulo, uma lista com 18 livros infantis para ler nas férias escolares e a notícia da morte da escritora ucraniana Victoria Amelia. O jornal também noticiou como escritoras fazem o diagnóstico das violências brasileiras na literatura. O Estadão trouxe o caso de uma edição rara de Harry Potter e a Pedra Filosofal (Rocco), que poderá ser leiloada, no dia 10 de julho, por até 5 mil libras (cerca de R$ 30 mil). O jornal também elencou sites para publicar livros de maneira gratuita. Um material especial realizado pelo Pensar, do Estado de Minas, destacou o trabalho "das editoras dentro das editoras". A brincadeira no título serve para dar luz ao trabalho de mulheres à frente de casas de publicações e selos literários. O especial trouxe 11 perfis de editoras e revela detalhes e histórias da produção de livros. N'O Globo, a notícia de que a Academia Brasileira de Letras inicia uma série de palestras com o tema "Poesia e Literatura". Na Gazeta do Povo, um relato sobre os calotes milionários das grandes livrarias e os impactos dessas ações no mercado editorial brasileiro, passando pelos recentes acontecimentos em torno do fechamento da Livraria Cultura, e de dados acerca do tema. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A escritora Ana Maria Gonçalves foi a entrevistada da mais recente Sabatina PublishNews, que o Podcast da casa reproduz agora, disponibilizando a conversa nas mais diversas plataformas de áudio. A autora falou de seu novo livro (ainda na gaveta), avaliou diferentes aspectos do mercado editorial, comentou questões de crítica literária e compartilhou suas expectativas para o carnaval de 2024, quando a Portela vai colocar na avenida o samba enredo inspirado em Um defeito de cor, seu romance publicado pela primeira vez em 2006 pela Record. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Catapulta Editores, especializada em livros infantis e infantojuvenis, anunciou sua expansão no país. A Distribuidora Librum, que já faz parte do Grupo Catapulta há quatro anos na Argentina, agora também fará a comercialização de diversos outros títulos no Brasil, ampliando a oferta de livros para o mercado nacional. A partir de agosto, a Librum apresentará um novo catálogo, da Auzou, que terá títulos inéditos em português. A Auzou é uma das principais editoras francesas de livros para a família e suas coleções são projetadas para apresentar às crianças, desde cedo, o mundo da leitura e da aprendizagem. “Esse é o primeiro passo para outras iniciativas de crescimento, que estão chegando. Nesta nova etapa, fica o nosso comprometimento em continuar trazendo títulos atrativos, que estimulam a leitura, a imaginação das crianças e dos adolescentes, enfatizando a qualidade de vida e aproximando a família”, explica o gerente da Distribuidora Librum, Evandro Bassi Rocha da Silva. Atualmente, a Catapulta tem 180 títulos ativos. A primeira obra a ser lançada a partir dessa expansão será Procure e encontre Suni, com previsão de lançamento no início de agosto. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A editora HarperCollins está em busca de um estagiário de contas a pagar, para atuação no escritório do Rio de Janeiro. O estagiário irá auxiliar na conferência de impostos, no controle de pagamentos e de envio de documentos fiscais a contabilidade e na análise e conferência de documentação cadastral, além de cadastrar fornecedores e tabela de preços e ajudar nos lançamentos e conferência dos vencimentos de notas fiscais, RPA e Cessão de Direitos em ERP. O candidato deve estar cursando Ciências Contábeis ou Administração. Além disso, também é desejável conhecimento do pacote Office, principalmente de Excel. Espera-se que o estagiário seja proativo, comunicativo e organizado e inglês é um diferencial. Os interessados devem se inscrever clicando aqui.

O Grupo Editorial Scortecci, que edita, imprime e comercializa livros desde 1982, abriu duas vagas de estágio em produção editorial. É preciso cursar Letras ou Produção Editorial e ter conhecimento e experiência em InDesign. Os contratados irão realizar a diagramação de livros. As vagas são para o período da manhã, de segunda a sexta, das 8h às 13h, com bolsa estágio, seguro e condução. Interessados devem encaminhar currículos para gruposcortecci@scortecci.com.br.

Como parte da programação do Fliaraxá – Festival Literário de Araxá, que ocorre de 5 a 9 de julho, o Sesc SP e o evento literário apresentam o Ciclo de Debates Virtuais “Mário de Andrade, Negro, 130 Anos”, no qual seis especialistas negros vão discutir, entre outros assuntos, a questão da identidade do autor de Macunaíma, nomeado Patrono do Festival. São eles: Oswaldo de Camargo, Inaê Lopes, Oswaldo Faustino, Ana Flávia Magalhães Pinto, Pascoal da Conceição e Angélica Ferrarez. Todos os debates, mediados pelo curador Tom Farias, irão ao ar durante o Fliaraxá, nos canais no YouTube do Fliaraxá e Sesc CPF. Considerando a identidade negra de Mário, a proposta do evento visa uma importante compreensão mais ampla e profunda da sua obra e do contexto em que ele se inseriu. Mário de Andrade foi um dos mais importantes escritores e intelectuais brasileiros, reconhecido por sua contribuição para a cultura e a arte no país. No entanto, muitas vezes sua identidade racial é negligenciada ou deixada em segundo plano nas discussões sobre sua obra. Ao abordar Mário de Andrade sob a perspectiva de sua negritude, a ideia é também promover uma revisão crítica do legado do autor, lançando luz sobre aspectos muitas vezes invisibilizados ou silenciados. A programação do ciclo inicia nesta quarta (5), às 19h, com Oswaldo de Camargo, na mesa intitulada “Quem é este Mário de Andrade. Branco? Negro?”. Clique no Leia mais para conferir a programação completa.

O economista e escritor Eduardo Moreira – que fez seu novo livro, A intenção primeira (Civilização Brasileira), estrear em primeiro lugar na Lista de Mais Vendidos – lança a obra nesta terça-feira (4), na Livraria da Travessa Pinheiros (Rua dos Pinheiros, 513, Pinheiros, São Paulo / SP), e na quinta-feira (6), na Travessa Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 572, Ipanema, Rio de Janeiro / RJ). A intenção primeira investiga a profundidade da vida, unindo física quântica e espiritualidade. No prefácio, Leonardo Boff ressalta a originalidade do pensamento: “[Este livro] representa uma mixagem de elementos da física clássica, da mecânica quântica, da biologia, da matemática, da neurologia, de outras Ciências da Terra. Não se trata de uma justaposição de elementos, mas de uma articulação entre eles, de tal forma que se constitui um enredo ou um fio condutor que liga e religa todo o seu discurso”, afirma Boff no prefácio. Eduardo Moreira é graduado em engenharia pela PUC-Rio e estudou economia na Universidade da Califórnia, em San Diego. É ex-banqueiro de investimentos. Foi eleito, em 2013, pela revista Época Negócios, um dos quarenta brasileiros de maior sucesso com menos de 40 anos. É autor de diversos livros. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Pedra antiga da tristeza (Claraboia, 166 pp, R$ 54,90) reúne histórias de gentes que se cruzam para compor esse romance contemporâneo. O ponto de encontro das vozes marginais é o Clube de Danças, um salão por onde bailam a dançarina, a cozinheira, o sexo que se vende, o mistério, os homens que machucam, o tempo que não espera, e, sobretudo, as dores incuráveis com as quais se aprende a viver. A autora Ana Paula Moreira expõe as mazelas dos abandonos da vida nas frestas de uma narrativa construída para desafiar o leitor, tanto em conteúdo quanto em forma. Seus códigos de linguagem são como segredos contados ao pé do ouvido: envolventes como Das Dores, a personagem que é o próprio Salão, para onde convergem e de onde se expandem os outros personagens que orbitam Sasha Vânia.

Anatomia: uma história de amor (Intrínseca, 320 pp, R$ 59,90 – Trad.: Guilherme Miranda), de Dana Schwartz, acompanha a jornada de uma mulher à frente de seu tempo e um rapaz disposto a tudo pela sobrevivência, envolvidos em um mistério nos cemitérios de Edimburgo. O maior desejo de lady Hazel Sinnett é se tornar uma renomada cirurgiã, algo impensável para uma mulher no século XIX. Para conseguir estudar na Sociedade Real de Anatomistas, ela finge ser um jovem cavalheiro, mas é expulsa quando descobrem sua identidade. Desesperada, a garota faz um acordo com o dr. Beecham: se ela passar no exame estudando por conta própria, ele permitirá que Hazel realize seu sonho. Mas livros não bastam para aprender anatomia. Ela vai precisar de cadáveres. Jack Currer quer apenas sobreviver em uma cidade onde a miséria e a morte espreitam a cada esquina. Há anos, ele desenterra corpos e os vende para estudantes de medicina, mas o trabalho ilegal está cada dia mais perigoso. Homens estranhos rondam os cemitérios, seus amigos estão desaparecendo das ruas e há rumores de uma nova epidemia de febre. Quando Hazel contrata os serviços de Jack, os dois se aventuram por esse cenário lúgubre e descobrem que não estão a salvo. Agora, eles terão que desvendar os segredos que conectam túmulos anônimos à conservadora sociedade de Edimburgo… e encarar os próprios sentimentos.

Em Águas-vivas não têm ouvidos (Fósforo, 200 pp, R$ 69,90 – Trad.: Flavia Lago), os vestígios das palavras se transformam em presença, e da fantasia da protagonista emergem figuras que acompanham seus percalços para se ajustar às expectativas de um mundo que não a reconhece. Louise F. habita uma margem invisível entre dois mundos. Surda oralizada, desde os cinco anos precisa preencher as lacunas provocadas por uma deficiência auditiva, atravessando o que descreve como “ondas movediças do silêncio”. As horas que passou treinando leitura labial, interpretando, deduzindo e reconhecendo sons esparsos fizeram com que ela transitasse no mundo dos ouvintes, mas sem deixar de sentir as dificuldades próprias das pessoas com surdez. A falta de contornos não é limitadora, ao contrário, a partir da ambivalência da personagem, Adèle Rosenfeld constrói uma narrativa delicada e imaginativa, que oferece novas miradas sobre a realidade de Louise, que é também a sua.

Os Kingsley são conhecidos como a realeza americana, famosos por seus heróis e políticos, e com Joe não poderia ser diferente; ele só não está pronto para assumir as expectativas que acompanham essa realidade. Enquanto isso, Cate Cooper cresceu em um lar disfuncional, sem expectativas de futuro. Ainda assim, ela conseguiu se tornar uma modelo de sucesso e deixar esse mundo para trás. Quando Joe e Cate se veem pela primeira vez na praia, criam uma conexão instantânea e irrefreável. E, apesar de os Kingsley esperarem que ele se case com alguém da elite americana, ele não tem olhos para outra pessoa desde que a viu pela primeira vez. Mas será que o amor será suficiente para sobreviver à pressão dos holofotes e de suas diferenças? Da autora best-seller do New York Times Emily Giffin, O peso de nossos nomes (HarperCollins, 336 pp, R$ 59,90 – Trad.: Flora Pinheiro) é uma história divertida, sensível e envolvente sobre identidade, pertencimento e um amor capaz de superar qualquer coisa.