Os planos de expansão passavam primeiro pela Espanha. "Mas estratégias são líquidas e mudam ao gosto das marés", explica o fundador e CEO do Clube de Autores, Ricardo Almeida. "Fomos contatados via Linkedin por essa editora, que ainda não conhecíamos, de uma parte do mundo que nem pensávamos em ir, e ela fez essa proposta de parceria, e aí foi tudo muito rápido. Era um plano chegar na Ásia daqui a alguns anos, mas isso acabou mudando. A gente vai também subir para o Reino Unido no ano que vem".
A Green Hill Publishing, editora australiana voltada para autopublicação, licenciou a plataforma do Clube de Autores e o modelo de rodovias literárias: rotas por onde os livros podem ser comercializados em diferentes países, a preços locais, garantindo os ganhos de seus respectivos autores e, assim, "permitindo a troca de experiências, culturas e conhecimentos entre todos os povos", diz a plataforma. O modelo levou o Prêmio PublishNews de Inovação no setor editorial em 2023.
O Clube de Autores afirma que o objetivo é "redefinir o conceito de autopublicação na região da Ásia-Pacífico e abrir portas ao mercado local". Já a longo prazo o objetivo passa por criar uma rede de publicação de livros que permita que autores, em todo o mundo, possam publicar e vender suas obras.
“É com muito orgulho que vemos o Clube de Autores expandir para países como a Austrália, Nova Zelândia e Singapura, que têm uma personalidade cultural marcante. Por este motivo, acredito que vão nascer grandes histórias, que irão ser partilhadas com o resto do mundo”, afirma Ricardo Almeida. “Este novo hub na Ásia-Pacífico, além de conectar mais de 30 milhões de pessoas à nossa rede, irá também funcionar como uma importantíssima porta de entrada para a Ásia central”, conclui.
“A tecnologia avançada do Clube de Autores vai permitir oferecer um serviço de publicação inédito aos autores dos três maiores países de língua inglesa da região da Ásia-Pacífico", conclui David Walters, que fundou a Green Hill em 2012, em nota.