As indefinições no caso Americanas ainda preocupam diversas editoras que agora passam a ser credoras da varejista. A dívida das Americanas com as editoras chega a pelo menos R$ 85 milhões, sem contar as distribuidoras de livros. Para editoras e editores ouvidos nesta semana, a situação é desconfortável, mas ter enfrentado as crises agudas de Saraiva e Cultura também fornece ferramentas para lidar melhor com a situação. Uma questão que aparece é a seguinte: a Americanas operava em regime de compra com as editoras, e não consignação. Portanto, as editoras precisam honrar os direitos autorais dos livros mesmo que a varejista não pague sua dívida. “Se cria uma situação desconfortável se você pensar que, destes R$ 7 milhões devidos, honraremos quase R$ 1,5 milhões em direitos autorais”, explica a presidente do Grupo Editorial Record, Sônia Machado Jardim. O diretor comercial da Editora Planeta do Brasil, Gerson Ramos, comenta que por conta dessa questão, e dependendo do volume que as editoras tinham em vendas para as Americanas, o prejuízo pode ser até maior do que foi no caso da Cultura. O impacto nas editoras de livros didáticos chamou a atenção do sócio-diretor da Sextante, Marcos da Veiga Pereira. O momento também cria certa desconfiança para continuar a fazer negócios com a varejista. O diretor comercial e de marketing da Rocco, Bruno Zolotar, afirma que houve uma sinalização de pagamento parcial da dívida antes do pedido de recuperação judicial, que acabou invalidando a negociação. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Em uma semana sem muitas novidades na Lista de Mais Vendidos do PublishNews, a escritora americana Colleen Hoover permanece no topo com É assim que começa (Galera Record), e o coach Paulo Vieira aparece em 2º, com o seu O poder da autorresponsabilidade (Gente). O príncipe Harry, que havia estreado semana passada com o recém-lançado O que sobra (Objetiva), subiu uma posição e agora ocupa o 4º lugar na lista Geral. Com uma variação negativa de 7% no volume das vendas nas livrarias em relação à semana anterior, a lista aponta também para certa estabilidade após a queda acentuada do início do mês, pós vendas de Natal. Entre as editoras, o cenário também é de normalidade, com Grupo Companhia das Letras na liderança (16 livros na lista), seguido de Grupo Editorial Record (15) e Sextante (12). Entre as novidades, o empresário Kiko Kislansky emplacou na lista de Autoajuda o livro A revolução do propósito (Gente Autoridade). Em Não ficção, outros dois livros inéditos nas listas. Bill Gates e o seu Como evitar um desastre climático (Companhia das Letras) e As donas da p**** toda Celebration (Literare Books), de Juliana Serafim. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

A nova secretária de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Marília Marton, disse que “a cultura não existe sem financiamento público”. Declaradamente de direita e liberal, a socióloga garantiu seu compromisso com a manutenção de programas já existentes no estado e com a busca por um orçamento duas vezes maior em quatro anos de comando. “O fato de ser moderada de direita não me desobriga a olhar a cultura como um grande piano que permeia todos os matizes”, disse à reportagem do Valor. Ao Globo, Ailton Krenak falou sobre o assunto da semana, a situação do povo Ianomâmi. Krenak insiste que a situação dos indígenas seja tratada com a mesma gravidade que os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro e pede a punição dos “algozes” dos ianomâmis. Ainda em política, a nova ministra da Cultura, Margareth Menezes, fez um ato simbólico para celebrar a volta oficial do MinC. O Correio Braziliense destacou as palavras da cantora e agora ministra: “A cultura é uma ferramenta de transformação e é um vetor econômico importante para o nosso país. O Ministério da Cultura voltou para onde não deveria ter saído”. O Estadão destacou a estrela dos mais vendidos, Colleen Hoover, que anunciou nesta semana o elenco do filme baseado em seu grande sucesso É assim que acaba. Lily, a protagonista do filme, tomará vida a partir da atriz Blake Lively; e o ator Justin Baldoni irá atuar como Ryle. Para mais notícias, clique no Leia mais.

Mais uma vez, trago um tema polêmico. Eu respeito e muito o trabalho dos grandes suplementos literários, como Rascunho, Suplemento Pernambuco, Revista Quatro Cinco Um. Ou, ainda, matérias na Folha de São Paulo, no Estadão, n'O Globo. Inclusive, sou muito grata porque A filha primitiva teve espaço em todos eles. Mas certo dia fiquei me perguntando: quem lê estes suplementos? Quem tem acesso a eles? Percebi que estamos falando de um grupo seleto que lê literatura e a discute, acompanha resenhas, paga assinatura de jornal online e impresso e clubes de assinaturas. E pensei que também existem leitores além disso. Além dessa bolha. Leitores que não têm acesso a nada disso. Na verdade, a reflexão mesmo veio a partir de um leitor que me disse que conheceu meu livro porque a faxineira do prédio dele indicou. Eu descobri porque, sempre que um leitor me diz que gostou do meu romance, pergunto como ele soube do livro. Gosto de saber esses caminhos que a história faz. E ele disse que, depois de ler, a faxineira indicou para todo os moradores do prédio. Fiquei ainda mais curiosa por saber como o livro tinha chegado até ela. Ele me contou que ela conseguiu num sebo perto do trabalho. O dono tinha ido para a feira da USP. Trouxe A filha primitiva, leu e deu de presente para ela. Ela soube, então, de um morador que era aposentado e que lia livros escritos por mulheres. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta coluna.

Em novas atualizações da greve dos funcionários da HarperCollins nos EUA, a empresa e o sindicato concordaram em contratar um mediador independente na esperança de abrir uma brecha para negociação da greve, que já dura quase 3 meses. Desde novembro de 2022, os funcionários decidiram parar as operações em busca de melhores direitos trabalhistas e salários, e mais diversidade na companhia. “Entramos em negociações ansiosos para encontrar um terreno comum e continuamos comprometidos em alcançar um contrato justo e razoável ao longo deste processo”, diz um memorando da vice-presidente de RH da HarperCollins EUA, Zandra Magariño. O sindicato confirmou a notícia em comunicado oficial. Olga Brudastova, presidente do sindicato, disse: “Estamos entusiasmados por ter esta oportunidade de continuar negociando com a HarperCollins e esperamos que eles finalmente estejam prontos para colocar uma oferta justa na mesa”. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

A editora Rocco abriu uma vaga para analista de suporte – TI. Para se candidatar, é preciso ter ensino superior completo ou cursando em Tecnologia da Informação, Sistema de Informações, Engenharia de Sistemas, Ciências da Computação, Engenharia da Computação, ou áreas correlatas; conhecimento do Pacote Office; de bancos de dados; e experiência anterior em suporte técnico. A editora procura alguém com perfil analítico para detectar problemas e encontrar as melhores soluções; que tenha boa comunicação; e facilidade com sistemas. No dia a dia, irá atender às dúvidas e solicitações de usuários internos; fazer manutenções corretivas e preventivas de softwares e hardwares; implementar novas funcionalidades que facilitem o dia a dia dos usuários; estabelecer uma rotina de backup; acompanhar os chamados do início ao fim; identificar e sugerir melhorias no sistema e no processo de atendimento; e elaborar materiais que auxiliem no esclarecimento de dúvidas. Interessados devem enviar currículos para departamentopessoal@rocco.com.br até 31 de janeiro.

A Alta Books está à procura de um divulgador educacional com experiência na geração e gestão de vendas e licitações para o Governo Federal, Secretarias Estaduais e Municipais, ONGs, bibliotecas e universidades. Os requisitos incluem formação superior em Administração, Pedagogia ou áreas afins; habilidades de apresentação e negociação; experiência no ramo editorial como divulgador ou vendedor externo de obras educacionais por, no mínimo, três anos; ter bons conhecimentos e relacionamento com instituições de ensino e distribuidores especializados; conhecimento do Pacote Office e conhecimento em literatura infantil e livros educacionais. Estão entre as funções do cargo: apresentar os livros do catálogo educacional junto às escolas, secretarias, órgãos públicos e universidades; divulgar as obras visando a aquisição para bibliotecas ou distribuição a alunos; participar de feitas e eventos escolares; coletar informações sobre tendências de mercado, ações dos concorrentes; reportar ao gestor por meio de relatórios semanais de acompanhamento do trabalho; prestar suporte em todas as fases do pré-venda, venda e pós-venda junto aos clientes; entre outros. A vaga é para o escritório de São Paulo e o candidato deve ter disponibilidade para viagens e participação de eventos. O modelo de contratação é PL e interessados devem enviar currículos cristiane.mutus@altabooks.com.br.

A LVM Editora abriu uma vaga para assistente administrativo. A editora procura uma pessoa organizada, que saiba mexer no Windows, Word e Excel e Versa. As funções do cargo incluem responder o SAC do Clube Ludovico (e-mails, WhatsApp e demandas do Instagram); levantar planilha de devedores mensais e controle de planilhas de cancelados; verificar antifraude; colocar notas ordem alfabética e casar notas e etiquetas; resolver pendências e acompanhar de entregas e devoluções; dar entrada de notas de devolução e de gráfica no Versa; cadastrar livros; e bater estoque e sistema semestralmente. O trabalho é híbrido e interessados devem enviar currículos para angelica.carmo@lvmeditora.com.br até 31 de janeiro.

A Mostarda Editora, editora focada em difundir o hábito da leitura publicando obras que quebrem barreiras e preconceitos, está à procura de um supervisor comercial. É preciso ter ensino médio completo, experiência na área e conhecer o mercado em nível nacional. A pessoa contratada irá, juntamente com a diretoria, estruturar, planejar, organizar, controlar a área comercial. Os benefícios incluem o salário fixo, comissão, vale transporte e convênio médico. Interessados devem encaminhar currículos até 15 de fevereiro para contato@editoramostarda.com.br.

A Livraria Ponta de Lança (Rua Aureliano Coutinho, 26 – São Paulo / SP) recebe neste sábado (28), às 16h, o evento "Escrever Rios: A cidade e seus ritmos", com o lançamento de livros de dois autores cariocas estreantes: Disritmia (Editora Malê), de Ronald Lincoln, e As despedidas (Marisco Edições), de Carina Bacelar. O evento terá uma mesa de debate com os autores sobre contradições e cenários do Rio de Janeiro na literatura. Os dois livros trafegam pelo cenário físico e social da cidade, marcada por desigualdades e idealizações, em registros ora mais e ora menos subjetivos. Disritmia traz, segundo a editora "um mosaico de personagens faveladas", e teve um de seus contos publicados na revista Piauí. Já As despedidas é um livro híbrido, na fronteira entre contos e novela. Nele, uma personagem revela, em narrativas não lineares, cinco histórias de "quando ela foi embora de um mundo – ou de quando um mundo foi embora dela". Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

As inscrições para a terceira edição do Prêmio Literário Máquina de Contos estão abertas até 27 de abril. Três autores inéditos terão seus contos publicados na plataforma Máquina de Contos e ganharão um prêmio de R$ 2 mil. A novidade deste ano é a publicação de um livro que trará os textos vencedores, além de 10 contos que receberão menção honrosa. O resultado será divulgado em 31 de maio. Para se inscrever, clique aqui. O tema dos contos é livre, e serão aceitos textos inéditos de autores maiores de 18 anos, brasileiros, que não tenham livros publicados de forma comercial, em mídia eletrônica ou impressa, admitindo ainda autores que tenham autopublicações e/ou participado de coletâneas. Para mais informações sobre o edital, clique no Leia mais.

Publicado pela Sextante no final de 2020, a obra O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo, do artista britânico Charlie Mackesy, entrou rapidamente para a lista dos mais vendidos, tanto lá fora, quanto por aqui: garantiu o primeiro lugar na lista do The New York Times, com mais de um milhão de exemplares vendidos, foi o livro mais vendido em 2020 no Reino Unido e conseguiu espaço na Lista dos Mais Vendidos do PublishNews. Agora, a adaptação do livro que conta a história de um menino curioso, uma toupeira gananciosa, uma raposa cautelosa e um cavalo sábio que se encontram em situações difíceis, entrou para a lista de indicados do Oscar na categoria Melhor curta de animação. Clique no Leia mais para conferir o trailer do curta, disponível na Apple TV+.

Entre sonhos e dragões (Companhia das Letrinhas, 40 pp, R$ 49,90 - Ilustração: N.N.), novo livro de Adriana Carranca – autora de Malala, a menina que queria ir para a escola – conta a história de três meninas afegãs que enfrentaram os desafios do Afeganistão (dentre eles, o Talibã) para realizar seus sonhos. Na obra, Adriana apresenta aos leitores Sadaf, que sonhava ser boxeadora; Shamsia, que queria ser artista plástica; e Meena, encantada pela ideia de ser musicista desde pequena. O pano de fundo para as aventuras das meninas é a história recente do Afeganistão, desde a invasão soviética de 1979 até a retirada das tropas norte-americanas no ano passado — que, na prática, devolveu o país ao controle armado dos fundamentalistas religiosos. Lançando mão de recursos narrativos das fábulas, como as metáforas, e da ficcionalização de fatos reais, Adriana convida o leitor a conhecer não só a realidade das protagonistas, mas, por intermédio delas, de centenas de milhares de mulheres e meninas vivendo sob um regime baseado no medo e na violência que as aprisiona a uma vida forçadamente doméstica e submissa. Ao final, o leitor encontra o perfil das três meninas que inspiraram as protagonistas da história.

Os amigos do chimpanzé Chico Zé acreditam que é absolutamente impossível estar de mau humor em um dia tão bonito. Entretanto, o personagem central de O macaco mal-humorado (Caminho Suave / Edipro, 32 pp, R$ 49 – Ilustração: Max Lang) – obra escrita por Suzanne Lang – está prestes a descobrir que existem dias mais difíceis. Com uma postura tensa, as sobrancelhas franzidas e emburrado, o personagem está em conflito com as próprias emoções. Sem vontade de rolar na terra ou passear, ele recebe conselhos de seus amigos, mas se dá conta de que nem sempre é possível amenizar o mau humor. E está tudo bem. O macaco mal-humorado traz uma história divertida sobre como Chico Zé lida com um dia ruim e a insistência de seus amigos animais para que ele se anime. O livro é uma ferramenta ideal para incentivar as crianças a lidarem com sentimentos conflitantes.

A carioca Nathália Rodrigues, mais conhecida como Nath Finanças, é uma das grandes referências do mercado financeiro atual. Sua maneira simples e leve de falar sobre finanças pessoais atrai milhares de pessoas nas redes sociais. Para descomplicar ainda mais e levar esse assunto “de gente grande” para as crianças, Nath se juntou a Ziraldo, grande cartunista mineiro, para o lançamento do livro O plano perfeito (Melhoramentos, 96 pp, R$ 52,90), que chega em 2023 para incentivar os pequenos a lidar com dinheiro de maneira responsável desde cedo. O encontro de gerações promove uma experiência divertida e interativa, a partir de uma leitura acessível para as crianças tanto no ambiente familiar, como na leitura compartilhada com professores nas escolas. A obra é o primeiro volume da nova coleção da editora, intitulada ‘Conta tudo’, para incentivar o conhecimento dos pequenos leitores.

Baseado no título publicado originalmente no Canadá pela CrakcBoom! Books, com referências ao clássico O pequeno príncipe, chega ao Brasil o livro O pequeno príncipe - Cadê você raposa? (Carochinha, 12 pp, R$ 49,90 - Trad.: Diego Salerno Rodrigues). O livro tem páginas cartonadas, com abas em que a criança brinca de esconde-esconde procurando a raposa e vai descobrindo alguns dos principais elementos da fantástica história infantil que atravessa décadas. O texto é de Corinne Delporte, inspirado na obra de Antoine Saint-Exupéry. Este livro interativo foi desenvolvido para estimular os sentidos e as habilidades motoras das crianças pequenas. A editora acredita que livros interativos como esse, com abas e texturas, são pontos de partida importantes para o estímulo à leitura, já que favorecem o contato com livros desde a primeira infância e, principalmente, incentivam a prática da leitura compartilhada entre pais e filhos, adultos e crianças. “Agregar um título como esse ao catálogo da Carochinha em um ano comemorativo também é uma espécie de homenagem ao autor e a todas as inspirações que surgiram a partir dessa obra universal”, afirmam os editores Naiara Raggiotti e Diego Salerno Rodrigues.