Um grupo de advogados ligados a credores da Saraiva Livreiros S.A. vai entrar nos próximos dias com uma petição ao juízo da recuperação judicial do grupo para solicitar informações sobre contratos da Saraiva com a KR Capital. A motivação é a mesma que trouxe às manchetes a agora segunda maior acionista ordinária da empresa, Alyssa Bruscato, detentora de 15% do capital social com direito a voto. A acionista pressiona para que a companhia divulgue ao mercado o inteiro teor do contrato que deu origem a um crédito de R$25 milhões, a ser discutido na próxima Assembleia, agora marcada para o dia 31 de janeiro de 2023. Quem deve receber o crédito é a empresa KR Capital, ligada ao CEO da Saraiva, Marcos Guedes – em seu Linkedin, Guedes informa que é sócio da KR. Na Proposta da Administração divulgada para a próxima Assembleia, consta justamente um "novo aumento de capital social da Companhia, mediante a capitalização de créditos, em até R$25.722.161,16", com com emissão de ações preferenciais neste valor. O procedimento vem sendo adotado pela rede como forma de expansão nos últimos meses. Se o aumento for aprovado na AGE, uma consequência seria a diluição da porcentagem dos atuais acionistas. O questionamento de credores e acionistas se dá porque as ações emitidas para a KR não teriam as mesmas condições de mercado das ações que foram emitidas nos últimos meses para eles. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

O PublishNews terá, a partir desta terça-feira (17), um canal exclusivo no Telegram! Clique aqui para se inscrever. Todos os dias, enviaremos notícias que são publicadas no site para os inscritos do canal. Além de receber a newsletter por e-mail, o leitor do PN poderá ter na palma da mão todos os artigos do nosso site. O Telegram é um serviço de mensagens instantâneas bem parecido com o WhatsApp. O aplicativo está disponível para smartphones ou tablets, computadores e também como Aplicação web. A maior diferença do Telegram é que ele permite a criação de canais, como o que o PublishNews terá a partir de agora. Os canais do Telegram são uma ferramenta para transmissão pública de mensagens. Depois de ter o app baixado, é só se inscrever no nosso canal por meio deste link. E pronto! Você receberá nossas notícias fresquinhas todos os dias no conforto do seu smartphone.

A Feira do Livro de Bolonha divulgou nesta terça-feira (17) os selecionados para a 57ª Exposição de Ilustradores. Entre os 80 trabalhos, estão os de dois brasileiros: Henrique Moreira e Flávia Bomfim. As obras, provenientes de mais de 28 países diferentes, serão expostos durante a Feira, entre os dias 6 e 9 de março de 2023, e também estão disponíveis para visualização no site do evento. Criada em 1967 para buscar e mostrar as últimas tendências em ilustração e talentos emergentes em todo o mundo, a Exposição de Ilustradores contou a história da evolução dos livros infantis ao longo das décadas: da narrativa tradicional ilustrada ao livro ilustrado predominantemente visual e, mais recentemente, o sucesso dos livros mudos. Ilustradores de todo o mundo devem aproveitar a visibilidade da Feira para mostrar seus trabalhos. Em 2023, cerca de 4.345 ilustradores inscreveram seus trabalhos para a Exposição de Ilustradores, um número recorde de inscrições. O júri deste ano, depois de se ter reunido online para discutir a primeira lista de selecionados, elegeu 315 finalistas. Agora, a comissão se reuniu novamente em Bolonha no início de janeiro, onde fizeram a seleção final dos 79 conjuntos de ilustrações – obra de 80 artistas de 28 países e regiões do mundo – que serão expostos na Feira. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra e todos os selecionados da Exposição.

A Editora Vida está procurando por duas pessoas para compor sua equipe. A primeira é uma pessoa revisora e preparadora de textos para modelo de contrato PJ de 40h semanais. Entre os requisitos da vaga estão: ter superior completo em Letras, Editoração ou Jornalismo, experiência em revisão e preparação, organização, pró-atividade e facilidade de trabalhar em equipe; já ter trabalhado com Bíblias e conhecimento na literatura cristã serão diferenciais para aprovação. O horário de trabalho é 8h às 17h30 de segunda a sexta-feira, em Guarulhos, São Paulo. A segunda vaga é para Vendedor Interno e exige habilidades para vendas de livros cristãos, seculares e Bíblias; experiência no atendimento ao cliente, que proporcione uma experiência positiva de fidelização; e experiência em editoras ou livrarias. Interessados deverão enviar currículo para rh@editoravida.com.br.

O PublishNews publica mensalmente a Área Indie, espaço que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Neste mês, são três destaques. O primeiro destaque é o livro Corja, escrito por Fernando Luigi e com ilustrações de Toni D’Agostinho, que se baseia em personagens conhecidos dos contos de fada, mas com assuntos atuais na sociedade atual. O segundo destaque é o título Elegias de Pandora, uma obra de poesias que caminha entre ficção e realidade, entre ultrarromantismo e literatura gótica e dá vida aos sentimentos pulsantes da própria autora. O terceiro destaque é o livro publicado pela Uiclap, O outro em mim. Construída com textos e ilustrações que permitirão reflexões sobre temas delicados, a obra fala da infância, construção familiar, agressão a mulher, homossexualidade, saúde mental. Para saber como participar da seção Área Indie, escreva para a Karina Lourenço, no e-mail karina@publishnews.com.br. Clique no Leia mais e confira os detalhes dos livros da Área Indie.

A editora Relicário vai publicar em 2023 uma poeta inédita no Brasil: a norte-americana Anne Sexton, vencedora do Pulitzer de 1967 – com tradução da poeta e tradutora Bruna Beber. Ela foi agraciada com a bolsa Looren Latin America, com apoio da fundação cultural suíça Pro Helvetia na América do Sul, para a realização do trabalho, com custeio e residência em fevereiro de 2023 na Translation House Looren, em Wernetshausen, Zurique. Bruna Beber é poeta, tradutora, artista visual e mestre em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Publicou traduções de obras de Shakespeare, Sylvia Plath, Louise Glück, entre outros. Seu livro mais recente é Uma encarnação encarnada em mim: cosmogonias encruzilhadas em Stella do Patrocínio (Ed. José Olympio, 2022). Na Casa de Tradutores trabalhará na tradução de Mercies (Selected Poems), de Anne Sexton. O livro, a ser publicado em edição bilíngue, é uma antologia que perpassa os oito livros de poesia de Sexton e material póstumo, organizada e prefaciada por sua filha, a escritora Linda Gray Sexton. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Itaú Social divulgou em seu site que, em 2022, mais de 1 milhão de crianças foram beneficiadas pelo programa "Leia com uma criança", iniciativa da instituição desde 2010. No ano passado, o projeto focou em áreas mais vulneráveis e, em conjunto com algumas secretarias da Educação e organizações da sociedade civil, 659 municípios foram abarcados. Entre esses, 74% (487) são considerados áreas de maior vulnerabilidade, de acordo com o Índice de Gini, IDEB, e outros parâmetros utilizados pela instituição. O projeto já ganhou o Prêmio Jabuti na categoria Fomento à Leitura e oferece uma oportunidade para a participação do adulto na educação desde a primeira infância, principalmente por meio da leitura. Em 2022, kits literários foram distribuídos compostos de livros como De passinho em passinho: um livro para sonhar e dançar, da Editora Companhia das Letrinhas, com texto de Otávio Júnior e ilustrações de Bruna Lubambo; e A pescaria do curumim e outros poemas indígenas, da Editora Panda Books, com texto de Tiago Hakiy e ilustrações de Taísa Borges. No total, foram distribuídos mais de 2 milhões de livros, com a região Nordeste no topo dos municípios prioritários, recebendo 650 mil exemplares. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

A história da arte é um assunto que sempre fascinou Elvira Vigna e Carolina Vigna, mãe e filha. Juntas, elas frequentavam cursos e iam a exposições, e também escreveram um livro: Uma história da arte, que será lançado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) nesta terça-feira (17), em São Paulo, e quinta-feira (19), no Rio de Janeiro. Feito a quatro mãos, o livro reúne textos que abordam desde os desenhos rupestres até as manifestações contemporâneas. “No fundo, são todos os textos parte de uma mesma continuidade de pensamento”, informa Carolina Vigna na apresentação do título. Carioca radicada em São Paulo, ela tem pós-graduação, mestrado e doutorado em História da Arte. O livro que está sendo lançado começou a ser produzido em 2015, foi interrompido em meados de 2017 por causa da morte de Elvira Vigna – escritora premiada, jornalista, ilustradora, crítica de arte – e retomado somente em 2019 por Carolina. Os lançamentos ocorrem na Livraria da Travessa Pinheiros e Leblon. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Com mais de 20 mil inscritos nas duas primeiras edições, o Projeto Escritor 2023 está confirmado. Lilian Cardoso, expert no mercado do livro, dará três aulas gratuitas e on-line, marcadas para o dia 31 de janeiro, 1º e 2 de fevereiro, sempre às 20 horas. As inscrições devem ser feitas por este link. O workshop é indicado para quem pretende lançar um livro e não tem noção de como começar, além do autor que já tem uma obra publicada, mas não como divulgar, ou seja, fazer o marketing do livro. A participação nos três encontros é confirmada a partir da inscrição, o que garante ao escritor os materiais de apoio (apostila das aulas e o Planner Projeto Escritor 2023). Entre os assuntos abordados, estarão as estratégias de escrita, publicação e marketing pessoal que têm colocado os autores nacionais no ranking dos mais vendidos. Tudo que o escritor precisa na hora da aula é de uma boa conexão com a internet, fone de ouvido para concentração e algum caderno para anotações. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

Esqueça tudo o que você acha que sabe sobre quadrinhos. HQ: uma pequena história dos quadrinhos para uso das novas gerações (Veneta/Sesc, 160 pp, R$ 54,90), de Rogério de Campos, apresenta uma “pequena, subjetiva, incompleta história” do que se convencionou chamar de “a nona arte”. Partindo das origens orientais com os "bophas", sacerdotes contadores de histórias que circulavam pela Índia desde o Século V (os mesmos que, de quebra, também inventaram o cinema), passando pelas técnicas pioneiras de impressão e produção de papel dos chineses até as criações de um certo professor suíço, Rodolphe Töpffer, o livro narra as invenções e reinvenções que marcaram o desenvolvimento da linguagem dos quadrinhos. Até chegar a marcos contemporâneos, como a ascensão e queda dos super-heróis (e a forma como as grandes editoras norte-americanas se aproveitaram da censura para voltar ao topo do mercado), a geração gekigá de Tatsumi e Tsuge, que inspirou os jovens japoneses a tomarem as ruas, o escandaloso affair da Valentina de Crepax com Leon Trótski. Além do assassinato precoce dos quadrinhos eróticos brasileiros pelas mãos da ditadura militar. Uma coedição com o Sesc, HQ: uma pequena história dos quadrinhos para uso das novas gerações é um passeio deliciosamente subversivo pelos tantos cenários, nomes e situações que construíram essa história, em todas as suas versões e narrativas. Um livro capaz de surpreender tanto os iniciados quanto aqueles que nunca leram um gibi. Afinal, como dizia Harvey Pekar, “Quadrinhos são palavras e imagens. Você pode fazer qualquer coisa com palavras e imagens”.

O ano de 1922 aglutinou uma sucessão de eventos que mudaram de forma significativa o panorama político e cultural brasileiro. A Semana de Arte Moderna, a criação do Partido Comunista do Brasil, o movimento tenentista, a criação do Centro Dom Vital, a comemoração do Centenário da Independência e a sucessão presidencial de 1922 foram indicadores importantes dos novos ventos que sopravam, colocando em questão os padrões culturais e políticos da Primeira República. A proposta do livro 1922: o passado no presente – permanências e transformações (FGV Editora, 244 pp, R$ 49) é rever como questões cruciais para o país de 1922, após 100 anos, ainda estão ecoando na agenda, no presente.

O Brasil é rico nos seus sistemas alimentares, sendo uma das maiores cozinhas do mundo. O livro Um banquete Tropical: temas de etnoalimentação (Cepe, 264 pp, R$ 60), escrito por Raul Lody, oferece ao leitor um encontro com ingredientes, processos culinários e receitas de comidas e de bebidas, revelando em 78 artigos símbolos e significados que ampliam o paladar de cada alimento. Trata-se de um verdadeiro banquete da diversidade, da pluralidade do fazer, do servir e do comer, nos muitos rituais sociais da comensalidade, tanto no cotidiano quanto nas festas. Como relata no prefácio Maria de Lourdes de Azevedo Barbosa: “Raul Lody é uma enciclopédia; este livro – que comemora seus cinquenta anos de atividades como escritor –, um verdadeiro banquete nos trópicos. A cada capítulo, ele nos ensina alguma coisa. Muita coisa. Ou nos relembra conhecimentos que já tínhamos, mas lhes dando conteúdo ou contexto novo, em muitos casos, surpreendente”. As ilustrações foram especialmente realizadas pelo autor.

Há dois séculos, um jovem de apenas 24 anos percorreu mais de 1,4 mil quilômetros em uma viagem de um mês, do Rio de Janeiro até São Paulo e Santos, então pequenas cidades que juntas mal chegavam a 12 mil habitantes. O destino do Brasil foi decidido nessa viagem, em cima de uma mula, o animal que d. Pedro montava naquele 7 de setembro de 1822. Apesar da importância do dia ― e muito já foi escrito sobre o brado “Independência ou Morte” ―, como o então príncipe regente chegou a São Paulo é um tema pouco conhecido do público brasileiro. Qual foi o trajeto, por quais estradas e cidades passou? O que havia nelas de interessante? Como as viagens eram feitas naquela época e quem acompanhava o futuro monarca do país? Em um texto envolvente, tendo como base uma sólida pesquisa documental realizada em jornais de época, relatos de viagem, livros de memória e cartas ou documentos, mantidos em acervos no Brasil e na Europa, Rodrigo Trespach nos leva através do tempo, voltando duzentos anos, narrando como o hiperativo d. Pedro valeu-se de cavalos e mulas para cruzar cidades e vilas, vales e serras, e atravessar rios e arroios. Durante quase duas semanas, D. Pedro emitiu decretos, destituiu governos, nomeou gente para cargos públicos, assistiu a missas, plantou árvores, apostou carreira de cavalos, comeu com os escravos e achou tempo para encontros sexuais. São essas histórias fascinantes que Trespach apresenta aos brasileiros do Bicentenário nas páginas de Às margens do Ipiranga: A viagem da Independência ― a jornada de d. Pedro, do Rio de Janeiro a São Paulo, em agosto e setembro de 1822 (Citadel, 224 pp, R$ 44,95).