A Feira do Livro de Frankfurt anunciou esta semana os editores selecionados para o seu Fellowship Program, voltado para jovens editores, agentes literários, gerentes de direitos e licenciamento, e tem brasileiro na lista. Gustavo Faraon, da Dublinense, fará parte do time de 2022. "Recebi a notícia com muita alegria e alguma surpresa. Afinal de contas, o programa tradicionalmente só escolhe um convidado por país, isso quando escolhe. Acho que em boa medida o convite acaba validando o bom trabalho da Dubli", contou ao PublishNews. De fato, a Dublinense já tem em seu catálogo nomes importante como os alemães Uwe Timm e Mithu Sanyal e outros nacionais como Natalia Borges Polesso, Henrique Schneider, Marana Borges, Cristina Judar e Danichi Hausen Mizoguchi. A agenda do Fellowship inclui visitas a editoras, agências e livrarias, apresentações de mercado, eventos de matchmaking e diversas oportunidades de networking em Frankfurt, Berlim, e na própria feira do livro. Gustavo espera conhecer pessoas interessantes, com ideias diversas, “e ter a oportunidade de criar laços reais que muitas vezes levam aos projetos de colaboração mais interessantes”. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nessa semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre 07 e 13 de agosto. Entre elas estão Estela sem Deus (Companhia das Letras), novo romance de Jeferson Tenório, ganhador do Jabuti, sobre uma garota negra que quer se tornar filósofa; Os perigos do imperador (Companhia das Letras), livro no qual Ruy Castro mistura ficção e reconstituição histórica numa trama passada em 1876; O poder de se arrepender (Objetiva), de Daniel H. Pink, best-seller mundial de autoajuda; e dois boxes que a Galera lança com séries completas de grande sucesso adolescente, O diário da princesa, de Meg Cabot, e Hopeless, de Colleen Hoover. Clique aqui para conferir todas elas. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

O Governo do Estado de São Paulo lançou uma biblioteca digital gratuita com mais de 15 mil títulos. A plataforma BibliON irá se conectar com mais de 330 bibliotecas públicas e 240 cidades, para promover a capacitação e garantir o direito à leitura e ao conhecimento em todo o estado. Gerido pela organização social SP Leituras, o acervo da BibliON foi criado para estar em constante atualização, com títulos de vários gêneros e idiomas. O projeto também contempla clubes de leitura, podcasts, seminários, capacitações e oficinas. Para utilizar o serviço gratuito, os interessados devem acessar o site ou baixar o aplicativo BibliON, disponível no Google Play e na Apple Store, mediante um breve cadastro. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

País convidado de honra da Feira do Livro de Frankfurt em 2022, a Espanha apresentou nesta quarta (22) o conceito do seu pavilhão e os planos da sua programação para o evento. Com o tema Derramando criatividade, a Espanha levará sua cultura para toda a Alemanha com um extenso programa literário e cultural que inclui exposições, eventos musicais e apresentações de dança e teatro. Projetado pelo estúdio de design Enorme em conjunto com a equipe da Vitamin, o Pavilhão do Convidado de Honra – peça central do país em destaque – terá 2 mil m² e oferecerá aos visitantes livros, leituras, conversas e insights sobre a cena criativa da Espanha. O espaço também foi projetado para tornar todas as pessoas parte dessa cena, com o uso de inteligência virtual que encherá as paredes do pavilhão com páginas de um livro de grandes dimensões. O espaço terá ainda exposições imersivas – inspiradas na Teoria das cerejas, criada pela escritora espanhola Carmen Martín Gaite –, dois palcos, uma área de happy hour e um espaço para oficinas. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O Itaú Social abriu inscrições para o edital Acervos Literários. A proposta da instituição é contribuir para a expansão da oferta de livros nas OSCs (Organizações da Sociedade Civil) que promovem democratização do acesso a livros. Cada organização selecionada poderá receber de forma gratuita até dois acervos distintos, com 50 títulos cada, um para o público infantil e outro para juvenil e adulto. A partir da análise da qualidade da educação local, do número de organizações da sociedade civil por município e contexto social que cada uma apresenta no contato com a população, o edital vai beneficiar 204 municípios para receberem os títulos. As inscrições podem ser feitas pelo site do Itaú Social até o dia 1º de julho, às 18h. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Literare Books vai participar pela primeira vez da Bienal Internacional do Livro de São Paulo. O estande da editora (M111), ao lado da Arena Cultural, terá 55 m² e foco em tendências de inovação em produtos e serviços. Uma das atrações mais ambiciosas da programação pretende turbinar uma das apostas da casa, o livro O futuro da internet: Metaverso, de Juliana Serafim e Santiago do Bem. A dupla de autores participará de sessão de autógrafos, que promoverá uma chance para que os visitantes tenham uma experiência de imersão no metaverso, em um ambiente especialmente criado para isso. Dentro da estrutura montada no estande, as pessoas usarão óculos VR, ou de metaverso, que une realidade virtual e aumentada. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Com Portugal figurando como o país homenageado na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a Cepe Editora (Estande 100 / Rua M) apresenta como uma de suas atrações a presença do poeta português Nuno Félix da Costa, que apresentará as obras inéditas Manual para ser humano, livro de poemas, e O mim impossibilitado do acontecer, reunião de ensaios. Escritos de forma paralela, os livros saem pelo selo da Cepe e serão apresentados em evento no estande de Portugal, no dia 09, às 18h. No dia de abertura da Bienal, 02 de julho, às 17h, a Cepe inicia sua programação com a escritora pernambucana Cida Pedrosa, autora dos livros Gris e Solo para vialejo, este último vencedor do Jabuti em 2020, nas categorias Livro do Ano e Poesia. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O estande da VR Editora na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo (Rua C-10) será colorido e fofo, mas não é só por isso que vai atrair crianças para o espaço. A estrela da companhia, Greg Heffley, vai das as caras ali em todos os dias do evento. O personagem é protagonista dos 16 volumes da série Diário de um banana lançados no Brasil. Greg foi criado pelo cartunista americano Jeffrey Kinney, que publicou o primeiro livro da coleção, nos EUA, em 2007. A série se tornou um fenômeno mundial. Entre os autores que participarão dos 10 dias de programação, estão Marcos Lacerda, psicólogo e YouTuber; Veronica Oliveira, do @faxinaboa; e Alê Garcia, um dos 20 creators negros mais inovadores do país segundo a Forbes. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota e conferir os horários de Greg Heffley no estande da VR.

A Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro (AEL RJ) lançou esta semana o seu Guia de Livrarias do estado do Rio de Janeiro, uma versão ampliada do livro lançado em 2017. Naquele ano, a cidade contava com 210 livrarias, número reduzido agora para 146. O guia ainda mostra que no mesmo período foram inauguradas 20 lojas e que esses tradicionais pontos de cultura do Rio lutam para se readequar a um novo papel comercial e social. O maior número de lojas fechadas foi da Saraiva, que perdeu dez unidades, enquanto a Leitura, nesse período, fechou uma loja e abriu outras cinco no Rio. Novas lojas independentes de bairro também surgiram com foco na segmentação do acervo. A nova edição do guia traz, além das cariocas, as livrarias do interior do estado e mostra espaço para o comércio livreiro em várias cidades fluminenses. Em número de livrarias, Niterói está em segundo lugar, atrás do Rio, com 15 lojas, e Petrópolis aparece em terceiro, com seis. O livro também apresenta o serviço de cada loja, com redes sociais, características do acervo, ano de fundação e se há o envolvimento com a comunidade através de eventos. O Guia de Livrarias do Estado do Rio de Janeiro tem distribuição gratuita e está disponível na sede da AEL RJ, no Centro, mediante agendamento pelo WhatsApp (21) 2220 8182 ou pelo e-mail aelrj@aelrj.org.br. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Pouco lembrada atualmente, Ercilia Nogueira Cobra foi uma das mais corajosas e avançadas vozes da literatura brasileira nas primeiras décadas do século XX. Sem meias palavras já a partir do título, sua única obra de ficção, Virgindade inútil (Ilimitada / Carambaia, 149 pp, R$ 59,90), é definida por ela como “novela de uma revoltada”. Mistura de sátira, drama e argumentação naturalista, o livro é um libelo feminista contra a dominação patriarcal em todos os aspectos da vida, e principalmente sobre o corpo da mulher. O enredo de Virgindade inútil se passa num país chamado Bocolândia, cujos habitantes são os bocós. Nele, “o analfabetismo é mantido de propósito a fim de que o povo se conserve em permanente estado de estupidez”. A protagonista é Cláudia, moça de “uma dessas famílias do interior que aparentam fortuna e onde o valor da mulher é igual a zero”. Recebe educação apenas para se tornar “o anjo do lar”, aguardando ser “colhida” por um marido. No entanto, com o fim da fortuna familiar e a consequência ausência de dote, ela se vê fadada à vida de solteirona. Depois de ver uma amiga seduzida, abandonada e levada à prostituição, em seguida expulsa da sociedade, Cláudia se cansa do papel relegado às mulheres e decide partir para Flumen, a capital da Bocolândia. Começa então uma trajetória em que se alternam humilhações e o desfrute dos prazeres da vida. O livro pertence ao selo Ilimitada, voltado para autores que ainda não passaram ao domínio público e com tiragem de acordo com a demanda. A capa é de Gabriela Heberle.

A história de Homens de verdade (Malê, 184 pp, R$ 48) começa com um vídeo viral, no Senegal, onde um cadáver de um homem é desenterrado e arrastado para fora de um cemitério por uma multidão. Assim que o vê, nasce um interesse em Ndéné Gueye, um jovem professor de Letras decepcionado com o ensino e cansado da hipocrisia moral da sua sociedade, quase uma obsessão por este acontecimento. Quem foi este homem? Por que seu corpo foi exumado? A essas perguntas, apenas uma resposta: ele era um Goor-Jigéen, um "homem-mulher". Em outras palavras, um homossexual: pecado final, culpa absoluta em um país onde a religião governa os costumes e as relações sociais. As discussões de Ndéné com sua amante, Rama, e alguns encontros com Maniang Niang, travesti, estrela brilhante do folclore local, e com Demba, um jovem garçom, vão aos poucos o ajudando a entender, em um contexto social cada vez mais tenso, a realidade da condição dos homossexuais no Senegal. Enquanto ao seu redor nascem suspeitas e boatos, Ndéné tenta enfrentar a única grande questão que lhe vale a pena: como encontrar a coragem de ser plenamente ele mesmo, sem se trair ou mentir. Homens de verdade, de Mohamed Mbougar Sarr, se revela um romance essencial para se pensar o cerceamento da liberdade em algumas sociedades. Mohamed é o primeiro escritor da África subsaariana a ganhar o Goncourt.

Na fictícia Old Ox, na Geórgia, nos últimos dias da Guerra Civil Americana, brancos ressentidos lamentam pela Proclamação de Emancipação, e ex-escravizados vislumbram a liberdade. George e Isabelle Walker, de luto pela morte de seu filho Caleb, acolhem Prentiss e Landry, dois irmãos negros e ex-escravos da fazenda vizinha. A conexão dos irmãos com os Walker confunde e enoja os moradores brancos da região, especialmente os aristocráticos Weblers, cujo filho, August, é o melhor amigo de Caleb. E enquanto o casal Walker espera que a amizade com os irmãos estanque a dor de seu luto, Prentiss e Landry planejam economizar dinheiro para viajar ao norte, em busca de uma chance de se reunirem com a mãe, vendida quando eram meninos. Paralelamente, um romance proibido floresce entre dois soldados confederados. Os jovens, recém-chegados da guerra à cidade de Old Ox, têm seus encontros às escondidas na floresta. Mas quando esse segredo é descoberto, o caos resultante desencadeia consequências devastadoras em todo o vilarejo. Com indicações de Barack Obama e Oprah Winfrey, A doçura da água (Novo Século, 334 pp, R$ 49,90 - Trad.: Tom Jones), de Nathan Harris, ilustra uma comunidade em conflito consigo mesma, envenenada pelo orgulho e atolada na intolerância racial e sexual. A obra ganhou vários prêmios e foi indicada ao Booker Prize 2021 e ao Goodreads Choice Awards 2021 de Melhor Ficção Histórica e Melhor Romance de Estreia. Nathan participa da 26ª Bienal do Livro de São Paulo no dia 10 de julho, às 11h30, na Arena Cultural.

Romance de estreia da autora Wayétu Moore, Ela seria o rei (DarkSide, 304 pp, R$ 79,90 – Trad.: Larissa Bontempi) apresenta três protagonistas em que as vidas se entrelaçam pela fome, o exílio e o silêncio de uma existência. A obra aborda com delicadeza e poesia a fundação da Libéria – um dos únicos países africanos não colonizados pelos europeus – a partir de uma mistura de história e realismo mágico, trazendo à tona temas como exploração de poder, feminismo negro, rebelião contra o colonialismo e a escravidão, resiliência negra e maternidade. Na aldeia de Lai, Gbessa é amaldiçoada ao nascer e exilada de seu povo, pela suspeita de que seja uma bruxa. Mordida por uma cobra e deixada para morrer, ela sobrevive. Nascido como escravizado em uma plantação na Virgínia, June Dey esconde sua força incomum, até que um confronto o obriga a fugir. E, nas montanhas azuis da Jamaica, Norman Aragon, filho de um colonizador britânico branco e de uma escravizada Maroon, herdou o dom da mãe e consegue ficar invisível. Três vidas diferentes, mas com habilidades – ou maldições – em comum. Incompreendida por seu próprio povo, Gbessa encontra uma nova vida na colônia de Monróvia. Quando conhece June Dey e Norman Aragon, não demora muito para que eles percebam que são todos amaldiçoados. Juntos, eles protegem os fracos e vulneráveis, amenizando as tensões entre os colonos e as comunidades indígenas à medida que uma nova nação se forma.