Vidas entrelaçadas
PublishNews, Redação, 23/06/2022
Estreia de Wayétu Moore, 'Ela seria o rei' aborda a fundação da Libéria e temas como exploração de poder, feminismo negro, rebelião contra o colonialismo e a escravidão, resiliência negra e maternidade

Romance de estreia da autora Wayétu Moore, Ela seria o rei (DarkSide, 304 pp, R$ 79,90 – Trad.: Larissa Bontempi) apresenta três protagonistas em que as vidas se entrelaçam pela fome, o exílio e o silêncio de uma existência. A obra aborda com delicadeza e poesia a fundação da Libéria – um dos únicos países africanos não colonizados pelos europeus – a partir de uma mistura de história e realismo mágico, trazendo à tona temas como exploração de poder, feminismo negro, rebelião contra o colonialismo e a escravidão, resiliência negra e maternidade. Na aldeia de Lai, Gbessa é amaldiçoada ao nascer e exilada de seu povo, pela suspeita de que seja uma bruxa. Mordida por uma cobra e deixada para morrer, ela sobrevive. Nascido como escravizado em uma plantação na Virgínia, June Dey esconde sua força incomum, até que um confronto o obriga a fugir. E, nas montanhas azuis da Jamaica, Norman Aragon, filho de um colonizador britânico branco e de uma escravizada Maroon, herdou o dom da mãe e consegue ficar invisível. Três vidas diferentes, mas com habilidades – ou maldições – em comum. Incompreendida por seu próprio povo, Gbessa encontra uma nova vida na colônia de Monróvia. Quando conhece June Dey e Norman Aragon, não demora muito para que eles percebam que são todos amaldiçoados. Juntos, eles protegem os fracos e vulneráveis, amenizando as tensões entre os colonos e as comunidades indígenas à medida que uma nova nação se forma.

[23/06/2022 07:00:00]