
Em Escalavra, o autor reencena sua exuberante e mágica prosa ao contar a história de um pai e de um filho em cenário e solo bem brasileiros. Cada página é um “tijolo”, uma parte da construção nessa narrativa sobre o silêncio entre eles. Um dos escritores mais inventivos de sua geração, Freire dá continuidade à investigação do que ele denomina uma “linguagem arqueológica”, presente por exemplo no seu romance de estreia, Nossos ossos, com o qual venceu o Prêmio Machado de Assis e foi finalista do Prêmio Jabuti. Contos negreiros levou o Jabuti na categoria Contos.
Outra novidade é Raṣīf: mar que arrebenta, lançado pela primeira vez em 2008, que volta em uma nova edição, agora brochura, revista pelo autor e com um conto inédito, mantendo as inquietantes gravuras de Manu Maltez.
Articulador cultural de destaque na cena da literatura, Marcelino Freire é criador da Balada Literária, encontro de escritores da agenda cultural de São Paulo desde 2006 e que acontece também em Salvador, Teresina e Recife. Sua oficina de escrita criativa é uma das mais concorridas do Brasil, tendo revelado talentos como Aline Bei, Mariana Salomão Carrara e Bethânia Pires Amaro. O escritor nasceu em 1967 em Sertânia (PE). Vive em São Paulo (SP) desde 1991.