
Este ano a Festa volta a seu período tradicional, entre os meses de julho e agosto, depois de alterações em seu calendário em decorrência da pandemia. O autor homenageado desta edição é Paulo Leminski. Em Paraty, a Flip terá dois novos espaços: o Palco Caprichos e Relaxos, dedicado à poesia, e o Palco da Praia, onde vão se apresentar as mais diversas manifestações culturais paratienses e da região da Costa Verde. A curadoria literária é, pelo segundo ano, da editora Ana Lima Cecilio. Além da curadora, participaram da coletiva Mauro Munhoz, diretor artístico da Associação Casa Azul, a diretora de cultura e comunicação da Flip, Belita Cermelli, e o coordenador do Programa Educativo, Luis Filipe Pôrto.
Sobre a presença dos temas políticos na programação, a curadora afirmou que houve debates internos sobre os assuntos. "Ilan Pappe é israelense, a grande discussão dele é justamente tentar olhar para a questão palestina no que ela tem de óbvio, sem tanta ideologia. Ele é lido como ideólogo, mas é uma pessoa muito séria, dá aula nos EUA e na Inglaterra. Tivemos essa discussão, no conselho, entendemos a delicadeza da questão, mas com toda a barbaridade de crianças morrendo, ele olha de um jeito sensato, com bagagem de estudos e pesquisas. É uma boa hora para ouvi-lo. A Flip sempre se prestou ao papel de fornecer instrumentos para que a gente possa tirar conclusões", comentou Ana Lima Cecilio.
"O nome da Marina Silva também foi objeto de discussão", complementou. "A Flip não costuma chamar ninguém que esteja no governo, mas ela é muito mais do que ministra. Ela nasceu na floresta, tem quatro décadas de militância, no Brasil é das maiores representantes da luta incontornável e urgente sobre o meio ambiente. Chamar a Marina dá importância para essa questão com a qual a Flip está muito ligada", concluiu.
Para o diretor artístico Mauro Munhoz, que também é arquiteto, a Festa tem uma missão de entender o território e não fazer transformações impositivas na cidade ano a ano. "Há contradições do urbanismo tradicional, que impõe transformações. Quando a gente vê, a cidade está transformada para os próximos 40 anos. Não é isso que queremos", comentou. Segundo a organização, os auditórios da Praça e do Telão vão trocar de lugar, e o novo Palco Caprichos e Relaxos, localizado entre os dois, vai receber leituras de poesia entre as mesas do Programa Principal. "Vai ser um lugar animado", comentou Munhoz.
Do outro lado da ponte, à margem esquerda do Rio Perequê-Açu, o Auditório do Areal vai ficar depois do espaço das editoras e autores independentes. Andando mais em direção à praia, os visitantes vão encontrar o novo Palco da Praia, que terá sua programação de shows e apresentações artísticas divulgada em breve.
Programa Principal da 23ª Flip
O Programa Principal é composto por 20 mesas literárias, com autores nacionais e internacionais. Ele ocorre no Auditório da Matriz e é transmitido ao vivo no Auditório da Praça, pelo site e pelo YouTube da Flip, e pelo canal Arte1.
"Antenado com o fenômeno de formação de leitores através da poesia e com uma geração nova de autores que vêm abraçando o estilo, o Programa Principal deste ano resgata características de inovação e frescor do próprio autor homenageado, Paulo Leminski, para construir mesas que investigam com profundidade a beleza, o lirismo e o impacto dessa forma literária na língua portuguesa", diz o comunicado da organização.
Alice Ruiz, Claudia Roquette-Pinto, Lilian Sais, Marília Garcia e Sergio Vaz são alguns dos poetas convidados que integrarão as mesas do Programa Principal.
Ao mesmo tempo, com o olhar atento ao presente, a programação também se volta para temas relevantes nos cenários nacional e internacional, como o meio ambiente, a crise climática, as guerras e a derrocada da democracia. Dentre outros, alguns dos autores que elaboram essas questões são Cristina Rivera Garza, Ilan Pappe, Nei Lopes e Rosa Montero.
Programa Educativo: Flipinha e FlipZona
Com o tema Planeta Vivo, a Flipinha 2025 convida crianças e educadores a imaginar futuros possíveis para o mundo em transformação. Pela primeira vez, o Educativo Flip trabalha com um conselho curatorial, convidando as autoras e os autores André Gravatá, Daniel Kondo, Geni Núñez, Julia Medeiros, Nina Rizzi e Waldete Tristão para participarem do processo de curadoria desta edição.
A programação conta com autores, ilustradores e artistas que exploram novas linguagens e formatos, entre eles Denilson Baniwa, Inaldete Pinheiro, Chico dos Bonecos, Roseana Murray, Gregório Duvivier e Barbatuques.
Já para a curadoria da FlipZona, foi feita uma consulta a jovens de escolas públicas de Paraty para que contribuíssem para a escolha dos convidados. Entre os encontros literários direcionados à programação jovem estão António Jorge Gonçalves, Flávio de Araújo, Sergio Vaz, Ondjaki e Gaël Faye.
Além dos encontros literários que acontecem na Central Flipinha, o Educativo Flip mantém a tradicional Regata, que é feita em parceria com o Instituto Náutico de Paraty, os Pés de Livro, espalhados pela Praça da Matriz, apresentações artísticas, oficinas, o cortejo de abertura, o Programa Jovem Repórter, a Sessão Curta FlipZona e as rodas de conversa do FlipEduca, na Casa da Cultura.
Novidades nas programações paralelas
Em 2025, serão 25 Casas Parceiras com programações independentes acolhidas durante os cinco dias da Festa – incluindo a Casa PublishNews. As casas serão identificadas com sinalização desenvolvida pela Flip e as programações divulgadas nos canais institucionais da Festa.
Palco Caprichos & Relaxos
O projeto Caprichos & Relaxos ocupará o palco do Café da Flip, espaço inédito ao lado do Auditório da Matriz. Celebrando a poesia a partir de Paulo Leminski, o palco receberá quinze poetas brasileiros a convite da curadora literária. Cada convidado terá vinte minutos para realizar uma apresentação autoral com leitura e performances de poemas.
Praça Aberta
A Praça Aberta é um espaço que, há mais de cinco anos, ocupa a margem esquerda do rio Perequê-açu durante a Festa, acolhendo editoras e autores independentes, espaços parceiros, instituições e coletivos locais. É um lugar de encontro, onde ocorre uma programação paralela ao Programa Principal, de modo a ampliar e democratizar o debate, valorizando a bibliodiversidade. Além disso, este ano a Flip terá também o Palco da Praia, onde se apresentam as mais diversas manifestações culturais paratienses e da região da Costa Verde.
Ciclo do Autor Homenageado
A Flip e o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc promovem o Ciclo do Autor Homenageado entre os dias 2 e 5 de julho, na capital paulista. Em quatro encontros, a série de debates, que antecede a Festa, convida autores e poetas de diferentes gerações, permitindo aprofundamentos e investigações multidisciplinares a respeito do homenageado da edição.
As mesas do Ciclo acontecem na sede do CPF Sesc, em São Paulo. Para participar, o público deve fazer inscrição a partir deste dia 24 de junho. Os ingressos custam R$ 50 a inteira, R$ 25 a meia e R$ 15 para credencial plena do SESC.
Flip+
Flip+ na Casa da Cultura
A Casa da Cultura, equipamento cultural público de Paraty, funciona em um casarão de 1754, no coração do Centro Histórico da cidade. Parceira da Flip desde a primeira edição, em 2003, quando seus cômodos em pleno processo de restauro receberam a Festa, a Casa da Cultura se consolidou no território e continuou a ser um dos lares da Flip em diversas configurações.
Neste ano, a Casa da Cultura abriga mais uma vez uma programação idealizada em conjunto com a curadoria, direção artística e núcleo de parcerias da Flip, com a proposta de integração e ampliação dos olhares que compõem os debates. Entre os dias 31 de julho e 3 de agosto, de quinta a domingo, o público pode acompanhar mesas literárias, lançamentos de livros e conversas sobre produções contemporâneas.
Flip+ no Cinema da Praça
Há quatro anos, a parceria Flip + Cinema da Praça, equipamento público situado na Praça da Matriz em Paraty, celebra o encontro da literatura com o cinema no espaço público. Dos dias 31 de julho a 3 de agosto, de quinta-feira a domingo, o cinema exibirá sessões diárias e gratuitas, escolhidas especialmente para esta edição de 2025. A programação tem curadoria conjunta entre Flip, Cinemateca e Cinema da Praça e traz ao público, este ano, produções recentes inspiradas em obras literárias brasileiras, documentários e rodas de bate-papo.
Casa Flip+Motiva
A programação Flip+ Motiva integra o programa Flip+, criado com o objetivo de reunir parceiros e conteúdos em diálogo com o Programa Principal. Em 2025, a parceria Flip+ Motiva continua com ações de transporte para moradores de 19 comunidades do entorno de Paraty até a Festa, bem como uma Casa Parceira com programação síncrona e independente da Flip.
Além disso, a Motiva promove pela primeira vez um Concurso de Contos para moradores de todo o Brasil, cujos dois autores escolhidos serão levados para a Flip e terão a oportunidade de ler seus trabalhos em plena Casa Flip+ Motiva.
Flip Responsabilidade social e consciência ambiental
Em 2025, com o apoio de parceiros, do poder público e de outras entidades, serão realizadas as ações, de acordo com a organização:
- Todas as mesas do Programa Principal contam com interpretação em Libras, audiodescrição e tradução simultânea para o público dos auditórios da Matriz e da Praça.
- As mesas do Programa Principal ocorrem no Auditório da Matriz com 30% dos ingressos de cada mesa oferecidos com valores diferenciados: 10% distribuídos gratuitamente e 20% vendidos a preços populares, estes disponibilizados antecipadamente para a comunidade paratiense.
- No Auditório da Praça todas as mesas são transmitidas ao vivo gratuitamente com acessibilidade e tradução simultânea quando necessária. O Programa Principal também conta com transmissão gratuita ao vivo pelo YouTube da Flip, além do canal de TV Arte1.
- Acessibilidade arquitetônica: rampas e passarelas para a circulação e o acesso com autonomia de pessoas com deficiência (PcD) aos diferentes espaços da Festa. Os auditórios contam com piso tátil, mapa tátil, sanitários acessíveis, assentos reservados e prioridade de atendimento para PcD.
- Mobilidade para comunidade local: em parceria com a Motiva, a Flip oferece 19 rotas de transporte público gratuito para interligar diferentes pontos do território de Paraty, incentivando que a população paratiense participe da Festa em todas suas dimensões.
- Cessão, por meio de doações, de bancos espalhados pelo passeio público da margem do rio Perequê-açú, que passarão a integrar a paisagem de Paraty.
- Coleta seletiva: já há três anos, a Flip disponibiliza coletores destinados à separação de resíduos nos espaços públicos. Os resíduos recicláveis do Centro Histórico e da Praça Aberta serão coletados por uma equipe da cooperativa local e encaminhados à nossa Central de Triagem e pesagem de resíduos, para a destinação adequada destes materiais.
- Bebedouros e embalagens ecológicas: plásticos de uso único serão substituídos em toda a produção da Festa por galões de água, latas e copos de papel, para reduzir o impacto ambiental e gerar renda aos catadores da coleta seletiva. Também serão disponibilizados bebedouros de água para atender o público, promovendo a reutilização de recipientes e diminuindo a compra e uso de garrafas plásticas.
- Parcerias responsáveis: a Flip se juntou a três empresas que fazem parte do Sistema B, uma rede internacional que promove impactos mais inclusivos, equitativos e regenerativos, em ações que acontecem durante a Festa e além dela. A Positiva está fornecendo materiais de limpeza biodegradáveis para serem usados durante a realização da Festa. Em parceria com a Reserva, a cada ingresso vendido da modalidade inteira, cinco pratos de comida serão completados para pessoas em situação de insegurança alimentar. Por fim, junto da Papel Semente, a Flip oferecerá parte de sua comunicação impressa em papel biodegradável produzido com sementes, que, colocadas na terra e regadas, se tornam plantas.
- Carbono zero: em uma parceria inédita com a Flip, o conglomerado internacional de cooperativas Tereos vai trabalhar na neutralização do carbono gerado pela Festa neste ano, fornecendo também uma certificação.
- Reutilização criativa: neste ano, a Flip desenvolve uma série de produtos a partir do upcycling de peças de arquitetura e sinalização de edições passadas da Festa. Os materiais foram transformados em anéis de leitura, porta-copos e porta-livros impermeáveis.
Conexões
A 23ª Flip conta com o apoio de instituições culturais e entidades representantes de países estrangeiros na composição das mesas do Programa Principal. A participação dos autores Gaël Faye, GauZ’ e Neige Sinno conta com o apoio da Temporada França-Brasil 2025, do Instituto Guimarães Rosa, do Ministério das Relações Exteriores, da République Française, do Institut Français e da Villa Gillet.
O Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro apoia a participação do autor Sandro Veronesi; a Embaixada e Instituto Sueco apoiam a autora Liv Strömquist; o Consulado do Reino dos Países Baixos no Rio de Janeiro apoia a escritora Astrid Roemer; a Embaixada da Espanha e o Instituto Cervantes apoiam a participação de Rosa Montero; a Embaixada de Portugal e Camões – Instituto da Cooperação e da Língua apoiam o autor Ricardo Araújo Pereira; e, por fim, o ICL – Instituto Conhecimento Liberta apoia a participação do escritor Ilan Pappe.
Temporada França-Brasil 2025
Um dos primeiros eventos da Saison Croisée entre Brasil e França, o Littérature Live - Festival Internacional de Literatura de Lyon, realizado em maio, contou com a participação da Flip, um reconhecimento da cultura de mediação instaurada na festa paratiense há mais de duas décadas, que tornou-se referência mundial em festas, eventos e festivais literários por todo o mundo.
A jornalista, escritora e curadora Adriana Ferreira Silva foi a enviada especial nessa missão brasileira da Festa como mediadora convidada, tendo comandado duas mesas e participado de uma terceira. As mesas se deram dentro do contexto de promoção cultural entre os dois países, que propôs debater, em 2025, temas como clima e transição ecológica; diversidade das sociedades e diálogo com África; democracia e globalização equitativa.
A Temporada França-Brasil e a Villa Gillet, ao lado de outras instituições, também apoiam a participação de autores de língua francesa no Programa da 23ª Flip, fortalecendo o intercâmbio cultural entre os dois países: o burundês Gaël Faye, o costa-marfinense GauZ’ e a francesa Neige Sinno.
A Flip
A Flip é um projeto realizado pelo Ministério da Cultura e Governo Federal e pela Associação Casa Azul, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com patrocínio Jequitibá do Nubank, patrocínio Figueira do Instituto Cultural Vale, patrocínio Guapuruvu do Itaú Unibanco e da Motiva, por meio de seu Instituto, patrocínio Cedro do Sesc e da Maqmóveis, e apoio institucional da Prefeitura de Paraty.
Em 2024 a Flip celebrou a aprovação de seu plano plurianual pelo Ministério da Cultura. O plano permite que, através da renúncia fiscal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, a Flip garanta captação de recursos para suas ações de permanência, legado e impacto, em um planejamento de médio e longo prazo, até o ano de 2027.
Serviço:
Ciclo do autor homenageado
Quando: nos dias 2, 3, 4 e 5 de julho. Quarta, quinta e sexta-feira, das 19h30 às 21h30. Sábado, das 11h às 13h.
Onde: CPF Sesc, Rua Dr. Plínio Barreto, 285, 4º andar
Ingressos: para participar, o público deve fazer sua inscrição a partir do dia 24 de junho. Os ingressos custam R$ 50 a inteira, R$ 25 a meia e R$ 15 para credencial plena do SESC.
Mais informações e venda de ingressos: [em breve]
23ª Flip – Festa Literária Internacional de Paraty
Data: de 30 de julho a 3 de agosto de 2025
Mais informações: flip.org.br
Venda de ingressos para o Programa Principal
- Lote 1 (venda a preços populares): meia: R$ 19,50; inteira: R$ 39.
- Lote 2: meia: R$ 67,50, inteira: R$ 135.
Ingressos disponíveis para o público em geral:
Quando: a partir do dia 27/6.
Venda antecipada de ingressos para paratienses:
Quando: entre as 13h de terça-feira, dia 24 de junho, e até as 17h de quinta-feira, dia 26 de junho
Onde: Paraty Tours, Avenida Roberto Silveira, nº 479
Programações
Programa Principal da 23ª Flip
Quarta-feira, 30 jul, às 19h
- Mesa 1 – Essa noite vai ter sol. Arnaldo Antunes.
O cantor, compositor e poeta vai falar sobre a sua relação com a obra do poeta, que dedicou um de seus livros a Arnaldo.
Quinta-feira, 31 jul, às 10h
- Mesa 2 – Caprichos e relaxos. Fabrício Corsaletti + Lilian Sais. Mediação: Tarso de Melo.
Dois poetas que caminham muito bem entre a poesia e outros gêneros – o romance, a crônica – e que entendem a poesia não só como um exercício espontâneo, mas também desenhado com capricho para criar um projeto que faça sentido.
Quinta-feira, 31 jul, às 12h
- Mesa 3 – Tristes tramas. Anabela Mota Ribeiro + Neige Sinno. Mediação: Rita Palmeira.
A partir de prosas estonteantes, o reconhecimento de um lugar de dor e de transformação de que só as mulheres são capazes, para produzir a partir daí liberdade, desejo, escolha e autonomia.
Quinta-feira, 31 jul, às 15h
- Mesa 4 – A casa, o mundo. Alia Trabucco Zerán + Lilia Guerra. Mediação: Micheline Alves.
O trabalho doméstico, com sua marca de violência e desigualdade social, é uma das heranças mais nefastas da escravidão na América Latina, e é tema dessas duas autoras tão diferentes, que foram capazes de tratar do tema com brilhantismo.
Quinta-feira, 31 jul, às 17h
- Mesa 5 – Todas as formas. Mar Becker + Monique Malcher. Mediação: Nanni Rios.
Em expressões muito distintas, a poesia e a prosa, a doçura e a crueldade, duas autoras com uma força narrativa impressionante se encontram na construção das possibilidades de uma nova literatura brasileira.
Quinta-feira, 31 jul, às 19h
- Mesa 6 – A extraordinária vida comum. Pedro Guerra + Sandro Veronesi. Mediação: Gabriela Mayer.
Com a matéria-prima dos dias comuns, usada por esses autores, é possível construir a literatura mais genuína, com humor, melancolia e o reconhecimento da fragilidade e da maravilha da vida.
Quinta-feira, 31 jul, às 21h
- Mesa 7 – Pequenos países, grandes movimentos. Gaël Faye + GauZ’. Mediação: Adriana Ferreira Silva.
Do Burundi e da Costa do Marfim à França, dois autores que encarnam o tema da imigração com tudo que ele mobiliza: a nostalgia, o encontro com o inesperado, a adaptação e, sobretudo, a construção de uma identidade no movimento.
Sexta-feira, 1 ago, às 10h
- Mesa 8 – Vide o verso. Alice Ruiz + Claudia Roquette-Pinto + Marília Garcia. Mediação: Fernando Luna.
Poesia é música, contemplação, ensaio. Poesia dá ritmo, ajuda a pensar, mostra o mundo. Essas três poetas de gerações diferentes têm caminhos singulares e ajudaram a construir o panorama da poesia brasileira como conhecemos hoje.
Sexta-feira, 1 ago, às 12h
- Mesa 9 – O Brasil no espelho. Tiago Rogero + Ynaê Lopes dos Santos. Mediação: Juliana Borges.
Dois dos mais importantes pensadores da questão racial no Brasil trazem à luz nossa pior herança, mas também a possibilidade de um acerto de contas decisivo para a construção de um país mais justo.
Sexta-feira, 1 ago, às 15h
- Mesa 10 – Tudo que desabrocha. Giovana Madalosso + Liv Strömquist. Mediação: Nanni Rios.
Pensar os relacionamentos, o papel da mulher, os modos de estar no mundo são interesses dessas duas autoras, pensadoras da vida contemporânea, cada uma com sua forma especial de expressão.
Sexta-feira, 1 ago, às 17h
- Mesa 11 – Breve história do longo conflito. Ilan Pappe. Mediação: Arlene Clemesha.
Um dos intelectuais mais relevantes que pensam o conflito na Palestina tem muito a dizer não apenas sobre a origem e os motivos da guerra, mas também sobre o que ela diz sobre a organização do mundo político hoje.
Sexta-feira, 1 ago, às 19h
- Mesa 12 – O lugar da floresta. Marina Silva. Mediação: Aline Midlej.
"Pensamos na importância de discutir o meio ambiente, mas nesse ano de COP30, de ataques à legislação, é muito fundamental trazer a Marina para ser ouvida. Estamos muito felizes com essa mesma", disse a curadora Ana Lima Cecilio na entrevista coletiva.
Sexta-feira, 1 ago, às 21h
- Mesa 13 – Palavras: vida e obra. Gregorio Duvivier.
Um passeio performático pela vida íntima das palavras, esses seres fantásticos que nascem e morrem todos os dias e, entre uma coisa e outra, transam, trabalham, brigam, se divertem. Uma novidade de formato para a Flip.
Sábado, 2 ago, às 10h
- Mesa 14 – Senhora Liberdade. Nei Lopes. Mediação: Luiz Antonio Simas.
Maior estudioso da diáspora africana do Brasil, Nei Lopes é um intelectual imprescindível, escritor fértil e sambista fenomenal. Em conversa com Luiz Antonio Simas, fala de sua trajetória que se confunde com a história de um país que há séculos tenta se entender.
Sábado, 2 ago, às 12h
- Mesa 15 – Ser mulher na América Latina. Dahlia de La Cerda + Dolores Reyes. Mediação: Gabriela Mayer.
Do México à Argentina, retratos de mulheres que, a despeito da violência e da crueldade, se mobilizam em amizade, amor e luta para construírem as próprias identidades.
Sábado, 2 ago, às 15h
- Mesa 16 – Pertencer, transformar. Astrid Roemer + Verenilde Pereira. Mediação Adriana Ferreira Silva.
Duas escritoras veteranas narram as histórias de mulheres que, na luta pela liberdade, enfrentam a sociedade e a história de seus países como marcas de violência em seus corpos e suas vidas.
Sábado, 2 ago, às 17h
- Mesa 17 – Invenção, memória. Cristina Rivera Garza + María Negroni. Mediação: Guilherme Freitas.
Subverter os gêneros literários, propor formas renovadas de literatura, resgatar a memória sempre viva e inventar realidades para acertar as contas com o passado: na experiência de duas escritoras geniais, nascem novas possibilidades de expressão.
Sábado, 2 ago, às 19h
- Mesa 18 – A ridícula ideia de estar lúcida. Rosa Montero. Mediação: Paulo Roberto Pires.
Celebração de uma das escritoras mais originais e engenhosas da atualidade que, ao mesclar ficção e realidade, inventa um jeito todo próprio de pensar o mundo, a literatura, a criação artística e a possibilidade de transformação.
Sábado, 2 ago, às 21h
- Mesa 19 – Roçar a língua de Camões. Caetano Galindo + Ricardo Araújo Pereira. Mediação: Janaisa Viscardi.
Unir dois pensadores da língua, um de cada lado do oceano, para entender que o nosso idioma se constrói a cada dia com movimento, humor, aprendizado, mistura e malemolência.
Domingo, 3 ago, às 10h
- Mesa 20 – Mesa Zé Kleber: Espalhar poesia. Luiz Perequê + Sergio Vaz. Mediação: Juliana Borges.
Duas lideranças poéticas, para quem a poesia deve chegar até as pessoas, plenamente vestida do seu papel transformador, político, libertário: uma festa das palavras.
Programa Educativo da 23ª Flip
De quinta-feira, 30 jul, a domingo, 3 ago
Pés de Livro
Na Praça da Matriz, das 8h30 às 16h30
De quinta-feira, 30 jul, a domingo, 3 ago
Brincadeiras poéticas
Diogo Machado Coutinho (Cia. Bambulengo)
Na Central Flipinha, em horários variados entre as programações
Quinta-feira, 31 jul, às 9h
Cortejo de abertura
Percurso musical com Boi de Pano Parati
Trajeto pelas ruas do entorno da Praça da Matriz
Quinta-feira, 31 jul, às 10h30
Respeitável público
Encontro literário (Flipinha) com Chico dos Bonecos
Quinta-feira, 31 jul, às 13h
Uma aventura sensorial
Contação de histórias (Flipinha) com o Instituto Benjamin Constant
Quinta-feira, 31 jul, às 14h | Encontro Literário | Flipinha
Meu coração quer aprender várias línguas
Encontro literário (Flipinha) com Denilson Baniwa + Heloisa Pires Lima Quinta-feira, 31 jul, às 15h30
Hora do sonho
Encontro literário (Flipinha) com Antônia Gomes Minchoni + Gregório Duvivier
Sexta-feira, 1 ago, às 9h
Natureza em quadrinhos
Encontro literário (Flipinha) com Alves
Sexta-feira, 1 ago, às 10h30
Pescando saberes com Têhêy
Encontro literário (Flipinha) com Liça Pataxoop
Sexta-feira, 1 ago, das 11h30 às 15h
19ª Regata INP Flipinha
Competição náutica no Instituto Náutico Paraty, na Praia do Pontal
Sexta-feira, 1 ago, às 13h
Chapeuzinho Vermelho-Limão
Contação de histórias (Flipinha) com Marina Bastos
Sexta-feira, 1 ago, às 14h
Do Fóssil ao Futuro / Memórias do mundo, sonhos pro futuro / Papo de pterossauro / O Amanhã mora no passado / A Terra antes de nós (E depois também) Encontro literário (Flipinha) com Luiz Eduardo Anelli
Sexta-feira, 1 ago, às 15h30
Poesia é o que mora em mim
Encontro literário com Roseana Murray
Sexta-feira, 1 ago, às 17h
Palavra que vê, imagem que narra
Encontro literário (FlipZona) com Antônio Jorge Gonçalves + Ondjaki
Sábado, 2 ago, às 9h
Passarinhada aves daqui
Observação de aves com Gil Prado + Sylvia Junghähnel
Sábado, 2 ago, às 9h30
Brincar é ancestral
Encontro literário (Flipinha) com Tiago Nhandewa
Sábado, 2 ago, às 11h
O corpo é som
Encontro literário com Barbatuques (Flavia Maia + Giba Alves + João Simão + Luciana Cestari + Mauricio Maas)
Sábado, 2 ago, às 14h
Raízes que cruzam oceanos
Encontro literário (Flipinha) com Inaldete Pinheiro + Paty Wolff
Sábado, 2 ago, às 15h30
Palavra é canoa ligeira
Encontro literário (FlipZona) com Flávio de Araújo + Sergio Vaz
Sábado, 2 ago, às 17h
Com Gaël Faye, no país da expressão
Encontro literário (FlipZona) com Gaël Faye + Coletivo FlipZona
Domingo, 3 ago, às 9h
O que você faria para que essa paisagem fosse ainda mais viva? Caminhada e oficina de leitura de paisagem
Domingo, 3 ago, às 10h
Minha história num abraço
Encontro literário (Flipinha) com Lauro Monteiro + Maia Pigot
Domingo, 3 ago, às 13h30
Curtas FlipZona
Sessão de filmes no Auditório da Praça
Programa do Ciclo do Autor Homenageado
Quarta-feira, 2 jul, das 19h30 às 21h30
Mesa 1 – Fio da lâmina samurai: homenagem e celebração à poesia de Paulo Leminski Alice Ruiz + José Miguel Wisnik. Mediação: Tarso de Melo
Quinta-feira , 3 jul, das 19h30 às 21h30
Mesa 2 – Ministrar clareiras: possíveis mapas para o Catatau. Luci Collin + Rodrigo Garcia Lopes + Jr. Bellé. Mediação: Ana Lima Cecilio.
Sexta-feira, 4 jul, das 19h30 às 21h30
Mesa 3 – Navio perdendo a rota: leituras do grande leitor de si mesmo Fabrício Marques + Renan Nuernberger. Mediação: Tarso de Melo.
Sábado, 5 jul, das 11h às 13h
Mesa 4: Andar e pensar um pouco. João Bandeira + Angélica Freitas + Bruna Beber. Mediação: Ana Lima Cecilio.