Segunda edição do prêmio Ciccillo Matarazzo prestigia intelectuais ítalo-brasileiros
PublishNews, Redação, 16/06/2025
Prêmio Ciccillo Matarazzo per italiani nel mondo homenageia, em 2025, a professora da USP Aurora Bernardini e o presidente da Biblioteca Nacional Marco Lucchesi

Marco Lucchesi será homenageado pela comunidade italiana no Brasil | © Divulgação
Marco Lucchesi será homenageado pela comunidade italiana no Brasil | © Divulgação
Na noite do próximo dia 17 de junho, no Terraço Itália, será realizada a segunda edição do prêmio Ciccillo Matarazzo per italiani nel mondo, em evento com a presença do embaixador da Itália no Brasil Alessandro Cortese e convidados da comunidade italiana paulistana. O prêmio foi criado em 2024 pelo empresário e ex-embaixador do Brasil na Itália Andrea Matarazzo por ocasião dos 150 anos da imigração italiana no Brasil, e é destinado a personalidades italianas que se notabilizaram em suas áreas no Brasil. Os homenageados de 2025 são a romancista, pesquisadora universitária e tradutora Aurora Fornoni Bernardini, atualmente professora sênior da Universidade de São Paulo, e o escritor e poeta Marco Lucchesi, presidente da Biblioteca Nacional.

“O arco de atividades acadêmicas de Aurora é impressionante. Para uma rápida referência, são 125 páginas no currículo Lattes, algo impressionante. Fez um trabalho amplamente criativo, além da contribuição acadêmica, juntando literaturas italianas e brasileiras, além da russa e inglesa”, afirma Maria Bonomi, integrante do júri do prêmio e autora da escultura que representa seu troféu. “Considero uma autoridade, no campo linguístico e literário”, completa Bonomi.

“Ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, Marco Lucchesi é um intelectual de primeira linha, mas igualmente um homem de grande sensibilidade, simplicidade e modéstia. Além de profundo humanista e portador de extensos atributos morais, está comprometido com a transformação do mundo em espaço coletivo mais justo, democrático e solidário. Seu currículo é destacado pela ampla projeção de seu nome dentro e fora do Brasil”, comenta o embaixador do Brasil na Itália Renato Mosca de Souza.

"Neste ano, os ganhadores do prêmio, escolhidos através de votação de um juri notável, são intelectuais que apresentam currículos proeminentes e que contribuem para dar visibilidade à cultura do Brasil na Itália e à cultura italiana aqui no Brasil”, afirma o idealizador do prêmio Andrea Matarazzo. Matarazzo é sobrinho-bisneto do imigrante italiano Francesco Matarazzo, que saiu da cidade de Castellabate em 1881 e veio para o Brasil, onde criou o maior conglomerado industrial da América Latina à época. O prêmio leva o nome de outro proeminente descendente de italianos, Ciccillo Matarazzo, filho do também imigrante senador Andrea Matarazzo, o maior mecenas brasileiro, que criou a Bienal de São Paulo, o MAM, o MAC, a Cia. Vera Cruz de Cinema e outras instituições culturais que representam seu imenso legado no Brasil.

O júri era composto pelo embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca; embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese; cônsul italiano em São Paulo, Domenico Fornara; embaixador Rubens Ricupero; presidente do Colégio Dante Alighieri, José Luiz Farina; presidente dan Escola, Eugenio Sandra Papaiz; artista plástica Maria Bonomi; galerista Luisa Strina; presidente do Instituto Comolatti, Sergio Comolatti; presidente da Promo Brasile Italia, Giacomo Guarnera e Raffaelle Leonetti, além do fundador do prêmio, o presidente da Matarazzo Holding, Andrea Matarazzo, que foi embaixador do Brasil na Itália no governo de Fernando Henrique Cardoso.

[16/06/2025 12:47:40]