Bienal do Livro do Paraná se pronuncia sobre arquivamento do projeto na Lei Rouanet
PublishNews, Redação, 12/03/2025
Em nota publicada nas redes sociais, a Cocar Produções Editoriais, produtora do evento, explica que o arquivamento ocorreu para correções na ficha técnica

© Redes sociais Bienal do Livro do Paraná
© Redes sociais Bienal do Livro do Paraná
A Cocar Produções Editoriais, empresa responsável pela realização da I Bienal do Livro do Paraná, publicou um comunicado oficial nas redes sociais do evento afirmando que já apresentou um novo projeto ao Ministério da Cultura após ter sua proposta original arquivada no âmbito da Lei de Incentivo à Cultura.

Segundo a produtora, o evento permanece com seu cronograma de execução normal. A I Bienal do Livro do Paraná está marcada para ocorrer de 10 a 19 de outubro. Uma matéria publicada pelo PublishNews nesta segunda (10) noticiou o arquivamento do projeto na Lei Rouanet.

Ainda segundo a nota, o arquivamento se deu – conforme orientações do Ministério da Cultura (MinC), por meio do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo às Cultura (Salic) – para correções na ficha técnica do evento.

A organização afirmou que a nova proposta preserva a essência original, ao mesmo tempo em que realiza os ajustes requeridos. “Essa medida assegura total aderência às normas culturais vigentes e proporciona um caminho eficiente para a rápida reavaliação e aprovação do projeto”.

"A Cocar está empenhada em garantir que a Bienal do Livro do Paraná ocorra com sucesso, respeitando todos os requisitos legais e procedimentos necessários. Estamos trabalhando em conjunto com o Ministério da Cultura para que a nova proposta seja aprovada com celeridade e mantendo o foco na valorização e difusão da literatura e da cultura do Paraná”.

Entenda a situação

Ao PublishNews, a produtora Camille Bittencourt – anteriormente elencada como produtora na Bienal do Paraná – disse que, entre as razões pelas quais decidiu se retirar do projeto, está o não pagamento de valores previamente acordados. "Era um projeto super legal, mas sem salário ou cachês para toda a equipe com quem eu trabalhei”. Ela afirma ter descoberto, após a sua saída, que seu nome foi usado indevidamente no pedido de captação de recursos (R$ 5,74 milhões) via Lei Rouanet. “Meu nome, dados e currículo foram usados mesmo meses depois de eu ter me retirado da tentativa de realização do evento, sem a minha anuência e sem minha autorização”, diz.

Em nota enviada ao PN, o Grupo Editorial Aleph informou que “após uma análise criteriosa de sua programação interna e estratégica”, optou por não participar da Bienal do Livro do Paraná. “A decisão decorre de ajustes operacionais e compromissos previamente agendados, os quais exigem atenção neste período, permitindo que a editora concentre esforços em projetos e iniciativas já em andamento”. A editora ressalta ainda o “desejo de estar sempre próximos do público da região Sul, que tanto prestigia e acompanha os selos do Grupo Aleph”.

Sob a condição de anonimato, representantes de outras empresas e profissionais do setor que participariam do evento também demonstraram descontentamento.

“Erguer um evento como esse leva tempo", disse Lis Alves, por e-mail. "Contamos também com o apoio das Secretarias de Cultura, Turismo e Educação, tanto do Estado, quanto do município. Estamos caminhando e lutando diariamente para que, no seu tempo, cada informação seja levada a público, por meio das nossas redes sociais e releases enviados à imprensa".

Confira o comunicado desta terça-feira (12) na íntegra:

[12/03/2025 08:00:00]