
Criado pela escritora, médica e sexóloga Mila Nascimento, o projeto convida os participantes a refletirem sobre padrões de comportamento, toxicidade e novas formas de vivenciar a masculinidade, sem as amarras dos modelos tradicionais impostos pela sociedade.
A cada encontro, os integrantes mergulham na leitura de uma obra literária, debatendo temas essenciais como afetividade, ciúmes, poder, questões de gênero e relações interpessoais. O clube busca proporcionar uma experiência transformadora, incentivando uma construção mais saudável e consciente do que representa “ser homem”.
Os encontros acontecem mensalmente, sempre na última terça-feira do mês, das 20h às 21h30, no formato online. O investimento anual é de R$ 180. Além da leitura e dos debates, o clube conta com a presença de autores convidados e bate-papos mediados também por profissionais de saúde mental, garantindo uma experiência enriquecedora e acolhedora para todos os participantes.
“A ideia é aproveitar personagens da literatura para discutir questões de masculinidade, padrões de comportamento tóxico e permitir espaço seguro para reflexões e transformações”, afirma Mila.
Confira a programação do 1º semestre:
Março (25/03)– Tudo é rio (Carla Madeira)
Abril (29/04)– Morangos mofados (Caio Fernando Abreu)
Maio (27/05)– A falência (Júlia Lopes de Almeida)
Junho (24/06)– Outono de carne estranha (Airton Souza)
Julho (29/07)– Os novos moradores (Francisco Azevedo)
Interessados podem obter mais informações pelo Instagram ou celular: @srta_mila_nascimento, (19) 98204-0029.
Por que “Não Bentos”?
O nome do clube faz referência a Bento Santiago, ou Bentinho, narrador do clássico Dom Casmurro, de Machado de Assis. Para Mila, Bentinho representa a masculinidade frágil e o estereótipo do patriarcado que não apenas oprime as mulheres, mas também aprisiona os próprios homens.
“Ele personifica um homem branco, heteronormativo, repleto de privilégios, que passa de jovem apaixonado e inocente a alguém angustiado, cruel e ciumento. O objetivo do clube é justamente fugir desse padrão e construir novas possibilidades de ser homem”, explica a profissional, que também organiza o clube de leitura feminista Capitolinas.