
O lançamento da obra está marcado para este sábado (25), a partir das 14h, no Alfa Bar (Rua do Mercado, 34 - Centro, Rio de Janeiro / RJ), o evento contará também com uma rosa de samba comandada pelo grupo Sambachaça.
No dia 30 (quinta-feira), às 19h, o lançamento será em São Paulo, na Livraria Simples (Rua Rocha, 259 - Bela Vista, São Paulo / SP), com bate-papo do autor com Fabrício Corsaletti, mediação de Ana Lima Cecílio e sessão de autógrafos.

“Neste livro, caminhamos da morte para a vida, como sinalizam os textos que abrem e fecham a leitura. As crônicas que integram as outras duas unidades também fazem esse movimento, da clausura da pandemia à fruição afetiva da rua, da experiência forjada na memória ao tempo de hoje, em suas dores e delícias, seu prazer e suas agruras”, explica Moutinho.
O cronista percorre as reminiscências das múltiplas geografias de seu habitat mais íntimo, as ruas do Rio de Janeiro, da Zona Sul à Zona Norte, mas se aventura por outras paisagens a fim de descobrir o que elas revelam. Passeia por Salvador, São Paulo, Montevidéu e Buenos Aires. Em cada uma, busca anotar o que permanece como memória e mistério. Mas é a geografia dos sentimentos que se sobressai nesta seleta de textos, ao vasculhar pelas ruas os afetos e a alma dos lugares.
A interlocução entre a tradição do passado e a contemporaneidade sublinha sua escrita e reafirma a originalidade da crônica nos dias atuais.
Entra em cena um desfile de diálogos com escritores, com referências dos dias de hoje e nomes eternizados pelo legado de suas obras, como Antônio Maria e Clarice Lispector, convocados, não por acaso, pelo autor para indicar os caminhos que irá percorrer nessas crônicas. Há também Caio Fernando Abreu, Hilda Hilst, Carlos Drummond de Andrade, Otto Lara Resende, Fernando Sabino, Nelson Rodrigues e, claro, João do Rio e Rubem Braga.
Na seara contemporânea, a exemplo da crônica “Dicionário amoroso”, Moutinho elenca a palavra preferida de autores como Eliana Alves Cruz, Sérgio Rodrigues, Giovana Madalosso, Luisa Geisler e Luiz Antônio Simas. Nesse balaio cronístico, convoca, entre outros, Antonio Prata, Tati Bernardi, Henrique Rodrigues, Joaquim Ferreira dos Santos, todos eles sucessores do gênero. Um verdadeiro bailinho de gerações.