Jornalista e escritora argentina Josefina Licitra vem ao Brasil lançar livro pela Relicário
PublishNews, Redação, 16/10/2024
Autora participa de eventos em Niterói e no Rio para falar do novo '38 estrelas: A maior fuga de um presídio de mulheres da história'

Capa do livro '38 Estrelas: a maior fuga de um presídio de mulheres da História' | © Relicário
Capa do livro '38 Estrelas: a maior fuga de um presídio de mulheres da História' | © Relicário
Jornalista e escritora premiada, a argentina Josefina Licitra lança pela Relicário Edições 38 estrelas: A maior fuga de um presídio de mulheres da história e estará no Brasil para dois encontros em 17 e 18 de outubro.

Dia 17/10, quinta-feira, Josefina participa do XIX Seminário Internacional Mulher e Literatura na UFF (Campus Gragoatá, no Instituto de Letras, Auditório Macunaíma – Rua Prof. Marcos Waldemar de Freitas Reis, São Domingos – Niterói / RJ), ao lado da escritora, tradutora e professora Paloma Vidal e da doutora em Letras Luciana Borges, a partir das 17h30.

Na sexta (18), a autora conversa com a pesquisadora Claudete Daflon, a tradutora do livro Elisa Menezes e a estudiosa de Estudos Linguísticos Neolatinos/Língua Espanhola Beatriz Quaresma, na Livraria Janela (Shopping Gávea – Rua Marquês de São Vicente, 52, 3º piso – Rio de Janeiro / RJ), em lançamento com sessão de autógrafos de 38 Estrelas, às 19h, na Gávea.

No dia 30 de julho de 1971, 38 prisioneiras políticas escaparam de uma penitenciária em Montevidéu como parte de uma ação conhecida internamente como Operação Estrela. Quase todas eram militantes tupamaras com menos de 25 anos de idade. E cada uma delas ajudou a criar, com essa fuga, um marco internacional que acabaria caindo em um injusto esquecimento.

A obra foi eleita um dos melhores livros de 2018 pelo The New York Times en Español e pela Forbes. Josefina Licitra soube, por acaso, do ocorrido no prédio que abrigou a prisão de Cabildo. Em 2011, ela esteve no Uruguai escrevendo um perfil sobre Pepe Mujica. Entre as entrevistas com conhecidos do ex-presidente, não poderia faltar o depoimento de Lucía Topolansky, sua companheira e atual vice-presidente daquele país, que lhe contou ter participado da planejada fuga de uma prisão em Montevidéu na década de 1970. Josefina então se perguntou: como é possível que a maior fuga planejada em uma prisão feminina tenha permanecido em silêncio por tanto tempo? Como aconteceu? Por que ninguém fala sobre isso? A resposta está relacionada ao fato de que as mulheres foram relegadas, mesmo dentro dos movimentos de esquerda, “ao cercado das ‘pequenas coisas’; um lugar desvalorizado, inofensivo e distante das marcas discursivas que hoje nos permitem falar sobre igualdade de gênero”.

[16/10/2024 10:50:00]