A programação abre no dia 13 (quarta-feira), às 19h, no Itaú Cultural, com falas de Jader Rosa, superintendente do Itaú Cultural, e Patrícia Mota, superintendente do Itaú Social, seguida de uma conferência com Conceição Evaristo e pocket show de Anelis Assumpção. Fecha no dia 15, na USP, com cortejo do grupo Ilú Obá De Min, vídeo-mapping do Coletivo Coletores e show da cantora Larissa Luz. Ao longo dos três dias, o festival reúne, ainda, rodas de conversa, performances poéticas de Luz Ribeiro, Mel Duarte, Cajota Domingues e Victor Hugo Oliveira, e a contação Pretinha Ponciá, com Kétila Araújo.
Kwanzaa-Escrevivência traz para o Brasil a celebração do Kwanzaa e celebra a relevância dos trabalhos acadêmicos e artísticos de Conceição Evaristo. Eles refletem sobre a formação social brasileira, em confluência com epistemologias de vários intelectuais, entre os quais Beatriz Nascimento, Lélia González, Lêda Maria Martins, Sueli Carneiro, Abdias do Nascimento, Edouard Glissant e Franz Fanon.
Resistência e expressão
A participação da escritora na cátedra foi pautada pela reflexão sobre epistemologias afro-diaspóricas por meio de diversas atividades e ações. Entre estas ações está a criação do Grupo de Estudos Escrevivência: Corpu(s) Estéticos em Diferença, uma disciplina de pós-graduação e um curso de extensão para docentes da educação básica, além de seminários, palestras e participação em eventos que tiveram como audiência tanto a comunidade uspiana quanto o público externo.
Durante sua titularidade, no período de setembro de 2022 a dezembro de 2023, Conceição expandiu, em parceria com o grupo de estudos criado por ela, o diálogo do conceito de escrevivência com diferentes áreas de conhecimento. A intelectual explica o termo com a representação de uma concepção teórica que busca jogar luz nas vivências individuais e coletivas das comunidades negras na diáspora e das populações marginalizadas.
“Ela se configura como um ato de resistência e expressão. Destaca-se como uma ferramenta poderosa para reivindicar as identidades, memórias e histórias afro-diaspóricas, ressignificando imagens como a da Mãe Preta, silenciadas historicamente nas sociedades”, explica a escritora.
Dessa forma, por meio da reflexão sobre a escrevivência e em consonância com os sete princípios fundamentais do Kwanzaa (unidade, autodeterminação, trabalho coletivo e responsabilidade, economia cooperativa, propósito, criatividade e fé), o festival busca celebrar a cultura negra e, segundo Conceição, estimular formas coletivas de vida e resistência das comunidades negras em diáspora.
Confira a programação
Itaú Cultural (Av. Paulista, 149 – São Paulo / SP)
Dia 13 de dezembro (quarta-feira) | 19h: Abertura do festival
- Mesa de abertura com Jader Rosa (Itaú Cultural) e Patrícia Mota (Itaú Social)
- Conferência Escrevivência e criação de mundos possíveis, com a escritora e catedrática Conceição Evaristo
- Pocket show de Anelis Assumpção
Escola de Artes Ciências e Humanidades (EACH-USP) (Rua Arlindo Béttio, 1000 – São Paulo / SP)
Dia 14 de dezembro (quinta-feira)
- 9h | Mesa de abertura com Juliana Yade (Itaú Social) e Marli Quadros Leite (Pró-reitora de Cultura e Extensão - PRCEU-USP)
- 9h40 | Pílula - performance | Com a escritora, atriz, narradora e slammer Luz Ribeiro
- 10h | Roda de conversa 1 - Ujima: Sujeitos, lugares e modos coletivos de enunciação | Com Flávia Martins, João Mozart e Mari Costa. Mediação: Prof. Rosenilton Oliveira
- 11h | Roda de conversa 2 - Modos de enunciação: sujeitos escrevivendo os seus lugares no mundo | Com Eduardo Prachedes Queiroz, Maria Rita Taunay e Milena Manhãs. Mediação: Prof. Esmeralda Negrão
- 14h | Pílula - performance | Com a poeta Mel Duarte
- 14h10 | Roda de conversa 3 - Kuumba: escrevivência, escrita dramatúrgica e o fazer artístico | Com Alessandra Augusta Lima dos Santos, Beatriz Nauali e Kétila Araújo. Mediação: Jé Oliveira
- 16h | Roda de conversa 4 - Escrevivência em sala de aula e a formação docente | Com Alan Brito, Allan da Rosa e Fátima Santana. Mediação: Juliana Yade
- 18h | Encerramento - Contação Pretinha Ponciá | Com Kétila Araújo
Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP) (Rua da Praça do Relógio, 109 – São Paulo / SP)
Dia 15 de dezembro (sexta-feira)
- 9h | Mesa de abertura com Ana Lúcia Duarte Lanna (Pró-Reitora de Inclusão e Pertencimento USP), Ary Plonski (Diretor do IEA), Luciana Modé (Itaú Cultural) e Martin Grossmann (Coordenador acadêmico da Cátedra)
- 9h40 | Pílula - performance | Com o poeta e slammer Cajota Domingues
- 10h | Roda de conversa 5 - Umoja: corpus estético em diferença | Com Blenda Souto Maior, Cajota Domingues, Gessica Silva, Júlia Farias e Renata Gonçalves
- 11h | Roda de conversa 6 - Escrevivência, estética e possibilidades narrativas | Com Brunna Amicio, Carla Silva, Débora Andrade e João Victor
- 14h | Pílula - performance | Com Victor Hugo Oliveira
- 14h10 | Roda de conversa 7 - Arte, escrevivência, corpo e movimento | Com Adnã Ionara, Daniel Alves e Luciano Tavares. Mediação: Deise de Brito
- 16h | Roda de conversa 8 - Nia: escrevivendo a continuidade | Com Conceição Evaristo, Calila das Mercês, Georgton Silva, Stefani Souza e Viviane Nogueira
ENCERRAMENTO
17h40
- Entreato
- Cortejo Ilú Obá De Min
- Video-mapping: Coletivo Coletores
19h
- Apresentação musical
- Com a cantora Larissa Luz