Coletânea 'Boy Dodói', com histórias ilustradas sobre masculinidade tóxica, lança campanha de arrecadação
PublishNews, Redação, 20/07/2023
Mulheres e pessoas não binárias de todo o Brasil pudessem mandar suas vivências com boys dodóis; são relatados episódios doloridos, absurdos, tragicômicos ou, na maioria das vezes, tudo isso junto

Idealizada por Bebel Abreu, Carol Ito e Helô D’Angelo, a publicação Boy Dodói é uma coletânea de histórias em quadrinhos escritas a partir de histórias reais, enviadas por centenas de pessoas. O objetivo é convidar leitores à reflexão sobre comportamentos machistas, sobretudo em relações afetivas. O livro lançou uma campanha no Catarse, aberta até 6 de agosto, que irá custear todo o projeto. Os apoios variam de R$ 30 (livro digital) a R$ 420 (pacote completo de recompensas). A depender do valor investido, apoiadores podem receber o livro impresso, o livro digital, com conteúdo extra, adesivos, camisetas, ecobags, pacote de figurinhas de WhatsApp, wallpaper para celular e outras surpresas.

Eis o link para apoiar: www.catarse.me/boydodoi

O lançamento está previsto para setembro, na Bienal de Quadrinhos em Curitiba.

Para criar o livro, Bebel, Carol e Helô abriram uma chamada para que mulheres e pessoas não binárias de todo o Brasil pudessem mandar suas vivências com boys dodóis.

A expressão "Boy Dodói" é usada para se referir a um homem cis que reproduz atitudes ligadas à irresponsabilidade afetiva, manipulação, egocentrismo, entre outros comportamentos que causam sofrimento a quem se relaciona com ele.

São relatados episódios doloridos, absurdos, tragicômicos ou, na maioria das vezes, tudo isso junto. As idealizadoras comentam que receberam mais de 300 relatos. Das centenas recebidas, 11 histórias foram selecionadas, que serão ilustradas por 11 artistas de várias partes do Brasil.

A coletânea não inclui episódios que envolvem transtornos psiquiátricos. Também ficaram de fora os relatos que envolvem violência física e casos de violência psicológica mais extremos. “Nosso objetivo é expor os comportamentos machistas para evitar que eles sejam repetidos por mais uma geração”, explica Bebel Abreu. “O humor e a ironia são ferramentas potentíssimas de comunicação e engajamento. E os quadrinhos – com sua soma de arte e texto – alcançam lugares interessantíssimos na mente humana.”

[20/07/2023 10:30:00]