Apanhadão: Livro de Marçal Aquino é retirado de lista de vestibular; editora fala em censura
PublishNews, Redação, 02/05/2023
Livro foi retirado por universidade da lista de livros do seu vestibular após uma campanha de um deputado bolsonarista, Gustavo Gayer (PL-GO)

Marçal Aquino | © Companhia das Letras
Marçal Aquino | © Companhia das Letras
A Universidade de Rio Verde, em Goiás, decidiu retirar o livro Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios (Companhia das Letras), de Marçal Aquino, da lista de livros do seu vestibular após uma campanha de um deputado bolsonarista, Gustavo Gayer (PL-GO). Em entrevista ao colunista Chico Alves, do UOL, Marçal disse não estar surpreso com o posicionamento do deputado, mas sim com o da Universidade. "O que me choca é a comissão do vestibular e a universidade aceitarem essa tutela tão inapropriada e retirar o livro da lista do vestibular", desabafou.

O caso foi noticiado em diversos veículos ao longo dos últimos dias, incluindo a Carta Capital, que também destacou o posicionamento da editora, apontando censura no caso. “O livro explora temas como amor, traição, violência e redenção. A escrita de Marçal Aquino é poética e evocativa, retratando com detalhes a atmosfera e a paisagem da região amazônica”, diz um trecho da nota da Companhia.

O Globo entrevistou o autor americano Jonathan Franzen sobre o lançamento brasileiro de Encruzilhadas (Companhia das Letras), seu novo romance, que toca, entre outros assuntos, em diversas discussões religiosas e familiares. O jornal também dedicou um espaço a como a literatura sáfica vem conquistando a Geração Z, e publicou resenhas sobre os livros de Roberto Taddei e Rafael Gallo, e da espanhola Xita Rupert.

Na Folha, o historiador Luiz Marques falou sobre O decênio decisivo: Propostas para uma política de sobrevivência (Elefante), em que discute o futuro da vida na terra frente aos desdobramentos das ações relacionadas ao aquecimento global.

O jornal também informou que um romance inédito de Gabriel García Marquez será publicado em 2024. Segundo os filhos do escritor, o livro reúne elementos centrais de sua obra, como o apreço pela poesia e o interesse pelo humano. A informação foi divulgada pela editora Random House. A Folha também entrevistou Jonathan Franzen, o quadrinista Fabien Toulmé, e resenhou novos livros sobre a história do Pantanal. Na coluna Painel das Letras, Walter Porto informa que a Clássicos Zahar vai se dedicar mais a autores nacionais, como Machado de Assis.

No Estadão, o escritor Luiz Ruffato falou sobre o seu novo romance, O antigo futuro (Companhia das Letras), em que aprofunda sua reflexões literárias sobre o trabalhador brasileiro. O colunista Sérgio Augusto escreveu sobre a nova edição da Odisseia, revista por Frederico Lourenço e publicada pela Companhia das Letras, e a coluna Babel, de Maria Fernanda Rodrigues, informou que A Feira do Livro 2023 confirmou a presença da francesa Fatima Daas e de Bela Gil.

O caderno Pensar, do Estado de Minas, entrevistou o historiador inglês Peter Burke sobre o livro Ignorância: uma história global (Vestígio), que chega às livrarias brasileiras em maio. O jornal também destacou os 80 anos do livro O pequeno príncipe.

Em celebração da Dia da Literatura Brasileira (no 1º de maio), o Correio do Povo listou obras fundamentais dessa história. Já o Nexo fez uma lista com livros indicados para crianças e adultos aprenderem juntos sobre a Amazônia. O portal Café História destacou que a Fundação Lauro Campos e Marielle Franco disponibilizou gratuitamente na internet o livro Malês 1835: negra utopia, do sociólogo Fábio Nogueira.

[02/05/2023 10:40:00]