
O autor, que atualmente mora em Itatibaia, no interior de São Paulo, visitou a comunidade Mãe Luiza para escrever o romance. Na primeira parte do livro, Paulo Lins conta a história da criação da favela. A família do sr. José e dona Lucia com os filhos Regina, Neuza, Chico e Fefedo, é obrigada a fugir da seca do sertão e a imigrar para a cidade grande, onde lutam por um pedaço de terra para chamar de seu, na esperança de uma vida melhor.
Já a partir da segunda parte do livro, Lins descreve como nos últimos 30 anos o distrito de Mãe Luiza passou de uma favela miserável para uma comunidade ativa. Desde a primeira ajuda humanitária para a construção de um ginásio, esse processo é descrito em pequenos artigos e ensaios ilustrados. A documentação demonstra de forma impressionante como a transformação foi alcançada passo a passo, com a ajuda de muitos, estabelecendo as bases para o progresso contínuo. Menos crime, melhor educação e uma sociedade mais justa – muito já foi feito e ainda mais é possível, no futuro.
Para Paulo Lins, “a melhor posição em que uma pessoa pode se encontrar é ajudando alguém sem querer nada em troca. Há várias maneiras de ajudar: a si mesmo para se tornar uma pessoa mais solidária; ao próximo, seja de modo pessoal, ou para que seja incluído socialmente; ao planeta para que possamos ter uma boa qualidade de vida, usufruindo dos benefícios da natureza”, observa, em nota.