Um romance sobre cumplicidade, raça, império e memória
PublishNews, Redação, 17/09/2024
No romance histórico publicado pela Gryphus, Joaquim Arena imagina o encontro em Siríaco, ex-escravo que sofre de vitiligo e que de fato existiu, com o jovem Charles Darwin em Cabo Verde

Escrito por Joaquim Arena, Siríaco e Mister Charles (Gryphus, 276 pp, R$ 79,90) é a história da improvável amizade entre o jovem Charles Darwin e Siríaco, um velho negro, ex-escravo, que sofre de vitiligo. Na verdade, Siríaco existiu mesmo – era o “rapaz tigrado”, educado e integrado na chamada “corte exótica” da rainha D. Maria I, ao lado de um séquito de 12 anões africanos e índios. O jovem Charles Darwin também esteve 16 dias na ilha de Santiago de Cabo Verde, onde iniciou as suas primeiras investigações para A origem das espécies. No romance, Siríaco acompanha a Família Real na fuga para o Brasil, em novembro de 1807. Durante a paragem na vila da Praia, ilha de Santiago, apaixona-se – e decide abandonar tudo e ficar em Cabo Verde. Em 1832, torna-se intérprete e ajudante do jovem Darwin nas suas expedições pela ilha e, entre ambos, cresce uma relação de confiança e respeito mútuos. Sobrevoando os territórios da História e da imaginação, este é um romance sobre cumplicidade, raça, racismo, império e memória.

[17/09/2024 07:00:00]