Otimismo e esperança como bases
PublishNews, Redação, 26/08/2024
Um romance que argumenta que, com investimento no ser humano, é possível viver em uma sociedade mais justa e igualitária

Autor do best-seller Cidade de Deus (Companhia das Letras), de 1997, Paulo Lins propõe reflexões sobre equidade social, altruísmo e esperança no romance Um novo sol (Gryphus, 74 pp, R$ 49,90), que escreveu em parceria com Flávia Helena, sua esposa. A história, que foi dividida em duas partes, é inspirada na comunidade Mãe Luiza, da região oceânica de Natal, no Rio Grande do Norte, que foi criada no fim da década de 1950, e passou a receber, em maioria, retirantes fugindo da seca. Quando a procura por um lar na cidade grande encontrava portas fechadas e preconceito, era 'Mãe Luiza' que recebia seus filhos. A primeira parte do livro é uma narrativa ficcional baseada na realidade difícil dos bairros pobres e das favelas do Brasil, onde a desigualdade social é mazela escancarada. A história narrada é da família de José e Dona Lucia com os filhos Regina, Neuza, Chico e Fefedo, que são obrigados a fugir da seca do sertão na favela de Mãe Luiza, imigrando para a cidade grande. Nem todos os membros da família concordam com essa grande mudança – não se encaixar em um lugar pode ser mais assustador que a sede, mas, ainda assim, a família migra em busca de uma vida melhor. A nova vida apresenta outros desafios como a busca por moradia, trabalho e uma vida melhor. A cidade é bonita, tem praias e prédios altos, mas também olhares que discriminam pela origem e a cor da pele. Em meio às dificuldades, a comunidade de Mãe Luiza acolhe, ainda que não possa oferecer o básico.

Tags: Gryphus, romance
[26/08/2024 07:00:00]