
A ação em Via Ápia se passa em 2011, mostrando como a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora mexe com a vida dos moradores na favela da Rocinha. É praticamente uma história em três atos. Martins começa mostrando a grande expectativa da população local pela presença da polícia, depois narra todos os problemas e conflitos violentos travados na instalação da UPP, e então faz uma radiografia do que acontece quando a polícia deixa a área, abrindo caminho para a retomada dos bailes funk e de atividades criminosas transcorrendo com mais visibilidade.
Na narrativa, ele elege cinco jovens protagonistas, expondo suas paixões, amizades dramas pessoais, ambições e frustrações. Como pano de fundo de seus personagens, faz um diagnóstico dos efeitos colaterais nocivos da guerra às drogas.
Segundo Milena Britto, integrante do trio de curadores da Flip ao lado de Fernanda Bastos e Pedro Meira Monteiro, "Geovani Martins é um dos mais originais escritores de sua geração. Ele renova o olhar sobre as periferias do Rio de Janeiro, conectando sua geografia e sua paisagem urbana com o que há de mais vivo ei essencial".






