
A Folha também publicou na Ilustrada reportagem sobre romances lançados recentemente que trazem no enredo a fuga de seus personagens das cidades grandes para o interior. O texto contempla os romances Planícies, do argentino Federico Falco (Autêntica Contemporânea), A boa sorte (Todavia), da espanhola Rosa Montero, e João Maria Matilde, da mineira Marcela Dantés, também lançado pelo selo recém-criado Autêntica Contemporânea.
Na coluna Painel das Letras, também na Ilustrada, está a notícia que Assat Shakur, uma das figuras mais proeminentes do grupo político radical Panteras Negras, procurada há mais 40 anos pelo FBI, tem lançada no Brasil sua autobiografia. O livro sai pela Pallas, em julho, mês em que Assata completa 75 anos. Ela foi condenada em 1973 pelo assassinato de um policial, fugiu para Cuba e permanece considerada foragida para o governo americano.
O Globo trouxe entrevista com Laurentino Gomes, que lança o último volume de sua trilogia sobre a história da escravidão, pela Globo Livros (a obra já fez sua estreia na Lista dos Mais Vendidos do PublishNews). Ele afirma ter certeza de que os negros brasileiros foram e continuam sendo vítimas de um processo sistêmico de genocídio. Escravidão Volume 3: Da Independência do Brasil à Lei Áurea mostra, segundo o autor, que o país “ainda não deu certo” e de que é preciso defender “a África que há em nós”.
O Globo também registrou o lançamento da publicação independente Halitia – Amazônia hebraica, do mineiro Felipe Goifman. O volume faz parte de um extenso projeto do documentarista em busca das ramificações da cultura judaica no Brasil. Com mais de 200 fotos e textos de contextualização, o livro se junta a outras obras publicadas por ele, retratando grupos religiosos em Pernambuco e no Rio de Janeiro. Goifman também rodou dois documentários, Marranos do Sertão e Amazônia hebraica: o rio dos Cohen.
O Valor publicou crítica de José Castello para Beatriz e o poeta (Todavia), novo romance de Cristóvão Tezza, um dos mais premiados escritores brasileiros. Ele retorna com uma história de sedução entre uma mulher madura e um jovem. O enredo se passa em Curitiba, durante a pandemia. O resenhista considera que os romances de Tezza não trazem divagações retóricas, são “pura trama, bruta e implacável”. Para ele, a perplexa Beatriz e o sonhador Gabriel, os protagonistas, “manejam as palavras como máquinas de pensar”.
O Estadão falou da exposição "As aventuras de Alice", aberta no Farol Santander, em São Paulo, um passeio informativo e imersivo para fãs de todas idades que se encantam com Alice no País das Maravilhas. A obra de Lewis Carroll (1832-1898), lançada há mais de 150 anos, têm uma longa carreira em traduções e versões para outras mídias, notadamente em filmes como o clássico desenho de Walt Disney e a versão tresloucada de Tim Burton. Com muitas atrações audiovisuais, inclusive uma gravação em filme da verdadeira Alice que inspirou Carroll, feita quando ele tinha 80 anos, a exposição apresenta muitas coisas ligadas à literatura. Estão acessíveis a tradução de Monteiro Lobato, a primeira lançada no Brasil, e também uma versão em cordel, de João Gomes de Sá. É possível também comparar várias edições de Alice no País das Maravilhas em português abertas no mesmo capítulo, para que o visitante contemple traduções diferentes.