Apanhadão: Thalita Rebouças dá entrevista cheia de novidades
PublishNews, Redação, 27/06/2022
Autora lança livro sobre jovem maquiador que apresenta programa de entrevistas montado como drag queen, fala de versões atualizadas de sua coleção 'Fala sério' e anuncia dez adaptações de suas obras para cinema e streaming

Thalita Rebouças e Lulu Santos | © Divulgação
Thalita Rebouças e Lulu Santos | © Divulgação
Entre as notícias sobre livros publicadas no fim de semana, Thalita Rebouças, vendedora de 2,3 milhões de exemplares, foi entrevistada pela Folha, com três novidades para contar. Primeiro, lançará na Bienal de São Paulo Confissões de um garoto talentoso, purpurinado e (intimamente) discriminado (Arqueiro). Lulu Santos escreve o prefácio da história de um jovem de 19 anos que faz um curso de maquiagem e cria um programa de entrevistas que apresenta montado como drag queen. Thalita falou que os oito volumes de sua série de maior sucesso, Fala sério (Rocco), serão relançados em versões politicamente corretas. Por exemplo, substituindo a expressão “programa de índio” por “uma roubada”. A autora também comentou dez adaptações futuras de obras suas para streaming e cinema, e livros já prontos, como Natali e sua vontade idiota de agradar todo mundo, que sai em agosto pela Rocco.

A Folha também publicou na Ilustrada reportagem sobre romances lançados recentemente que trazem no enredo a fuga de seus personagens das cidades grandes para o interior. O texto contempla os romances Planícies, do argentino Federico Falco (Autêntica Contemporânea), A boa sorte (Todavia), da espanhola Rosa Montero, e João Maria Matilde, da mineira Marcela Dantés, também lançado pelo selo recém-criado Autêntica Contemporânea.

Na coluna Painel das Letras, também na Ilustrada, está a notícia que Assat Shakur, uma das figuras mais proeminentes do grupo político radical Panteras Negras, procurada há mais 40 anos pelo FBI, tem lançada no Brasil sua autobiografia. O livro sai pela Pallas, em julho, mês em que Assata completa 75 anos. Ela foi condenada em 1973 pelo assassinato de um policial, fugiu para Cuba e permanece considerada foragida para o governo americano.

O Globo trouxe entrevista com Laurentino Gomes, que lança o último volume de sua trilogia sobre a história da escravidão, pela Globo Livros (a obra já fez sua estreia na Lista dos Mais Vendidos do PublishNews). Ele afirma ter certeza de que os negros brasileiros foram e continuam sendo vítimas de um processo sistêmico de genocídio. Escravidão Volume 3: Da Independência do Brasil à Lei Áurea mostra, segundo o autor, que o país “ainda não deu certo” e de que é preciso defender “a África que há em nós”.

O Globo também registrou o lançamento da publicação independente Halitia – Amazônia hebraica, do mineiro Felipe Goifman. O volume faz parte de um extenso projeto do documentarista em busca das ramificações da cultura judaica no Brasil. Com mais de 200 fotos e textos de contextualização, o livro se junta a outras obras publicadas por ele, retratando grupos religiosos em Pernambuco e no Rio de Janeiro. Goifman também rodou dois documentários, Marranos do Sertão e Amazônia hebraica: o rio dos Cohen.

O Valor publicou crítica de José Castello para Beatriz e o poeta (Todavia), novo romance de Cristóvão Tezza, um dos mais premiados escritores brasileiros. Ele retorna com uma história de sedução entre uma mulher madura e um jovem. O enredo se passa em Curitiba, durante a pandemia. O resenhista considera que os romances de Tezza não trazem divagações retóricas, são “pura trama, bruta e implacável”. Para ele, a perplexa Beatriz e o sonhador Gabriel, os protagonistas, “manejam as palavras como máquinas de pensar”.

O Estadão falou da exposição "As aventuras de Alice", aberta no Farol Santander, em São Paulo, um passeio informativo e imersivo para fãs de todas idades que se encantam com Alice no País das Maravilhas. A obra de Lewis Carroll (1832-1898), lançada há mais de 150 anos, têm uma longa carreira em traduções e versões para outras mídias, notadamente em filmes como o clássico desenho de Walt Disney e a versão tresloucada de Tim Burton. Com muitas atrações audiovisuais, inclusive uma gravação em filme da verdadeira Alice que inspirou Carroll, feita quando ele tinha 80 anos, a exposição apresenta muitas coisas ligadas à literatura. Estão acessíveis a tradução de Monteiro Lobato, a primeira lançada no Brasil, e também uma versão em cordel, de João Gomes de Sá. É possível também comparar várias edições de Alice no País das Maravilhas em português abertas no mesmo capítulo, para que o visitante contemple traduções diferentes.

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[27/06/2022 08:00:00]