Em Literatura, são sete subcategorias. Em Romance, o vencedor é Diga que não me conhece (Todavia), de Flavio Cafiero. O livro explora o ressentimento amoroso, mostrando os dias de um rapaz após um rompimento que afeta bastante sua vida.
O prêmio de livro de Contos ficou com Paulliny Tort e seu Erva brava (Fósforo), reunião de 12 histórias curtas ambientadas numa cidade fictícia no interior de Goiás, que fizeram do livro um devorador de premiações nos últimos meses.
Risque esta palavra (Companhia das Letras), de Ana Martins Marques, levou o prêmio em Poesia. Encontros, desencontros, paixão e luto são temas da autora, que escreve: “quase só de palavras/ se faz o amor”.
Álvaro A. Antunes venceu em Tradução, por seu trabalho com Cantos (Editora 34), de Giacomo Leopardi. Antunes também assina no volume uma introdução à altura da importância de autor e obra. Com 41 poemas escritos pelo italiano Leopardi entre 1816 e 1836, o livro é uma das principais obras do cânone ocidental.
O segundo prêmio para a Todavia vem na categoria Biografia, com João Cabral de Melo Neto: uma biografia, escrito por Ivan Marques. A vida do poeta é contada com minúcias, da origem aristocrática à perseguição por comunismo no Itamaraty, dos primeiros versos à consagração em vida como o mais construtivo poeta brasileiro.
Adriana Negreiros venceu em Ensaio, com A vida nunca mais será a mesma, lançado pela Objetiva. A autora parte de um relato corajoso de sua própria experiência para desvendar um cotidiano de violências e abusos sofridos por mulheres na história recente do Brasil.
E na categoria Infantil o prêmio foi para O mar de Manu (Autêntica), de Cidinha da Silva. Nesse relato poético sobre de um menino que pesca estrelas, o que acontece no livro se passa em Níger, Burkina Faso e Mali, e a narrativa conta um pouco das tradições dos povos islamizados dessas regiões.
Os vencedores foram escolhidos por uma comissão tríplice de críticos: Felipe Franco Munhoz, Ruan de Sousa Gabriel e Ubiratan Brasil. Esta é a 66ª edição do prêmio.