Apanhadão: Autêntica lança coleção dedicada a ensaios
PublishNews, Redação, 15/03/2021
E mais: Levantamento da Nielsen indica que literatura de fantasia cresceu em 2020; juízes italianos querem rever julgamento de Dante Alighieri; Laerte fala sobre medo da morte em entrevista e o prelo das editoras

A Autêntica lança, ainda neste semestre, uma coleção dedicada a ensaios e que será coordenada por Ricardo Musse, professor de sociologia da USP. A notícia foi dada pela Painel das Letras, editada interinamente por Úrsula Passos, repórter da Ilustrada. A ideia da editora é lançar um volume por mês com análises de cultura, política, economia e vida social. Os três primeiros títulos saem simultaneamente. Eugênio Bucci escreve sobre os gigantes da internet em A superindústria do imaginário. Seis autores buscam entender como o Império do Meio virou uma potência em China contemporânea - Seis interpretações. E em Arqueologias do futuro, o crítico americano Fredric Jameson reflete sobre o conceito de utopia.

A coluna também falou sobre o levantamento da Nielsen, encomendado pela Record, que mostra que a literatura de fantasia vendeu 61% mais em 2020 do que em 2019 e no prelo das editoras destacou que a Planeta adquiriu os direitos do próximo livro de Leah Hazard, Útero, que sai em 2023, dedicado aos mais diversos aspectos do órgão. E a Companhia das Letras prepara para maio uma biografia de Lina Bo Bardi, escrita por Zeuler R. Lima.

O Estadão reproduziu matéria da AFP que afirma que juízes italianos querem rever julgamento de Dante Alighieri, 700 anos depois. Obra-prima da literatura mundial, A divina comédia, foi escrita por Dante em seu exílio, após ser condenado em um julgamento injusto, que os juristas se preparam para revisar sete séculos após sua morte. "Nosso objetivo é determinar, à luz dos novos documentos descobertos, se as sentenças podem ser revistas ou, melhor ainda, anuladas", explicou à AFP o advogado criminal Alessandro Traversi.

A cartunista Laerte, que passou dez dias internada em janeiro por complicações da covid-19, concedeu entrevista ao Globo. Na conversa, ela falou sobre o medo da morte por coronavírus, sobre a síndrome da impostora, sua relação com o corpo aos 69 anos e adiantou ainda que prepara um romance gráfico.

A polêmica da obrigatoriedade de obras clássicas da literatura nacional nos conteúdos escolares foi trazida à tona em janeiro pelo youtuber Felipe Neto no Twitter. Na ocasião ele escreveu que “forçar adolescentes a lerem romantismo e realismo brasileiro é um desserviço das escolas para a literatura. Álvares de Azevedo e Machado de Assis não são para adolescentes! E forçar isso gera jovens que acham literatura um saco”. Em matéria do Estadão, ele fala sobre sua relação com a literatura.

O Blog Ora Pois, da Folha, noticiou que as bibliotecas de Lisboa têm delivery grátis de livros durante o lockdown. A rede de bibliotecas municipais da cidade lançou um programa que entrega em casa, gratuitamente, até cinco obras à escolha de seus sócios. Além de romances e livros técnicos e didáticos, é possível pedir revistas, CDs e DVDs do catálogo de qualquer uma das bibliotecas municipais. O fato também foi notícia no Valor. Antes disso, a iniciativa foi alvo de artigo de Jaime Mendes no PN+.

Na coluna da Babel , mais prelo das editoras. A Todavia lança em maio, Atos humanos, novo livro da sul-coreana Han Kang, autora de A Vegetariana, livro vencedor do Booker Prize. E em 1988, Hilda Hilst escreveu um poema para Daniel Fuentes, filho dos amigos Mora Fuentes e Olga Bilenky e única criança que conviveu com a poeta na Casa do Sol. Herdeiro de Hilda e guardião de sua obra, Fuentes divide agora esse seu poema com outros leitores com o lançamento, no fim de abril, de A monstra (Companhia das Letrinhas).

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[15/03/2021 10:10:00]