Os números positivos de dezembro colaboraram com esse fechamento. O último Painel do ano – referente ao período de 30 de novembro a 27 de dezembro – registrou a venda de 4,97 milhões de cópias – 7,6% a mais do que o verificado em 2019 – e o faturamento de R$ 197,8 milhões, crescimento de 4,98% frente a 2019.
Pela sua metodologia, o Painel não informa em quais canais essas vendas ocorreram, mas fontes ouvidas pelo PN – tanto editores quanto livreiros – são unânimes em apontar que boa parte dessas vendas aconteceu em ambientes digitais e que as livrarias exclusivamente virtuais – como Amazon e Submarino – ganharam musculatura no ano que passou.
Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL, festejou os números: “O brasileiro voltou a ler, e as editoras apresentaram lançamentos importantes no final de 2020. Tivemos ainda a inauguração de um número recorde de novas livrarias no último trimestre do ano, e este movimento tende a continuar este ano”.
O mesmo tom de otimismo é dado por Ismael Borges, gestor da ferramenta Bookscan no Brasil: “um ano maculado por notícias negativas, enfim, nos vem a agradável notícia de que recuperamos totalmente as perdas geradas pela quarentena. Um fator a ser fortemente comemorado pelo setor”.
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