Um desses termômetros é o apresentado mensalmente pela Nielsen e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). No período que vai de 15 de julho a 11 de agosto, o Painel do Varejo de Livros no Brasil demonstrou que as livrarias monitoradas pelo instituto de pesquisa venderam 3,33 milhões de exemplares, o que redundou em faturamento de R$ 133,6 milhões. Na comparação com igual período do ano passado e desconsiderando a inflação no período, o faturamento se manteve estável, mas houve uma queda de 2,26% no número de exemplares vendidos. O aumento de 2,27% no preço médio do livro praticado ao consumidor final pode explicar esse movimento.
A Nielsen e o SNEL chamam a atenção para o que chamaram de “boa notícia” no comunicado enviado à imprensa: em relação ao período anterior (17/06 a 14/07/2019), houve crescimento de 19,2% no faturamento.
Paradoxalmente, outra boa notícia pode ser observada quando se olha para os números negativos do acumulado do ano. De janeiro até o dia 11 de agosto, os estabelecimentos monitorados pela Nielsen venderam 24,4 milhões de exemplares e apuraram de R$ 1,07 bilhão. Na comparação com igual período de 2018, os números estão no vermelho, com queda de 11,35% no valor e de 11,51% em volume. Esses índices, embora negativos, perfazem uma curva positiva. Ao fim do primeiro trimestre, a Nielsen percebia perdas de 21,18% em valor e de 22,5% em volume. Quando chegou o fim do primeiro semestre, esses índices eram, respectivamente, de 14,5% e 15,07%. Apontando que o varejo está em tendência de recuperação. Agora é acompanhar os próximos meses e ver se isso se confirma no segundo semestre.
Clique aqui para conferir a íntegra do estudo.