
Há que se ressaltar o efeito da sazonalidade do mercado nesses números. Em 2018, base de comparação para os relatórios de 2019, os primeiros meses do ano foram fortemente impactados pelos didáticos. Inclusive, em comparação com 2017, houve um aumento nos números de vendas dessa categoria, como ressaltou na época Bernardo Gurbanov, presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), parceira da GfK nesse relatório. Em 2019, diante da crise que afetou as duas principais redes de livrarias do País, as editoras de didáticos voltaram a apostar em outros canais para a distribuição de seus livros e os números evidenciaram isso. Agora, o relatório mostra que, sem o fator “volta às aulas”, os números voltaram à normalidade.
Apesar dos números positivos de maio e por conta do péssimo período de "volta às aulas", no acumulado do ano, o varejo continua no vermelho. Em comparação com 2018, houve queda de 14,5% no faturamento e de 17,4% em volume. Em números absolutos, de janeiro até o início de junho, foram vendidas 20,3 milhões de unidades e apurados R$ 957 milhões. Isso representa 4,2 milhões de unidades a menos e R$ 160 milhões a menos no caixa dos estabelecimentos monitorados.
As livrarias continuam sendo o principal canal de venda de livros na apuração da GfK. Quase 89% das vendas são realizadas por esse canal. Mas, em comparação com igual período do ano passado, o faturamento desse canal perdeu 17,6%. Na contramão, o que a GfK chama de “outros” (aqui estão supermercados e lojas de autoatendimento) cresceu 23,1%.
Autoajuda (40%) e Administração / Economia (+27%) foram as categorias que apresentaram crescimento na comparação com igual período de 2018. Turismo / Lazer / Culinária (-56%), onde a GfK colocou no ano passado os álbuns de figurinha da Copa, e Concursos Públicos (-53%) apresentaram os piores desempenhos no período.
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