A discussão continua: ampliar a discussão para que mais eventos literários aconteçam
PublishNews, Gisele Ferreira*, 27/07/2018
Gisele Ferreira escreve novo artigo em que defende que a sua real intenção foi a de criar reflexão e ampliar as possibilidades para que eventos literários possam ser mais sustentáveis e profissionais

O artigo escrito por mim e publicado nesse canal na última quarta-feira teve como única e real intenção criar reflexão e ampliar as possibilidades para que mais eventos literários possam acontecer de forma sustentável e mais profissional.

Reconheço as leis e seus impedimentos, óbvio. Mas há que se repensar em formas para auxiliar os eventos que são feitos no país e por iniciativas privadas, que são muitas e muitas e muitas. Minha provocação é legítima e é verdadeiro tudo que eu escrevi ali.

Que alternativa o MinC teria para esses casos? Talvez se criar convênios com entidades sem fins lucrativos como Câmara Mineira do Livro, Câmara Brasileira do Livro dentre outras para que as mesmas como entidades fomentadoras do livro, leitura e literatura possam receber esses recursos e auxiliar os eventos que necessitam. Que alternativa nós temos?

Não é a intenção advogar em causa própria, há muitos e muitos amigos dessa luta que comungam comigo dessa reivindicação. Por isso, mantenho o que escrevi e reafirmo minhas palavras. Os tempos são outros e buscar uma adequação para que as políticas públicas do livro, leitura, literatura e bibliotecas sejam efetivas, é fundamental.

Para que as leis de fomento cumpram seu verdadeiro papel, os órgãos públicos municipais, estaduais e federais tem que descomplicar o processo e passar a auxiliar, indistintamente, a todos os promotores de eventos literários, que são hoje, sem dúvida o topo dessa cadeia produtiva de incentivo do livro, leitura e literatura.

Quanto ao senhor Afonso Borges, curador do Fliaraxá, não sei sua real intenção em rebater meu artigo, sobretudo, porque ele e seu festival em nenhum momento foram mencionados. Não preciso, de forma alguma, me promover, pois tenho absoluta confiança no trabalho que desenvolvo e na mudança do perfil da minha gente daqui e da região em função do trabalho compromissado, sério, ético e maravilhoso, que realizamos. Essa discussão não lhe cabe, afinal, sua empresa é “sem fins lucrativos”.


*Gisele Corrêa Ferreira, empresária da GSC Eventos Especiais em Poços de Caldas, sul de Minas, empresa e produtora cultural que há 29 anos vem realizando importantes eventos nas áreas cultural, ambiental e empresarial. Lançou o Flipoços há 13 anos, onde atua como Curadora. Há mais de vinte anos desenvolve trabalhos ligados à Literatura, Livro e Leitura.

[27/07/2018 08:00:44]