Direto de Bolonha 4: È già finita
PublishNews, Gil Vieira Sales, 07/04/2017
Gil conta quais são os próximos passos a serem tomados depois de tanto negociar na feira

Ah, quanta saudade já...

A feira acabou nesta quinta-feira (6). Os muitos estandes que compõem os pavilhões a essa hora já foram desmontados e todas as pessoas que lá estiveram seguramente já voltaram ou estão voltando para casa. Mais uma feira terminada. A sensação é de dever cumprido? Que nada! Sempre achamos que não fizemos nem dez por cento do que poderíamos ter feito. Não mesmo! Até porque é humanamente impossível fazer tudo numa feira desse porte. Há centenas de eventos concomitantes, dezenas de mesas-redondas, lançamentos, apresentações, oficinas, coquetéis e outras mil atividades que acontecem ao longo dos dias. Va bene!. Não há mesmo condições de se ver tudo, especialmente quando vamos à feira negociar direitos. Mas é justamente essa a parte interessante, pois isso só reforça o quão gigantesco e autossuficiente é um evento assim. Tudo acontece, independentemente de nossa participação e, por essa razão, cada um dos presentes na feira deve construir seu próprio microcosmo, desenhar seu próprio universo de atuação, traçar metas, estabelecer um foco. Por isso, planejar passo a passo, dia a dia, é fundamental.

A fantástica Bolonha vai ficar para trás com seus telhados e paredes marrom-avermelhados, suas ruas e vielas de pedras centenárias, seus prédios e monumentos magníficos... Esse museu a céu aberto que nos recebe tão bem anualmente vai ser o cenário por muito tempo de nossas belíssimas memórias
A fantástica Bolonha vai ficar para trás com seus telhados e paredes marrom-avermelhados, suas ruas e vielas de pedras centenárias, seus prédios e monumentos magníficos... Esse museu a céu aberto que nos recebe tão bem anualmente vai ser o cenário por muito tempo de nossas belíssimas memórias

Como eu já disse aqui neste espaço, a aprendizagem que feiras assim proporcionam é fantástica. Crescemos muito em termos profissionais, sem sombra de dúvida. Por isso, a sensação de dever não cumprido definitivamente não procede. Cumprimos sim a missão, dentro do que era possível. Ecco!

Terminada a feira, é hora de avaliar as possibilidades e fechar os negócios. Agora, é o momento de determinar preços, assinar contratos, definir os rumos do que se quer fazer no pós-evento.

Estande na Feira de Bolonha | © Gil
Estande na Feira de Bolonha | © Gil
Paralelo a todo esse balanço do trabalho, o derradeiro dia da Feira de Bolonha é também o momento de finalmente ver com calma a exposição dos ilustradores selecionados para a edição deste ano, conferir os livros infantojuvenis premiados, caminhar pelos corredores com mais tranquilidade, comprar livros especiais e olhar mais demoradamente todos os detalhes que compuseram o cenário desse nosso local de trabalho temporário.

A fantástica Bolonha vai ficar para trás com seus telhados e paredes marrom-avermelhados, suas ruas e vielas de pedras centenárias, seus prédios e monumentos magníficos... Esse museu a céu aberto que nos recebe tão bem anualmente vai ser o cenário por muito tempo de nossas belíssimas memórias.

Definitivamente saímos muito maiores de Bolonha, a cidade da literatura para crianças e jovens.

Ano que vem tem mais. Certamente.

Arrivederci, Bologna. Io te voglio bene!

Ciao, belli!


* Gilsandro Vieira Sales (ou só Gil para os nem tão íntimos) é coordenador de Literatura Infantil e Juvenil na Editora do Brasil. Bacharel e licenciado em Letras pela USP, tem paixão por livros, cultura e formação de leitores. Atua há quase dez anos no mercado editorial e ama o Brasil - com tudo

[07/04/2017 11:00:00]