Varejo de livros perde 15,61% do seu faturamento nas 20 primeiras semanas de 2016
PublishNews, Leonardo Neto, 18/07/2016
Essa é uma das conclusões do Painel das Vendas de Livros no Brasil realizado pela Nielsen e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL)

A Nielsen e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) acabam de publicar o Painel das vendas de livros no Brasil referente ao período cinco (25/04 a 22/05) e o resultado aponta para uma corrosão do varejo de livros no País. Em comparação ao mesmo período de 2015, o varejo sofreu queda nominal de 23,03% no faturamento, que caiu de R$ 125.299.513,02, em 2015, para R$ 96.440.470,86, em 2016. Em volume, a queda foi ainda maior, de 31,56% ou 3.712.407 exemplares vendidos em 2015, versus 2.540.807, em 2016. No acumulado do ano, o faturamento nas 20 primeiras semanas de 2016, foi de R$ 631.176.962,44 -- 6,45% menor do que o apurado no mesmo período do ano anterior, quando foi apurado um faturamento de R$ 674.687.546,64. Levando em consideração a inflação acumulada nos últimos 12 meses, a queda no faturamento é de 15,61%. Em volume, a queda foi de 15,91%.

Varejo de livros perde 15,61% do seu faturamento nas 20 primeiras semanas de 2016 | © Telma Kobori
Varejo de livros perde 15,61% do seu faturamento nas 20 primeiras semanas de 2016 | © Telma Kobori

Os números em queda ainda são reflexos do fenômeno do livro de colorir, que teve seu auge justamente no fim do primeiro semestre de 2015, e da falta de um fenômeno parecido em 2016. O Painel faz ainda uma simulação, tirando das contas os livros de colorir. Mesmo assim, sem os livros de colorir, o resultado seria negativo. No faturamento, a queda nominal seria de 2,38% e o volume apresentaria variação negativa de 11,25%.

Ainda em comparação a 2015, o livro ficou, em média, 11,25% mais caro. Nas 20 primeiras semanas de 2015, o preço médio do livro era de R$ 39,43 e no mesmo período de 2016, esse valor subiu para R$ 43,86. Fazendo um recorte dos 500 títulos mais vendidos no Brasil, o preço médio cai um pouco, para R$ 33,78. A propósito ainda dos Top 500, em comparação com 2015, houve uma queda de 11,10% da sua participação no faturamento das livrarias no acumulado do ano. Muito provavelmente, essa queda se dê também pelo fenômeno dos livros de colorir.

Dentre os gêneros, os de Não Ficção Especialista e o de Infantil, Juvenil e de Educação foram os únicos que apresentaram crescimento no período, com crescimento de 22,2% e 1% respectivamente. Títulos de Gerenciamento & Negócios (+ 270%) e Medicina e Saúde (+ 204%) ganham importância dentro do gênero Não Ficção Especialista.

Clique aqui para acessar a íntegra do Painel.

[18/07/2016 10:44:15]