Nas últimas semanas tive a felicidade de dar dois cursos sobre o processo editorial digital e mercado digital, um no Rio e outro em São Paulo. É muito bom encontrar parceiros de mercado e no fim acabamos montando a apresentação juntos. As dúvidas, os anseios e idéias surgiram naturalmente e foi uma ótima troca! Diferente dos outros dois anos, vi um brilho no olhar dos meus colegas de mercado. Ok, ok... Piegas... Mas real. De verdade!

No Rio, chegamos a uma bela conclusão, proposta por uma editora competentíssima: "daqui a uns anos, livro impresso será coisa de rico, e livro digital será coisa de todos". Ao fim do curso, observamos também que 2012 será o ano do e-book.

Essas conclusões vieram depois de pensarmos e falarmos das possibilidades e até de coisas concretas que estão para acontecer: bibliotecas de e-books, projetos possíveis na telefonia móvel, projetos educacionais, distribuição global, entrada de grandes players no mercado, possibilidade de surgimento de pequenos players, produção de livros sem o grande aporte em grandes tiragens, impressão sob demanda e mais um monte de coisas.

Pensamos na maravilha que será (e isso já aconteceu com um número limitado de estudantes no último semestre) o aluno “logar” em um aplicativo, num tablet ou celular, colocar sua matrícula e senha tendo em questão de minutos toda a ementa do semestre à disposição, para leitura offline. E ainda acesso a uma livraria, 24 horas por dia, todos os dias da semana, somente a um minuto da abertura de seu livro digital comprado.

Sonhamos com a possibilidade de lançar grandes autores em diversas línguas, com distribuição global. Mas também chegamos à conclusão de que a produção do livro não sairá da conta do preço final do e-book. Em outras palavras, os e-books não podem ainda ser vendidos por menos de R$ 4,90, pois esse valor não pagaria o DRM, a produção e o administrativo da editora.

Mil conclusões e ainda a certeza de que, daqui a dois meses, tudo pode mudar. Ninguém poderá falar e prever nada com tanta certeza neste mercado. Não tem jeito, perdemos o controle e nos transformamos em profissionais do século XXI. Teremos sempre que estudar, nos atualizarmos e nos superarmos, como os outros profissionais de praticamente todas as áreas. A figura mítica do editor dá lugar ao cara cult, ligado em tecnologia, cabeça aberta, usuário das mídias digitais e do que mais está por vir.

Como Cindy Leopoldo escreveu na última coluna, e-book é coisa de editor, e eu acrescento que ePub é coisa de diagramador, profissional que também se desenvolverá e se aproximará mais do desenvolvedor e programador.

Mas este papo continua... Abaixo alguns links úteis sobre conversão. Feliz Natal! Comam e bebam moderadamente, e até o ano do e-book!

http://www.adobe.com/devnet/digitalpublishing.html

http://www.adobepress.com/articles/article.asp?p=1349396

http://www.simplissimo.com.br/gerar-epub-com-indesign-coisa-pra-profissionais/

http://www.mxstudio.com.br/design/indesign/ebooks-no-indesign-parte-1/

http://tv.adobe.com/watch/learn-indesign-cs5/adding-audio-and-video-content-to-epub-from-indesign-cs55-/

http://tv.adobe.com/search?q=epubs&sortby=relevancy&page=2

http://www.dualpixel.com.br/webinars.html

*colaboração com links de Janaína Salgueiro