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Uma marcante tragédia grega
PublishNews, Redação, 06/12/2023
'Prometeu Prisioneiro', de Ésquilo (c. 525-456 a.C.), é uma peça única e que influenciou escritores e filósofos como Goethe, Marx, Nietzsche, Freud, Brecht e Camus

Prometeu Prisioneiro (Editora34, 184 pp, R$ 65– Trad.: Trajano Vieira), de Ésquilo (c. 525-456 a.C.), é uma peça única dentre as tragédias gregas, e uma das mais marcantes da história da literatura, tendo influenciado escritores e filósofos como Goethe, Marx, Nietzsche, Freud, Brecht, Camus e muitos outros. Integrante de uma tetralogia perdida, escrita provavelmente no final da vida de seu autor, ela se passa nos primórdios da civilização, após a Titanomaquia, e traz, de forma inédita, seres divinos como protagonistas. A história tem início quando Força, Poder e Hefesto, por ordem de Zeus, acorrentam Prometeu a uma montanha nos confins do planeta. Preso e prestes a ser castigado, o Titã é visitado pelo coro das Oceânides, por Oceano, por Io e por Hermes, que tentam demovê-lo de seu enfrentamento com o novo chefe do Olimpo. Verdadeiro libelo contra a tirania, mas também um alerta sobre os excessos do homem contra a natureza, a peça é apresentada aqui na esmerada tradução de Trajano Vieira. Esta edição bilíngue inclui ainda um posfácio do tradutor, excertos da crítica e um ensaio do classicista inglês C. J. Herington, que aborda os múltiplos aspectos desta obra ímpar do teatro grego.

[06/12/2023 07:00:00]
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