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Brasil futurístico (mas nada impossível)
PublishNews, Redação, 22/11/2022
Em seu romance de estreia ‘Entre o céu e o sal’, Everton Behenck nos leva a questionar quão distante estamos da realidade desta ficção especulativa

O nível do mar subiu, alagando a Zona Sul do Rio. A elite expulsou os moradores dos morros para dar lugar aos novos bairros. Aos mais pobres, restou invadir os prédios alagados, criando ali as novas favelas. Neste Brasil futurístico (mas nada impossível), Zias vai encontrar seu destino. Criado no exílio pela mãe, ele acaba órfão, vivendo nas ruas de Lisboa em meio ao crime, às drogas e ao vício digital. Um dia, ele recebe a revelação de que seu pai estaria vivo e somente o filho poderia salvá-lo. Zias parte para o Rio e se descobre “escolhido” para assumir a igreja evangélica liderada por seu pai. Durante a jornada de Zias para cumprir a profecia paterna, vemos um Rio onde a Milícia convertida foi legalizada, uma nova droga assola as igrejas e onde trabalhadores de aplicativo fazem qualquer coisa por alguns trocados. Um Brasil em que Estado e religião se fundiram sob a bênção da democracia em um cenário incomodamente real. Em seu romance de estreia intitulado Entre o céu e o sal (Nacional, 224 pp, R$ 48,70), Everton Behenck nos leva a questionar quão distante estamos da realidade desta ficção especulativa.

Tags: Nacional
[22/11/2022 07:00:00]
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