Publicidade
Uma nova distopia de Margaret Atwood
PublishNews, Redação, 24/03/2022
'O coração é o último a morrer' cria um mundo em que a crise financeira faz as pessoas alternarem períodos de liberdade com temporadas na prisão, enquanto outros habitam suas casas

Mais uma história distópica de Margaret Atwood chega às livrarias. Numa primeira análise, O coração é o último a morrer (Rocco, 416 pp, R$ 69,90 - Trad.: Geni Hirata) pode parecer menos violento e abusivo do que o maior sucesso da autora, O conto da aia, mas aos poucos a narrativa vai construindo uma situação igualmente opressora. Charmanie e Stan são um casal que perdeu dinheiro na maior crise financeira da história e é obrigado a viver em seu carro. Então resolvem aderir ao Projeto Positron, uma ação social em que o governo dá a eles moradia, recursos e trabalho digno. Em troca, os participantes do projeto devem passar períodos na prisão, em meses alternados, enquanto outras pessoas moram em suas casas. A vida segue por um tempo nessa estranha condição, até que Charmanie se envolve com o homem com o qual eles dividem a casa. Como Atwood faz muito bem, os acontecimentos vão assumir proporções assustadoras.

[24/03/2022 07:00:00]
Matérias relacionadas
Lucas de Sena passa a atuar como editor de aquisições na Rocco, e Mayra Bragança é a nova assessora de imprensa da HarperCollins
Em 'O segredo das larvas', Stefano Volp explora trama que levanta questões contemporâneas como segregação racial, colorismo e desigualdades sociais; obra é uma mistura de 'Jogos vorazes' e o ' O conto da Aia'
A roteirista, escritora e jornalista Melina Dalboni trabalhou no acompanhamento da produção do longa protagonizado por Maria Fernanda Cândido
Leia também
O livro 'Viagens oníricas' tem como proposta de explorar temas não convencionais e estimular a curiosidade intelectual dos leitores
Adam Phillips interpreta o ato de desistir como uma barganha entre diferentes desejos
Psicóloga Stephanie Sarkis traz técnicas para se libertar de abusos emocionais e outras agressões psíquicas