Demissão coletiva coloca futuro da Fundação Casa de Rui Barbosa na berlinda
PublishNews, Redação, 09/01/2020
Chefes dos centros de pesquisa da instituição responsável pela guarda de documentos pessoais de escritores e intelectuais foram demitidos de uma só vez

Fachada da Fundação Casa de Rui Barbosa | © Ronaldo Caldas / Ascom / MinC
Fachada da Fundação Casa de Rui Barbosa | © Ronaldo Caldas / Ascom / MinC
O Diário Oficial da União trouxe, na última terça-feira (07), a exoneração da crítica literária Flora Süssenkind, da jornalista Joelle Rouchou e do sociólogo José Almino de Alencar e Silva Neto, respectivamente chefes dos centros de pesquisa em Filologia, História e Ruiano da Fundação Casa de Rui Barbosa. Os três eram funcionários de carreira da Fundação que é responsável pela guarda de acervos de escritores e intelectuais brasileiros. Antonio Herculano Lopes, diretor do Centro de Pesquisa, e Charles Gomes, chefe do Centro de Pesquisa em Direito, também foram exonerados. Os dois ocupavam cargos em comissão. No ano passado, a Secretaria Especial de Cultura, órgão responsável pela Casa, nomeou Letícia Dorneles, afilhada do deputado-pastor Marco Feliciano, como presidente da instituição. Letícia não possui nem formação acadêmica adequada e nem é especialista na obra de Rui Barbosa, duas exigências para ocupar o cargo. Mesmo assim, ainda está na direção da Casa. Ao Estadão, José Almino observou que o estatuto da instituição prevê que a escolha de novo diretor e dos novos chefes deve ser feita a partir dos quadros da própria Fundação. Ele também externalizou o seu temor de a nova direção querer acabar com o Centro de Pesquisa da instituição.

[09/01/2020 09:00:00]