O médico e educador Pedro Ernesto Miranda estreou com tudo na Lista de Mais Vendidos do PublishNews: em sua primeira aparição, o livro Aprendizado sem limites (Editora Gente) atropelou todos os concorrentes e assumiu o primeiro lugar geral da lista, após semanas de liderança de diários devocionais e da escritora americana Colleen Hoover. Um dos escolhidos pela Forbes Brasil no programa Forbes Under 30 em 2020, o médico ficou conhecido pelo trabalho no Instituto Pedro Miranda (IPM), um "ecossistema de ensino referência em qualidade", que oferece cursos e mentorias para estudantes de medicina e médicos, com uma metodologia própria – temas do livro. Esta é a segunda semana seguida em que a Editora Gente emplaca um livro no topo da Lista. A casa é a vencedora do Prêmio PublishNews 2023 – Editora do Ano, por ter colocado 104 livros nas listas ao longo de 2022, número recorde desde que o PN começou a contabilizar os livros vendidos nas livrarias do país. Ainda na categoria Não ficção, a Citadel emplacou o livro Pensando o impensável, de Gil Giardelli, e a editora também colocou pela primeira vez na lista, em Autoajuda, o livro Sonhos, de Vinícius Iracet. Com os acréscimos, a Citadel se encontra nesta semana em 3º lugar no ranking das editoras, ao lado do Grupo Companhia das Letras (ambos com nove livros). Em 1º, aparece o Grupo Editorial Record (12), seguido de Sextante (11). Em 5º lugar, Intrínseca e Panini empatam com oito livros cada. Clique no Leia mais para ler todas as novidades da semana.

A 60ª edição da Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha (6 a 9 de março), a maior feira literária do mundo dedicada ao segmento infantojuvenil, terá a presença confirmada de 22 editoras brasileiras apoiadas pelo Brazilian Publishers (BP) – projeto de internacionalização de conteúdo editorial brasileiro realizado por meio de uma parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Este ano, a participação brasileira na feira é promovida pelo BP e apoiada pelo Ministério das Relações Exteriores. Farão parte da delegação as editoras Carochinha, Mais Ativos/Mais Amigos, Telos, ÔZé, Faro Editorial, Maralto Edições, Faria e Silva, Tordesilhas, Editora do Brasil, Girassol, Callis, Ciranda Cultural, Cedic International Inc., Panda Books, Global, Imeph, Mil Caramiolas, VR Editora, Solisluna, Pallas, Ateliê da Escrita e Jujuba. Além das empresas já confirmadas, compõem a delegação com destino à Itália os autores brasileiros Álvaro Modernell, Fernanda de Oliveira, Clara Haddad, Canizales, Claudia Souza, Mariana Ruiz Johnson e Camila Tardelli. Flávia Bomfim, autora e ilustradora do livro O adeus do marujo (Pallas), também estará presente. Este ano, a escritora recebeu menção honrosa na categoria Fotografia do prêmio anual concedido pela Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Com o estouro do ChapGPT, autores, editoras e especialistas do mundo literário já colecionam preocupações sobre o futuro do mercado do livro. O portal Terra divulgou informações sobre a nova inteligência artificial: primeiro, falou sobre as vendas dos livros produzidos por essas inteligências, que já são donas de mais de 200 livros escritos à venda na loja Amazon Kindle. Ainda essa semana, o portal divulgou a notícia de que a revista literária Clarkesworld Magazine, especializada em ficção científica, suspendeu os envios de contos porque várias obras recebidas estavam sendo escritas com a tecnologia. O assunto também foi tema de um artigo publicado no PublishNews esta semana: Quem tem medo da inteligência artifical?, de Paulo Tedesco. A Folha divulgou duas notas envolvendo JK Rowling. A primeira conta que a autora foi recusada em mais de 12 editoras com o manuscrito de Harry Potter. Além disso, ela também comentou sobre seu relacionamento abusivo e como o jornalista português Jorge Arantes tentou esconder o manuscrito de seus livros. Mais repercussões sobre as mudanças nas obras de Road Dahl, autor de Matilda e A fantástica fábrica de chocolates. O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak criticou as alterações e completou "É importante que obras literárias e de ficção sejam preservadas e não retocadas. Sempre defendemos o direito à liberdade de expressão". Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

A Feira do Livro de Londres (LBF – 18 a 20 de abril) anunciou detalhes de dois destaques da sua programação deste ano: o Autor HQ e a conferência Writers' Summit. Em 2023, a feira pretende oferecer aos autores insights e soluções vindas dos principais especialistas do setor. “Sem autores, não haveria indústria do livro. Temos o prazer de receber de volta autores aspirantes, emergentes e experientes à Feira, para dois dos principais eventos do calendário editorial”, lembrou Gareth Rapley, diretor do evento. Com o objetivo de fornecer aos escritores uma visão sobre as tendências e os pontos de discussão que atualmente empolgam a indústria editorial, os tópicos a serem discutidos no Autor HQ incluem o TikTok e as mídias sociais, leitura sensível e direitos autorais, ferramentas de IA para escrever e comercializar livros, livros infantis, preparação para publicação, escrita e resiliência, entre outros tópicos. A programação completa você confere clicando aqui. Enquanto isso, a Writers’ Summit terá o objetivo de equipar os escritores com ferramentas práticas e capacitá-los desde o início de sua jornada editorial para que seu trabalho seja notado por agentes, editores e leitores. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Thieme Revinter, editora multinacional alemã que publica livros de CTP, está contratando um assistente de marketing. É preciso ter graduação na área de Marketing, Publicidade e Propaganda, Economia, Administração, Jornalismo ou áreas afins; conhecimento de estratégias de marketing digital; experiência produzindo conteúdo para a web e entendimento de cada canal; conhecimento em SEO, em marketing de conteúdo e em Google Analytics. É necessário também conhecimento da língua inglesa. A pessoa contratada irá fazer a operacionalização do e-commerce; apoiar projetos, atrair visitantes para o site através de motores de busca, redes sociais e e-mail marketing; crescer a lista de e-mails da editora; medir resultados e saber quais números são relevantes para o sucesso da empresa. Interessados devem enviar currículos para recrutamento@thieme.com.br.

A editora nVersos está à procura de um assistente de logística com capacidades de organização, negociação, boa escrita e comunicação. A editora pede ainda que a pessoa tenha ampla visão dos processos para que seja capaz de buscar a redução de custos e a otimização de processos enquanto mantém a atenção a metas e prazos estipulados. É desejável ter curso superior em Tecnologia ou em Logística. As funções do cargo incluem emissão de notas, e pedidos (venda e consignação); cotação e fechamento do frete; captação e envio de pedidos via Olist; organização e controle do estoque; e envio de mercadorias no correio. Interessados devem encaminhar currículos para financeiro@nversos.com.br até 17 de março.

A editora HarperCollins está em busca de um assistente administrativo de vendas, para atuação em São Paulo. O assistente ficará responsável por atividades como emissão de acertos de consignação; apoio no atendimento a clientes; suporte ao time comercial; input de pedidos no sistema e controle da entrega de pedidos; e emissão de relatórios e análises de clientes. É esperado que o candidato seja proativo, comprometido e tenha facilidade em trabalho em equipe, além de ter experiência na área comercial/vendas e conhecimento do pacote office, sobretudo Excel. Interessados devem se inscrever clicando aqui.

Um casal de escritores de Santana do Parnaíba (SP) está processando a Netflix com uma acusação de plágio de um livro publicado de forma independente em 2018. Os autores pedem uma indenização de R$ 70 milhões para a companhia por conta do lançamento do filme Depois do universo, de 2022. João Ribeiro e Lidia Ribeiro divulgaram em 2018 para venda na Amazon um livro com o título Juilliard – A arte do amor. João, que é português e vive no Brasil, conta que assistiu ao filme e se deu conta das similaridades imediatamente. Ele assina o livro com um pseudônimo, junto com a esposa. O casal decidiu então contratar um escritório de advocacia (Kiyomura Sociedade de Advogados) e eles entraram com um processo na comarca da cidade onde vivem, em janeiro de 2023. Uma decisão preliminar, do dia 13 de fevereiro, assinada pela juíza Natália Assis Mascarenhas, requereu, antes de dar prosseguimento ao processo, que os autores provassem a autoria (já que o livro é assinado por um pseudônimo). Antes de entrar com o processo, os autores contam que questionaram a Netflix e a produtora do filme, mas não houve respostas satisfatórias. Na ação, os escritores apontam 70 semelhanças entre o livro e o filme. O alto valor solicitado, segundo a ação, se deve ao fato de que o filme alcançou o top 10 da plataforma de streaming em diversos países. O PublishNews entrou em contato com a Netflix sobre o caso, mas não obteve resposta até a publicação desta nota. Clique no Leia mais para ler a matéria completa.

A jornalista Silvana Salerno ministrará um novo curso na Universidade do Livro, braço educacional da Fundação Editora da Unesp, com o título Os textos que vendem o livro: da orelha aos metadados. O curso tem como objetivo demonstrar como a escrita criativa colabora para destacar um livro. As aulas vão de 3 de março a 28 de abril de 2023 por meio de uma plataforma virtual. As inscrições custam R$ 346 (valor único com desconto), em até 6 parcelas de R$ 57,66 no cartão de crédito ou à vista no Pix até 3 de março ou no boleto para pagamento até 24 de fevereiro. Para se inscrever, clique aqui. Silvana Salerno trata dos textos que compõem a capa de um livro: título, quarta capa, biografia e orelhas. Além disso, serão trabalhados os textos produzidos sobre o livro para sites, livrarias on-line, divulgação e imprensa. O aluno poderá acompanhar diversos estudos de caso apresentados por diretores editoriais, comerciais, de arte e de marketing, editores e designers do mercado editorial. Clique no Leia mais e confira mais detalhes do curso.

A primeira Roda de Leitura do ano no Itaú Cultural, realizada virtualmente, ocorre na próxima quarta-feira (1), às 19h30, e terá como tema principal a obra de Prisca Agustoni. Com o título ‘Roda de Leitura – um dedo de poesia: Prisca Agustoni’ o encontro terá duração de 60 minutos, é de indicação livre e gratuito. No evento, mediado pela poeta Ana Laura Estaregui, os participantes refletem sobre três textos da poeta e crítica literária: Watu é seu nome…, O gosto dos metais e Rabo de animal ferido, encontrados no livro O gosto amargo dos metais, ganhador do Prêmio Cidade de Belo Horizonte, em 2021. A reserva de ingressos para participar do bate-papo pode ser feita aqui. Nesta obra, Prisca produz um longo poema dividido em partes, no qual discorre sobre o crime ambiental de Brumadinho (MG), em 2019, com o transbordamento de barragens de rejeitos da mineração, resultado de diferentes formas de exploração ao longo da colonização extrativista. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

“Era uma vez uma Fera que vivia em um vilarejo de pescadores chamado Nazaré. Essa Fera não era um animal nem um monstro. Ela era uma onda, feita de água.” É no tom de conto de fadas que a surfista profissional Maya Gabeira dá início ao seu primeiro livro juvenil, Maya e a Fera (Outro Planeta, 48 pp, R$ 59,90 – Trad.: Karina Santos). Maya, personagem principal inspirada na vida da autora, não é uma princesa à espera do príncipe encantado, mas uma menina que sonha encarar uma Fera: uma onda gigante na praia portuguesa de Nazaré. Escrita originalmente em inglês (Maya and the Beast) e ilustrada por Ramona Kaulitzki, a publicação é um lembrete empoderador de que todo medo pode ser superado e de que toda fera pode ser domada. Descrita de forma lúdica e com uma linguagem acessível, Maya é uma garota tímida e aparentemente frágil, que sofre de asma. No entanto, no momento que ela entra na água, tudo muda: lá é o lugar onde se sente mais forte. Enquanto todos os habitantes de sua cidade têm medo da Fera, a onda gigante que faz um barulho estrondoso ao bater na costa, Maya acha o som reconfortante e se acalma observando as curvas do mar. Com sua prancha cor-de-rosa e o coração decidido, Maya sonha em ser a primeira menina a encarar a Fera frente a frente. Em Maya e a Fera, Gabeira compartilha uma história inspirada na sua, falando sobre resiliência, quebra de expectativas para as mulheres no esporte e a ousadia de fazer o impossível. Sua história pode ser lida como de grande inspiração para as meninas que desejam superar limites, conquistando seus maiores desejos.

Bernardo nasceu diferente dos outros pássaros. Suas asas são imensas e, por mais que tente, não consegue voar. Ele então fica se perguntando para que servem suas asas... até que um encontro com um orangotango triste o leva a uma descoberta surpreendente... e aquilo que o tornava diferente se apresenta como algo especial. Falando sobre a importância do amor, da ternura e de autoimagem, Abraçarinho (Moby Dickens, 36 pp, R$ 34,90 – Trad.: Luisa Camacho) escrito e ilustrado por Ged Adamson, apresenta ao leitor um passarinho que não pode voar, e ao desistir de tudo, descobre que a vida é muito mais importante quando você sabe o seu propósito.

Ilan Brenman convida o pequeno leitor a brincar. Parece óbvio, mas é propondo à criança imaginar e realizar algumas atividades, que o autor pretende mostrar que desligar o aparelho eletrônico, que tanto a distrai, pode ser muito divertido. Essa é a proposta do livro Desligue e abra (Moderna, 48 pp, R$ 53). Em tempos de uso exagerado de gadgets por crianças, Ilan mostra quanta diversão pode existir longe das telas. O livro, de capa dura, diferente da maioria das obras infantis, é branco por fora, com o título Desligue e abra sobre um fundo preto ao lado da ilustração que indica, universalmente, o botão de ligar e desligar de quase todo equipamento eletrônico. Talvez, por isso mesmo, desperte a atenção. Durante a leitura, a criança é convidada a resgatar o mundo de fantasias e de faz de conta que existe dentro dela. Ao abrir o livro, o leitor encontra o contraste de páginas super coloridas, assinadas pela ilustradora Veridiana Scarpelli. Assim como o texto, os desenhos fazem alusão ao que querem sugerir à criança. “O livro não entrega nada pronto. Mesmo quando o leitor recebe a proposta de desligar, eu não escrevo o que ele tem que desligar. Com as ilustrações, é a mesma coisa. A conclusão vai sempre passar pela imaginação infantil”, conta o autor. A proposta é usar o livro objeto. Além de sugerir situações para a criança imaginar, Ilan Brenman também induz o leitor a manusear o livro de diversas formas, seja o virando de lado para ler um texto que forma o tronco de uma árvore, ou jogando-o para o alto a fim de testar algumas habilidades, ou ainda equilibrando objetos sobre a capa dura, para completar a brincadeira.

Em Onde as borboletas não habitam (Aletria, 188 pp, R$ 72), o leitor é convidado a acompanhar relatos de personagens prisioneiros de guerra, e como se lesse múltiplos diários, é envolvido e imerso dentro daquela realidade. Em meio às condições extremas do confinamento, os confinados lutaram pela vida e pela sua humanidade, usando o poder da grande potência transformadora que é a arte. Este romance de Luciane Bonace aborda o genocídio judaico (Holocausto) durante a Segunda Guerra. Ambientado em Praga, na antiga Tchecoslováquia, o romance descortina o cenário em que milhares de pessoas, principalmente famílias judias, foram submetidas à dominação nazista e seus horrores. A trama se desenvolve através de marcos de tempo importantes da época, mostrando a situação política conturbada da Europa e o descumprimento de tratados internacionais. Nesse contexto, o livro retrata a vida dos prisioneiros no campo de concentração de Terezín, mostrando suas emoções e o papel da arte na resistência à desumanização. Nas palavras de Ilan Brenman, “é impossível não sair transformado após a leitura do livro de Luciane”.