O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nessa semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre 11 e 17 de setembro. Entre elas estão dois livros envolvendo Gabriel García Márquez, ambos lançamentos da Record. O primeiro reúne dois ganhadores do Nobel: García Márquez: História de um deicídio é a tese de doutorado escrita pelo peruano Mario Vargas Llosa sobre seu colega colombiano. O outro é uma parceria dos dois, no livro Duas solidões – Um diálogo sobre o romance na América Latina, reprodução de uma conversa entre Márquez e Llosa em 1967. Mais novidades são Educação natural – Textos inéditos e póstumos (Record), com material de João Gilberto Noll; a nova edição de As aventuras de Pinóquio, pela Clássicos Zahar; e As eras de Star Wars (Ominibus), da Panini, com os personagens mais queridos da saga, os que aparecem na primeira trilogia do cinema. Clique aqui para conferir todas elas. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

Nesta quarta (27), o Diário Oficial da União publicou a portaria interministerial assinada pelos ministros do Turismo e da Educação, Carlos Alberto Gomes de Brito e Victor Godoy Veiga, respectivamente, e que traz os nomes que farão parte Conselho Diretivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). Instrumento que traça as estratégias permanentes de planejamento, apoio, articulação e referência para a execução das ações de fomento à leitura no país, o PNLL tem como objetivos principais democratizar o acesso à leitura, fomentar a formação de mediadores e desenvolver a economia do livro. A coordenação executiva do PNLL oficializou Nadja Cezar Ianzer Rodrigues como secretária-executiva. Juliana Andrade e Nayara dos Anjos Vigilato Sousa representam a Secretaria Especial de Cultura. Fazem parte do Conselho como representantes da sociedade civil com notório conhecimento literário Luís Antônio Torelli, ex-presidente da CBL, e Marcus Vinícius Barili Alves. Os representantes da sociedade civil, indicados por autores de livros, são Vanessa Campos Ratton Ferreira e Patrícia Sousa Dória de Vasconcellos, ambas da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEILIJ). Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Ignácio de Loyola Brandão, Eliane Brum, Xico Sá, Arnaldo Antunes, Aline Bei, Mia Couto, Veronica Stigger, Mary Del Priore, Tom Zé e Milton Hatoum são alguns nomes que estão na programação da 21ª edição na Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto (FIL), evento agendado de 20 a 28 de agosto. Curadora da FIL e vice-presidente da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, Adriana Silva [foto] apresentou na quarta-feira (27) detalhes da agenda da edição de 2022. O evento, com o tema “Do Caburaí ao Chuí: a força da literatura brasileira”, terá mais de 200 atividades gratuitas, contando com salões de ideias, conferências, palestras, mesas redondas, oficinas, exposições, shows musicais, espetáculos de teatro adulto e infantil, workshops e contação de histórias. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A editora Alfabeto, que publica obras focadas no desenvolvimento técnico, humano e cultural, sobre o universo místico e espiritualista, e temas como qualidade de vida, bem-estar e autoconhecimento, está à procura de um analista editorial. Para o cargo, é preciso ter formação superior em andamento em Letras, Jornalismo, Marketing ou áreas afins; domínio das ferramentas de edição de texto e excelente escrita. É desejável também ter noções de copywriting. São considerados diferenciais cursos na área de produção editorial e experiência anterior em outra editora. As responsabilidades da vaga incluem preparar originais; revisar e criar textos diversos sempre que necessário; ler provas finais dos livros já diagramados; selecionar e acompanhar o trabalho de profissionais freelancers; comprar ISBN e Ficha Catalográfica para os livros; coletar orçamentos com gráficas e encaminhar livros para impressão; cuidar do relacionamento da editora com os autores; fechar contratos de edição; e calcular valores para pagamentos de direitos autorais. O trabalho é presencial, em São Paulo e interessados podem enviar currículos com pretensão salarial para editorial@editoraalfabeto.com.br.

Voltando de Paraty para o Rio de Janeiro, leio que a Flip acaba de anunciar a primeira convidada da edição de 2022. Não conheço ainda o trabalho de Saidiya Hartman, que tem três livros traduzidos no país. Segundo a notícia, a autora “desenvolve pesquisas nos campos da história da escravidão e literatura afro-americana”. Por outro lado, conheço o que fazem Sony Ferseck, Pelé do Manifesto e MC Martina, que haviam participado do Farpa – Festival Arte da Palavra, evento que o Sesc realiza em diferentes estados a cada ano e, semana passada, aportou na cidade sul-fluminense. Naturalmente, uma coisa não exclui a outra, mas por coincidência tratamos de um ponto no festival: por que os eventos literários brasileiros são tão dependentes de nomes internacionais, como se a eles coubesse abrilhantar as realizações brasileiras? Há tempos venho notando que, nas festas de outros países, os protagonistas são sempre autores nacionais, e os de fora compõem um elemento suplementar, como um tempero. Aqui é preciso ter um nome oriundo do exterior, como se só assim houvesse legitimação da realização cultural. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta coluna.

A Editora Vida, especializada em livros cristãos, está à procura de um diagramador. É esperado que a pessoa contratada cuide da diagramação de livros e Bíblias, auxilie a equipe iniciante instruindo nos processos de diagramação; faça a inserção de emendas e fechamentos; e crie projetos gráficos executando diagramação com propriedade e conhecimento. É preciso ter formação em Design Gráfico ou Desenho Industrial e tecnológico na área de Design; experiência com diagramação de livros e revistas; conhecimento da rotina editorial; conhecimento avançado de InDesign e Illustrator; conhecimento intermediário de Photoshop; ter realizados fechamento de livros e ter criado projetos gráficos. Os currículos devem ser encaminhados para rh@editoravida.com.br.

A Casa de Cultura do Parque, em frente ao Parque Villa-Lobos, em São Paulo, oferece em 12 aulas presenciais, aos sábados, um curso que abrange os principais livros que costumam ser temas dos vestibulares mais concorridos do país. Mas não se trata de uma programação apenas voltada a estudantes. Os nomes escolhidos para a grade de aulas, que começam em 13 de agosto, contemplam especialistas no primeiro time, que vão discutir títulos como Mensagem, de Fernando Pessoa; Quincas Borba, de Machado de Assis; Terra sonâmbula, de Mia Couto e outras obras relevantes em provas da USP e da Unicamp. No encerramento do projeto, que acontece no dia 29 de outubro, o escritor Bernardo Carvalho [foto] conversa com os participantes. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

As Fábricas de Cultura, projetos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciadas pela Poiesis, estão com inscrições abertas para os cursos do segundo semestre das zonas Norte e Sul da Capital, Osasco e Diadema (RMSP), e Iguape, no Vale do Ribeira. São mais de sete mil vagas para 326 cursos distribuídos entre as unidades. Entre os destaques está a trilha Escrita Criativa para Slam e Sarau, que será realizada na Fábrica de Cultura Brasilândia às quartas e sextas, das 18h às 20h45, e pretende oferecer ferramentas para que os participantes pensem e produzam material neste formato poético. Na unidade Diadema há duas formações focadas na produção literária. A primeira é a Litera-Rua, Leitura, Escrita e Editoração da Obra, com aulas entre 10 de agosto a 30 de novembro, às quartas das 19h às 21h. Já no ateliê presencial Literatura Periférica: O sopro da oralidade e as raízes da escrita, a proposta é utilizar a literatura para reafirmar a importância da oralidade como forma de comunicação e memória de comunidades tradicionais negras e nordestinas do Brasil, com destaque para o papel da literatura periférica para continuidade e sobrevivência das culturas populares em solo brasileiro. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O debate presencial “O futuro dos museus-casas em rede” abre nesta quinta-feira (28), às 19h, a programação de três dias da sétima edição do Encontro de Museus-Casas Literários, atividade que reúne instituições desse perfil e ligadas à personalidades da literatura. O objetivo é promover a interação e troca de experiências entre representantes desses espaços, além de expor seus trabalhos a diversos públicos interessados nas atividades, de visitantes a pessoas que buscam esses locais como apoio de suas pesquisas. O encontro tem uma programação híbrida. A Rede de Museus-Casas de São Paulo é formada por Casa das Rosas, Casa Guilherme de Almeida [foto] e Casa Mário de Andrade. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Unibes Cultural realiza neste sábado (30) a edição de 2022 do Literatura em Foco. A partir das 14h, o evento irá explorar todas as extensões da literatura e as diversas formas de manifestações artísticas em uma tarde de atrações. Na programação, organizada pela escritora Helena Andrade, haverá exibição de curta-metragem, painel de autores, monólogo, painel de blogueiras, peça teatral e apresentação de Slam, além da participação de escritores, blogueiros e outros artistas. A entrada é gratuita e o evento será aberto com uma fala de Helena sobre a literatura inspirando a arte. Em seguida, às 14h15, haverá a exibição do curta-metragem Ensina-me a viver, e 15 minutos depois, o primeiro painel do dia com a participação das autoras Ana Lis Soares, Cami Pelegrini, Beatriz Messias, Nanda Chinaglia e mediação de Luisa Novaes. A programação completa você confere aqui.

Encontros entre tradutores não são muito comuns nas agendas das livrarias. Isso só valoriza mais o evento da Companhia das Letras nesta quinta-feira (28), às 19h, na Livraria da Travessa (Rua dos Pinheiros, 513), em São Paulo. O público interessado poderá conversar com o trio responsável pela nova versão em português de Inferno, de Dante Alighieri (1265-1321), recém-lançada pela editora. Emanuel França de Brito, Maurício Santana Dias e Pedro Falleiros Heise vão falar sobre o processo desenvolvido para a tradução da primeira parte da Divina Comédia, obra-prima de Dante lançada originalmente como Comédia e composta por Inferno, Purgatório e Paraíso. Os textos foram criados, presumidamente, entre 1304 e 1321. Clique no Leia mais para acessar à integra desta nota.

Depois de vir para Brasil com o intuito de enriquecer e ascender socialmente, o português João Romão assume a propriedade de um cortiço no Rio de Janeiro, um ambiente inóspito com ar úmido, quente e solo lodoso. Além do conjunto de moradias, ele também é dono de uma pedreira e uma venda, e todo o seu plano de enriquecimento passa pela exploração do trabalho e do consumo dos moradores do cortiço. Uma das obras mais conhecidas da literatura nacional, O cortiço (Antofágica, 368 pp, R$ 89,90) se mostra também como uma grande crítica à formação da burguesia no Brasil. Com personagens fortes e muito bem construídos, Aluísio Azevedo mostra uma realidade de formação de riqueza com base em golpes e exploração do trabalho de mão de uma obra pobre, que se sujeitava ao trabalho em troca de uma moradia insalubre – retrato longe de ser superado no Brasil de hoje. Esta edição da Antofágica conta com pinturas inéditas de Kika Carvalho. A apresentação é feita pelo escritor Alê Garcia, e assinam os posfácios o historiador Luiz Antonio Simas, o escritor José Falero e Sílvio Roberto Oliveira, doutor em Letras e professor titular da Universidade do Estado da Bahia.

Agastya Sen é um indiano de 24 anos que inicia sua vida profissional no serviço público, seguindo os passos do pai e de boa parte da elite de seu país. Acostumado à vida nas megalópoles de Calcutá e Nova Delhi, ele é enviado para a provinciana Madna – cidade quentíssima onde fará seu treinamento em administração distrital. Em Inglês, August (Carambaia, 352 pp, R$ 139,90 - Trad.: José Geraldo Couto), num estilo transbordante de sarcasmo e observação humana, o autor Upamanyu Chatterjee acompanha, sem moralismo nem condescendência, os meses de aprendizado de Agastya, marcados por desatenção ao trabalho e uma insistente sensação de irrealidade. Colaboram para esse estado de espírito o consumo febril de maconha e álcool, além da atividade onanista e da curiosidade exacerbada pelos mais variados tipos de mulheres. O livro, escrito em inglês como toda a obra de Chatterjee, carrega o subtítulo Uma história indiana. Trata-se de uma crônica da vida cotidiana pela qual passa uma coleção de personagens das mais diversas extrações, todos com um toque ridiculamente desconfortável, do qual não escapam o protagonista nem suas relações mais próximas.

Em O dia Mastroianni (Record, 160 pp, R$ 54,90), de J.P. Cuenca – obra que volta às livrarias em nova edição pela Record –, o leitor acompanha as 24 horas da aventura de Pedro Cassavas e Tomás Anselmo, que flanam pela cidade em encontros com mulheres e bebidas, marcando presença em festas para as quais não foram convidados e saboreando os privilégios e as angústias de sua condição existencial e social. Cuenca usa os artifícios da metalinguagem para criar uma narrativa questionadora de si mesma, que retrata os clichês de uma geração de jovens de classe média cheia de informações e pretensões artísticas, mas incapazes de criar algo original, e que teme os lugares-comuns, mas que não consegue se desvencilhar deles. O título faz referência ao ator italiano Marcello Mastroianni, galã que viveu personagens entre o irônico e o melancólico, flanando entre mulheres e prazeres.

Yacub passa os dias na companhia de Butrus no vilarejo da Síria onde vivem. Os dois são inseparáveis e se deixam encostar casualmente enquanto colhem folhas de uva ou fumam no gramado, mas uma agonia crescente toma conta de Yacub quando essa proximidade é ameaçada. Butrus recebe um convite do tio para emigrar para o Brasil e aproveitar as muitas oportunidades de um futuro próspero no país. A perspectiva do distanciamento não é forte o suficiente para que os dois verbalizem seus sentimentos, mas permite que finalmente se toquem. O ato consumado, no entanto, é seguido de uma tragédia. Esse é o ponto de virada da narrativa, que passa então a ter como cenário a vibrante São Paulo do início da década de 1930, uma cidade em transformação, ponto de atração de pessoas de diferentes partes do mundo. Em um ambiente marcado pela vontade de se estabelecer e pela infinidade de possíveis futuros, o passado cisma em se fazer presente para o imigrante. Vou sumir quando a vela se apagar (Intrínseca, 216 pp, R$ 54,90), é o romance de estreia de Diogo Bercito. Uma trama atemporal, sobre as dificuldades de lidar com os desejos e a capacidade de tomar para si o próprio destino.