Movimento que deu a Passo Fundo (RS) o título de Capital Nacional da Literatura, as ações das Jornadas Literárias serão retomadas. O anúncio foi realizado na quarta-feira (5), durante a Feira do Livro de Passo Fundo. Por meio do projeto Jornada em Movimento, a nova proposta pretende “rejornalizar” a cidade, dando continuidade à movimentação cultural e literária iniciada há mais de 40 anos no município. A iniciativa é uma união de agentes interessados pela leitura, unidos sob a proposta de mobilizar a cidade em torno da literatura para, em 2027, apresentar um novo formato de Jornadas Literárias, que ocupe tanto os espaços físicos da Universidade como outros locais, com ações voltadas à formação de leitores e de comunidades conscientes e sensíveis esteticamente. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A novidade é boa: a jornalista e fotógrafa Monica Ramalho passa a colaborar com o PublishNews como editora-assistente. Há três meses já atuando como colaboradora da plataforma, Monica tem mais de 20 anos de experiência no mercado cultural e sólido conhecimento sobre a indústria criativa a partir do Rio de Janeiro, onde vive, tendo atuado em diversas iniciativas do setor. Ela trabalha agora diretamente com a redação do PublishNews: Guilherme Sobota, editor-chefe, e Beatriz Sardinha, repórter. Além da produção de conteúdo diário para o site e a newsletter, Monica também atua no Podcast do PublishNews – em conjunto com a redação e com o apresentador Fabio Uehara –, e na Revista PublishNews, para a qual escreveu um perfil da Academia Brasileira de Letras e editou diversas matérias. Clique no Leia mais para conhecer mais do seu trabalho.

A jornalista e crítica de arte Iara Biderman venceu nesta semana um importante prêmio literário com o seu livro de estreia, Tantra e a arte de cortar cebolas, lançado pela Editora 34. A obra encabeçou a lista dos escolhidos na categoria Conto (Prêmio Clarice Lispector), do Prêmio Biblioteca Nacional. Editora da revista Quatro Cinco Um, referência no jornalismo literário brasileiro, e com mais de 40 anos de carreira, Iara também dança e transita com precisão e leveza entre o olhar analítico e a escrita de ficção. Em conversa com o PublishNews, Iara falou sobre a surpresa do prêmio, do nascimento tântrico de seus contos tão singulares - experimento que iniciou há cerca de cinco anos -, e do desafio de manter a escrita viva entre tantas pautas, pilhas de livros recebidos diariamente e prazos alucinados de redação. Leia o pingue-pongue completinho!

A Hubook, hub de gestão e integração especializado no mercado livreiro, acaba de anunciar uma parceria estratégica com a Estante Virtual (EV). A nova integração para clientes do sistema ERP Hubook permitirá sincronização automática de estoque, preços e observações de estado dos exemplares, otimizando a operação de mais de sebos e livrarias ativos na plataforma. “A Estante Virtual está sempre em busca de novas formas de impulsionar as vendas de livrarias, sebos e editoras. Desenvolver essa integração com a Hubook foi um passo estratégico e simbólico, uma parceria que amplia possibilidades e reforça nosso compromisso em tornar a EV um lugar cada vez mais conectado e eficiente para nossos mais de 3,4 mil livreiros ativos”, afirma André Palme, Head da Estante Virtual e colunista do PublishNews. Leia a notícia completa!

Essa é para botar na agenda da próxima semana: o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo (SP), vai inaugurar no sábado (15) a mostra FUNK: Um grito de ousadia e liberdade, que ficará em cartaz até agosto de 2026. São 473 obras — entre pinturas, fotografias, vídeos e registros audiovisuais — que exploram o impacto do funk sobre a língua, as artes visuais, a moda e o imaginário urbano. A mostra chega ao público paulistano com conteúdos inéditos dedicados ao funk local. “São mais de vinte anos, desde que eu me apaixonei pelo funk e comecei a fotografar os bailes. Editando as fotos pra essa exposição, me dei conta da importância histórica dessas imagens. Mas para além do reconhecimento cultural, é preciso cuidar das periferias — com medidas e iniciativas que tragam melhores condições para quem vive nas favelas”, diz a fotógrafa carioca Dani Dacorso, com exclusividade ao PublishNews.

Em sessão realizada na manhã de quarta-feira (5), no Belvedere da Praça João Cândido, em Curitiba (PR), a Academia Paranaense de Letras (APL) escolheu sua nova diretoria, responsável por comandar a entidade no próximo biênio (2026/2027). A chapa única, que levou o nome do acadêmico Ernani Costa Straube, recém-falecido, recebeu 31 votos dos membros aptos a votar. A diretoria executiva ficou assim: presidente, Ernani Buchmann; vice-presidente, Ney José de Freitas; 1º secretário, Luiz Felipe Leprevost; 2º secretário, Paulo Venturelli; tesoureiro, Paulo Vitola; diretor jurídico, Clèmerson Merlin Clève; diretora de eventos, Liana de Camargo Leão; diretor de patrimônio, Darci Piana; diretor da biblioteca, Dante Mendonça; editora da revista, Marta Morais da Costa. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Prêmio Loba anunciou a lista de semifinalistas de sua segunda edição. Dedicada à escrita feminina em múltiplos formatos, a premiação recebeu 1.283 inscrições, entre obras publicadas e inéditas — um aumento superior a 100% em relação ao primeiro ano. Ao todo, 160 trabalhos foram selecionados por 17 jurados que votaram em 17 categorias do prêmio. As áreas de “Argumento de curta-metragem” e “Literatura de Cordel” tiveram cinco indicadas cada; as demais, dez. A premiação está vinculada ao Loba Festival, com foco no fomento à economia criativa e à leitura de obras produzidas por mulheres. Quer ver a lista completa das semifinalistas? Leia a notícia completa!

A segunda edição do Festival Literário Internacional de Petrópolis está com inscrições abertas para escritoras e escritores que desejam lançar seus livros durante o evento, sem custo de participação. Cada participante inscrito terá direito a uma hora de sessão de autógrafos, na Central de Autógrafos, dentro do Palácio de Cristal. A única exigência é a doação de dois exemplares da obra, que serão encaminhados a bibliotecas da cidade. O Flipetrópolis será realizado entre os dias 27 e 30 de novembro (de quinta a domingo), no Palácio de Cristal, com entrada gratuita em todas as atividades. Autores podem se inscrever até 14 de novembro. Acesse a nota completa para ver como se candidatar.

O escritor, professor e médico José Leonídio lança Eu sou do samba (Autografia), livro que retrata os bastidores do carnaval carioca a partir das vozes que o mantêm vivo: mestres-salas, porta-bandeiras, ritmistas, compositores, passistas e carnavalescos. A obra reúne contos e crônicas que exaltam o samba como patrimônio afetivo e cultural, dando protagonismo a quem faz o espetáculo acontecer longe dos holofotes. Com apresentação do ensaísta Ivan Proença, o livro homenageia o pesquisador Luís Fernando Vieira (1945-2021), referência nos estudos sobre cultura popular. “O livro é uma merecida homenagem ao inesquecível irmão em brasilidade”, escreveu Ivan. Os dois foram professores das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro. Leia mais para saber onde haverá sessão de autógrafos no Rio, este mês e em dezembro.

Publicado pela primeira vez em 1961, A longa revolução (Edusp, 352 pp, R$ 78 – Trad.: Ugo Rivetti), de Raymond Williams, tem como base o conceito que dá título ao livro, analisando processos históricos contínuos que moldaram a modernidade e dando sequência a reflexões iniciadas em seu trabalho anterior, Cultura e sociedade. Desta forma, Williams analisa três momentos históricos independentes que podem ser definidos como “longas revoluções”: a revolução democrática, a revolução industrial e a revolução cultural. O autor reconhece esses períodos como processos contínuos influenciados tanto por mudanças culturais quanto políticas e econômicas, não apenas fenômenos isolados. Muito mais do que uma análise da sociedade britânica e das instituições e práticas culturais na região, Williams oferece um modelo teórico que pode ser aplicado no estudo de processos culturais em contextos diversos, criando assim uma obra que mantém sua relevância para as ciências humanas e sociais até hoje.

E se os clássicos da literatura ocidental fossem pensados a partir de seu potencial destrutivo? Em Salvamento (Zahar, 248 pp, R$ 79,90 – Trad.: floresta), Dionne Brand desenvolve uma crítica radical do cânone e oferece um vibrante testemunho como sobrevivente de uma formação literária colonial. Nascida em Trinidad e Tobago, a autora parte de sua experiência traumática com a literatura britânica e retira o manto de universalidade Zah

O losango negro: Mário de Andrade, intérprete do Brasil (Cobogó, 336, R$ 96), de Angela Teodoro Grillo, coloca em perspectiva a presença e a influência da vida negra na obra do escritor. A autora, doutora em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e professora de Literatura na Universidade Federal do Pará (UFPA), propõe uma leitura inédita, que mostra o quanto a arte, a cultura e as questões da experiência negra no Brasil atravessaram diferentes dimensões da produção de Mário de Andrade, o “bardo mestiço” — da criação literária à crítica, dos estudos folclóricos e culturais à sua atuação política. O ponto de partida dessa análise é o conjunto de documentos Preto, nomeado desse modo pelo próprio Mário de Andrade e descoberto pela autora nos arquivos do IEB-USP em 2007. Esse material, composto sobretudo de notas de trabalho, com leituras e comentários, reunidas entre o fim da década de 1920 e a morte do modernista, em 1945, abrangem aspectos culturais, históricos e antropológicos relacionados à população negra no Brasil.

Com uma escrita precisa e indignada, o livro-reportagem O cerco: A Amazônia invadida pelo gado (Todavia, 144 pp, R$ 74,90) revela como a pecuária ― ao mesmo tempo motor e disfarce do desmatamento ― tem ocupado ilegalmente vastas áreas da maior floresta tropical do planeta. O pasto é aberto com fogo, o gado chega, e a terra, grilada, se torna lucro. Tudo dentro de um sistema barato, eficiente e amplamente tolerado. Mas, em vez de números abstratos e comparações com campos de futebol, a devastação aqui é contada por meio do prato feito do bar da esquina. De onde vem aquele bife? Que trilha percorreu até chegar ao seu garfo? Mas nem tudo está perdido. O livro de Marina Rossi também dá voz a produtores responsáveis e iniciativas que provam que é possível, sim, produzir sem devastar a floresta. Em meio ao caos, há escolhas e caminhos.

Em Sabedoria dos cipós – Cosmopoéticas do refúgio (Ubu, 144 pp, R$ 59,90 – Trad.: Ana Lucia do Carmo Dantas e Fernando Scheibe), Dénètem Touam Bona propõe uma reflexão sobre as formas de vida e resistência que escapam à lógica ocidental-colonial de dominação, classificação e controle. Tomando a figura do cipó – planta trepadeira, flexível, que cresce de maneira desordenada, sem hierarquias –, o autor desenvolve o conceito de cosmopoética da fuga, inspirada em saberes indígenas, afrodescendentes e da floresta e na dança. ⁠O cipó, fio condutor que entrelaça os quinze ensaios do livro, não apenas por sua presença biológica, mas por seu caráter simbólico, encarna um modo de pensar que serpenteia, se camufla, contorna e resiste. Édouard Glissant, Joseph Conrad, Frantz Fanon, Nastassja Martin, Fernand Deligny, Tim Ingold são algumas das referências que alimentam o emaranhado do livro, e em especial a presença de Davi Kopenawa, Ailton Krenak e Euclides da Cunha mostra a forte conexão do autor com o Brasil.