
Com apresentação do ensaísta Ivan Proença, o livro homenageia o pesquisador Luís Fernando Vieira (1945-2021), referência nos estudos sobre cultura popular. “O livro é uma merecida homenagem ao inesquecível irmão em brasilidade”, escreveu Ivan.
Para ele, as narrativas de Leonídio revelam “que, por mais que se transfigure o carnaval em nome do progresso, sempre haverá o improviso criativo, o compositor fiel ao seu ofício, a velha guarda benditamente ranzinza e o sambista do pé”. Luís Fernando e Ivan Proença foram professores das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro.
Dois lançamentos estão previstos para breve: na quinta, 28 de novembro, às 19h, no Chez Evanio, na Urca. Haverá uma exposição da artista plástica Branca Paixão e apresentação musical de Maria do Céu e Roberto Velasco, com clássicos da MPB; e no sábado, 13 de dezembro, às 19h, na Sede Social do Condomínio Riviera, na Barra da Tijuca, com nova mostra dos quadros de Branca Paixão e participação do conjunto Dois de Azul e Branco, sob o comando de Márcio Carvalho e Jorge do Batuque, da Ala de Compositores da Portela.
Mais que literatura, Eu sou do samba é uma celebração da memória e da resistência popular. Entre lembranças e afetos, o autor revisita espaços simbólicos como o Jongo da Serrinha e bairros de origem das escolas — Madureira, Cavalcanti, Padre Miguel, Tijuca e Mangueira — compondo um mosaico de vozes que traduzem a alma carioca. “O coração é meu surdo ─ Tum-Tá, o som da minha vida”, escreve Leonídio na contracapa, reafirmando o compasso que move a sua escrita.
Carioca do bairro de Cavalcanti, onde nasceu a escola de samba Em Cima da Hora, José Leonídio iniciou-se nas letras compondo enredos para agremiações e blocos de carnaval. É autor de oito livros, entre eles Safiras de Candinho e Enredando ilusões, coletânea de sinopses que originaram sambas-enredo. Estudioso da diversidade cultural da Guanabara, Leonídio é apaixonado por samba de raiz e pela história das escolas do Rio de Janeiro.






