No Podcast do PublishNews desta semana, voltamos ao 4º Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos, em uma das mesas mais relevantes do evento, sobre Tendências de Marketing. A conversa explora as transformações no marketing ao longo da última década, destacando a importância do relacionamento humano, a revolução das redes sociais e os desafios enfrentados pelas editoras. Os participantes discutem a construção de identidades, a influência dos autores como marcas, e o papel dos influenciadores no marketing editorial. Além disso, enfatizam a necessidade de formação e estudo em marketing para profissionais do setor. O painel conta com Cristiano Amaral, professor da ESPM; Luciana Fracchetta, Gerente de Marketing de Conteúdo na Companhia das Letras; e Bruno Zolotar, Diretor Comercial e de Marketing na Editora Rocco. A mediação é de Daniel Lameira, Fundador da Seiva e do curso Vida do Livro. Publicado às terças-feiras, este podcast é um oferecimento de Câmara Brasileira do Livro (CBL), MVB América Latina e UmLivro. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes, Google Podcasts, Overcast e YouTube.

O programa Frankfurt Kids – realizado durante a Feira do Livro de Frankfurt (15 a 19 de outubro de 2025) – reúne especialistas e o público no espaço do maior evento editorial do mundo. Entre os dias 15 e 17, profissionais do setor editorial internacional, autores e ilustradores debaterão o futuro dos livros infantis e juvenis. Na sexta-feira, 17 de outubro, às 10h, o Frankfurt Kids Festival abrirá suas portas para crianças, jovens e famílias, com leituras, workshops e atividades interativas. A conferência internacional Frankfurt Kids Conference será realizada sob o tema "Livros infantis em um mundo frágil". No novo Centre Stage (15 de outubro, das 16h às 18h30), Axel Scheffler (The Gruffalo), Jon Yaged (CEO da Macmillan Publishers) e a autora ucraniana Kateryna Mikhalitsyna falarão sobre analfabetismo, censura e a responsabilidade da indústria. A moderação será do editor, escritor e tradutor Lawrence Schimel. Em seguida, os convidados poderão participar de um happy hour no Hall 4.1. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O psicanalista e pesquisador Kályton Resende está fomentando o debate nacional em torno da formulação de dois conceitos originais: Trauma da Pobreza e a experiência da ascensão social – caracterizada pelo sofrimento psíquico no processo de mobilidade e os seus efeitos do trauma da pobreza. Na sua jornada, a leitura foi tanto abrigo pessoal quanto ferramenta de elaboração teórica. Na perspectiva de popularização da Psicanálise nas redes sociais – muitas vezes reduzida a frases de efeito –, Resende propõe um caminho mais denso: pensar o inconsciente atravessado pela experiência da pobreza, que influencia e marca a própria vivência de ascensão social. Para Kályton Resende, o Trauma da Pobreza descreve marcas inconscientes que vão além da falta material e inscreve no sujeito a experiência de viver sob ameaça constante de perda. A ascensão social, por sua vez, é o momento em que esse trauma retorna como sintoma: a busca por pertencimento que nunca se completa quando alguém atravessa fronteiras de classe. Em diálogo com Literatura, Filosofia e História, Kályton Resende convoca os livros para se tornarem instrumentos de resistência e peças-chave para decifrar o futuro das relações de classe no Brasil. Clique no Leia mais para ler a entrevista.

Nesta terça-feira, dia 16 de setembro, o jornalista e cronista Humberto Werneck lança Viagem no país da crônica (Tinta-da-China Brasil) em São Paulo (SP). O evento começa às 19h, na Livraria Megafauna Copan (Av. Ipiranga, 200, loja 53, Centro), com mediação da crítica literária, curadora da Megafauna e da próxima Flip, Rita Palmeira. Depois do bate-papo, o autor fará uma sessão de autógrafos. Em Viagem no país da crônica, Werneck conduz o leitor a uma jornada de janeiro a dezembro, da infância à morte, comentando textos da era de ouro da crônica brasileira, assinados por nomes como Clarice Lispector, Fernando Sabino, Otto Lara Resende e Rubem Braga. O livro começou a tomar forma em setembro de 2018, quando o Instituto Moreira Salles, em parceria com a Fundação Casa de Rui Barbosa, inaugurou o Portal da Crônica Brasileira, do qual Werneck foi editor até 2021. Agora, os textos publicados no portal foram compilados neste livro, que também celebra os 80 anos do cronista. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Moby Dick, Boitatá, Rapunzel, Cuca, Dom Quixote, Saci Pererê, Alice e até o Homem de Lata: todos esses personagens se encontram na estante de um gato muito esperto, apaixonado por livros. O gato que lê (Editora Mireveja) escrito por Alex Andrade e ilustrado por Chris Tragante será lançado neste sábado (20), às 11h, na Janela Livraria da Gávea (Rua Marquês de São Vicente, 52, loja 368, 3º piso - Rio de Janeiro / RJ), com a participação dos contadores de história e músicos Mag Pastori e Pedro Nêgo. Na trama, o bichano aproveita o silêncio da casa adormecida para viver grandes aventuras, a bordo de histórias clássicas e personagens do nosso folclore. “A ideia é justamente mostrar a importância da leitura para as infâncias, abrindo uma porta para esse mundo divertido e extremamente necessário nos dias de hoje, quando estamos inundados pelas telas e streamings”, explica o arte-educador e contador de histórias Alex sobre o seu 17º livro publicado, a maioria para os pequenos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), o poeta Paulo Henriques Britto será o convidado da próxima edição do programa Memória da Poesia Brasileira. O poeta, professor e tradutor carioca concederá entrevista a Sérgio Cohn, que também é poeta e curador do Programa. O evento ocorre nesta sexta-feira, dia 19 de setembro, a partir das 15h, no Auditório Machado de Assis (Rua México, s/nº, Centro — Rio de Janeiro / RJ), na sede da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) no Centro do Rio. A entrada é franca e o evento será transmitido ao vivo no YouTube. Os eventos são divididos em duas partes: a partir das 13h, de forma privada, é realizada uma gravação do(a) poeta recitando seus textos, em registro audiovisual; às 15h, é realizado um depoimento público, com cerca de duas horas de duração, sobre a trajetória pessoal e poética do(a) autor(a). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Grupo Editorial Record está em busca de uma nova pessoa para o cargo de analista de sistemas II. Ela será responsável por manter sistemas em produção, através de manutenções corretivas, além de analisar e solucionar os problemas identificados nos processos. É necessário ter Ensino Superior completo em Ciência da Computação, Sistemas de Informação e afins e disponibilidade para trabalhar no Rio de Janeiro. O processo seletivo acontece até o dia 19 de setembro.

Foi escrito em 1928 e rendeu muitas polêmicas pois rompia com os versos rimados da época. Estamos falando do poema "No meio do caminho", de Carlos Drummond de Andrade, que ocupará o centro da terceira edição do projeto Sempre um Papo – Palavra Acesa, a ser realizado no dia 30 de setembro, às 17h, no Museu do Amanhã (Praça Mauá, 1, no Centro - Rio de Janeiro / RJ). Entrada gratuita, com retirada de ingressos pelo Sympla. No palco, estarão a jornalista Flávia Oliveira e o escritor e músico José Miguel Wisnik para uma conversa sobre um dos textos mais emblemáticos da poesia modernista brasileira, com mediação do escritor Sérgio Abranches. Drummond recebeu muitas cartas e foi acusado de fazer um antipoema, antes de ver os seus versos serem consagrados. A estreia foi em julho, com Eliana Alves Cruz e Fabrício Carpinejar, em torno de Soneto de Fidelidade, de Vinicius de Moraes. Em agosto, a ministra Cármen Lúcia e o cantor Chico César debateram Que país é este?, de Affonso Romano de Sant’Anna. Agora, é a vez de Drummond reacender o diálogo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A escritora e jornalista Lúcia Nascimento lança o seu primeiro romance, Aqui, ontem (7Letras), no dia 7 de outubro, às 19h, na Livraria da Tarde (Rua Cônego Eugênio Leite, 956, Pinheiros – São Paulo / SP). Antes dos autógrafos, haverá bate-papo da autora com Maria Carolina Casati, do perfil @encruzilinhas, seguido de sessão de autógrafos. Autora premiada com Ruínas (Edufes, 2020), vencedor do Prêmio Ufes de Literatura, Lúcia chega agora à ficção longa com uma obra que, segundo o poeta Wilson Alves-Bezerra, é um “romance-pergunta”. A narrativa acompanha Alice, uma mulher em luto pela mãe adotiva, que encontra na escrita uma forma de atravessar a perda, revisitar memórias e buscar respostas sobre a própria origem. Clique no Leia Mais para acessar a nota completa.

O lado oculto de uma família disfuncional – do dicionário: algo que não está funcionando, que apresenta defeitos ou problemas, ou que não cumpre a sua função –, ou de todas as famílias disfuncionais em um mundo cada vez mais disfuncional. A escritora Lara Haje toma as situações desse cotidiano e as revira como fruta aberta ao meio, revirada ao contrário, entranhas expostas. Essa é a sensação ao ler seu livro de estreia, Eu não disse (Cachalote, 136 pp, R$ 54,90), contos que também podem – e devem – ser lidos como romance, e que a despeito dos temas duros que encerram, contém humor. Este aparece nas entrelinhas, nas ações e reações mais que humanas de cada personagem em que reconhecemos nossa própria família, nosso círculo de amizades e, por que não, nós mesmos. O livro abre com o “dia seguinte ao enterro”. Alguém tirou a própria vida, mas esta precisa continuar e é necessário encontrar tábuas na rotina em que se segurar. A seguir vem os relatos da filha e do filho, e das pessoas envolvidas naquela circunstância, cada um (sobre)vivendo à sua maneira à influência daquele que está irremediavelmente entranhado em seus corações e mentes, em suas células.

Reunindo três narrativas breves — Conto azul, A primeira noite e Malefício —, Conto azul e outros contos (Nova Fronteira, 64 pp, R$ 39 – Trad.: Joana Angélica D´Ávila Melo) oferece um mergulho poético e enigmático no universo de Marguerite Yourcenar. Os contos aqui presentes revelam uma postura da autora Marguerite Yourcenar de experimentar com a linguagem, os símbolos e as fronteiras entre o real e o fabuloso. Ela constrói ambientes em que a fantasia e a mitologia dialogam com o desejo, o medo e a perda. A escritora Marguerite Yourcenar (1903-1987) nasceu em Bruxelas, Bélgica, mas cresceu na França. Posteriormente, morou em outros países. Desde muito cedo, dedicou-se ao estudo das línguas clássicas e das civilizações mediterrâneas; contudo, não frequentava escolas: lia e viajava na companhia de seu pai, um homem muito culto e uma grande influência na sua vida. Marguerite reescrevia suas obras várias vezes. O fato histórico era uma obsessão da escritora. Tornou-se uma escritora popular ao ser eleita para a Academia Francesa em 1980, sendo a primeira mulher a conseguir tal feito.

Além de O leopardo, Giuseppe Tomasi di Lampedusa deixou quatro narrativas breves que, como o romance, só vieram a ser publicadas postumamente. Este volume de Recordações de infância (Companhia das Letras, 200 pp, R$ 89,90 – Trad.: Roberta Barni e Fabiano Dalla Bona), que evoca os tempos do autor no célebre palácio de mesmo nome e nas outras propriedades que marcaram seus primeiros anos; "A alegria e a lei", uma história natalina ao espírito de Pirandello e Tchékhov; "A sereia", conto que transita entre o real e o onírico; e "Os gatinhos cegos", o princípio de uma ficção histórica inacabada. Produzidos entre 1955 e 1957, esses escritos oferecem um vislumbre do projeto literário de Lampedusa, bem como do contexto por trás de sua obra-prima -- e demonstram sua habilidade para captar as transformações de uma Itália que, embora lhe fosse tão familiar, estava deixando de existir.

Antes de chegar ao Paraíso, Dante passou pelo Inferno, onde promoveu uma crítica à sociedade de seu tempo por meio de pequenas histórias, que alegoricamente representam pecados condenados pela moral medieval, que lembremos, era a moral do mundo ao qual Dante pertencia. Sua representação, muitas vezes exagerada, monstruosa, incomodava tanto que Nietzsche o acusava de ser uma hiena rindo em meio aos mortos. Mas Dante avisa ao leitor: abandonai toda a esperança aquele que segui-lo. Os contos de Raphael Rocha em Canções de ninar pedras (Quixote, 144 pp, R$ 54) exortam um aviso similar. São passeios que refletem atitudes condenáveis de personagens egoístas, inseguros, preconceituosos e, infelizmente para os leitores, humanos demais. Sem um guia como Virgílio, cabe ao leitor fazer o papel de Dante e pairar seu olhar severo sobre esses personagens e talvez dar de encontro consigo mesmo.

Nuvem ardente (Labrador, 176 pp, R$ 39,90), de Marcus Ozi, é um livro sobre o que vem antes da explosão — ou depois. Ele é composto por seis contos que queimam devagar, caminhando entre a memória e o mito, costurados por temas como masculinidade, silêncio, morte e transformação. Textos desesperados, humorados e, por que não, fantásticos. Histórias sujas, secas, quentes. Cada conto funciona como uma estrada ou um espelho. Parte aconteceu. Parte não. A nuvem ardente é o sinal que antecede a erupção. Por isso, este livro também se coloca como uma profecia de ruptura, para que tudo renasça: mais fértil, mais vivo, mais forte, mas que não se coloca com a pretensão de fornecer grandes respostas ao leitor, que talvez encontre algo parecido com o que perdeu no caminho. Marcus Ozi é um escritor cujos contos transitam entre o realismo psicológico e o simbolismo mítico. Tem como principais temas de sua escrita memória, silêncio, redenção e homens que percorrem uma linha tênue entre a fuga e a transformação.