O Prêmio Jabuti 2025 realizará, na próxima terça-feira (16), às 17h, o seu segundo encontro com autores no Rio de Janeiro. O palco do Teatro Carlos Gomes (Praça Tiradentes, s/nº - Rio de Janeiro / RJ), vai receber a escritora Conceição Evaristo e a educadora e ativista da leitura Bel Santos Mayer, em conversa mediada pelo escritor e curador literário Henrique Rodrigues. Com o tema Literatura e Memória Viva, o evento destacará o papel da memória, da ancestralidade e da escrita de si na consolidação de uma literatura afro-brasileira plural e potente. "Contar com Conceição Evaristo e Bel Santos Mayer nesse diálogo é reafirmar a importância da literatura afro-brasileira como força vital da nossa identidade cultural”, afirma Hubert Alquéres, curador do Prêmio Jabuti e desta série de encontros, com entrada gratuita. Leia Mais para acessar a nota completa.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre as novidades programadas para o período, estão A palavra e o poder (Civilização Brasileira) que revisita os debates que marcam o país desde 1985, no ano dos 40 anos da redemocratização do Brasil; além da edição em quadrinhos de Incidente em Antares (Quadrinhos na Cia), de Erico Verissimo e Anônimos (Olhares), que destaca o mobiliário do período moderno brasileiro. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

A Feira Literária da Zona Sul (Felizs) realizará a sua 11ª edição, entre os dias 19 e 27 de setembro. A programação gratuita ocupará escolas, bibliotecas, centros culturais, as instalações do Sesc Campo Limpo e outros espaços. Nascida do desejo de reunir e valorizar os artistas e escritores da periferia da Zona Sul de São Paulo, a feira tem a literatura como sua linguagem central, promovendo um intercâmbio cultural. Este ano, o tema será Memória e resistência: “a luta não é para hoje é para sempre”. Com cerca de 60 expositores de livros, entre editoras e autores independentes, além de 26 expositores voltados para artesanato e gastronomia, o evento espera receber 10 mil pessoas. “Eventos como a Felizs, que dão visibilidade para autores independentes expressarem suas questões, são de suma importância para a literatura nacional, pois trazem um panorama alternativo e inclusivo”, destaca Diane Padial, idealizadora da feira.Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A cientista social canadense Kasley Killam estará em São Paulo no dia 17 de setembro para o lançamento do livro Saúde Social: A arte e a ciência da conexão humana (Selo Amarilys), obra em que a autora apresenta o pioneiro conceito de saúde social como fator determinante para a qualidade de vida, a saúde física e a longevidade. A noite de autógrafos será realizada no dia 17 de setembro, às 18h30 na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915 - São Paulo / SP) e haverá um bate-papo da autora com Andrea Bisker, publicitária e especialista em tendências e comportamento do consumidor. Formada em Harvard e fundadora do Social Health Labs, Kasley Killam é reconhecida internacionalmente por seu pioneirismo no tema. Já palestrou duas vezes no TED, atua como consultora para organizações como Google, Fórum Econômico Mundial e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Leia Mais para acessar a notícia completa.

O jornalista e escritor Edney Silvestre vai lançar o romance O último Van Gogh (Globo Livros, 368 pp, R$ 88) no dia 30 de setembro, uma terça-feira, às 19h, na Livraria da Travessa do Leblon (Av. Afrânio de Melo Franco, 290, loja 205 A — Rio de Janeiro / RJ). Vencedor do Prêmio Jabuti e com livros traduzidos em sete países europeus, o autor retorna às livrarias com uma narrativa que conecta a vida de Vincent van Gogh, no século XIX, à de um jovem brasileiro em 2024. “Minha visão sobre quem Vincent realmente foi mudou radicalmente quando vi, em 2014, a exposição Van Gogh – o suicidado pela sociedade, no Museu d’Orsay, em Paris”, lembra Edney Silvestre. “Ali percebi o gigantesco equívoco de tratar sua arte e sua morte como fruto apenas de depressão. Vincent foi ridicularizado, rejeitado, empurrado ao suicídio por uma sociedade incapaz de compreender sua sensibilidade. Ele era, antes de tudo, um invisível”, afirma o autor. Leia Mais para acessar mais informações sobre o livro.

Com respaldo científico e olhar sobre a sociedade contemporânea, os psicólogos sociais Elliot Aronson e Carol Tavris exploram em Erros foram cometidos (Goya, 352 pp, R$ 64,90 – Trad.: Renato Marques) histórias reais ― algumas trágicas, outras bem-humoradas ― que revelam como enfrentamos (ou evitamos) nossos deslizes, tanto na vida pessoal quanto na esfera pública. No centro dessa análise está um mecanismo poderoso e muitas vezes inconsciente: a autojustificação. Elliot Aronson lecionou nas universidades Harvard, de Minnesota, do Texas e da Califórnia. Entre muitos títulos e premiações, ganhou o reconhecimento da Associação Americana de Psicologia por sua contribuição científica, sendo o único profissional a ter se destacado nas três principais categorias acadêmicas: escrita, ensino e pesquisa. Sua principal área de interesse é a influência social no comportamento humano. Atualmente, é professor emérito da Universidade da Califórnia. Já Carol Tavris é psicóloga social, doutora pela Universidade de Michigan e ensinou psicologia na Universidade da Califórnia, Los Angeles e na New School for Social Research. Também faz parte da Associação Americana de Psicologia, da Associação para a Ciência Psicológica e do Center for Inquiry.

Em Estudos africanos de gênero (WMF Martins Fontes, 696 pp, R$ 79,90 – Trad.: Karine Ribeiro) a socióloga nigeriana de origem iorubá Oyèrónké Oyewùmí reuniu uma gama de textos de autores e autoras de diferentes origens étnicas, nacionalidades, perspectivas teóricas e idiomas. Tantas diferenças reunidas em um único volume ajudam a perceber a polifonia de temas e abordagens dos estudos de gênero no continente africano. "A tradução desta coletânea para a língua portuguesa amplia nossa condição de conhecer o pensamento de autoras africanas, o que certamente nos oferece possibilidades de identificar sinergias e trocas a partir de nossas semelhanças e diferenças", assinam, em conjunto, Bianca Santana e Sueli Carneiro. A autora Oyèrónké Oyewùmí é uma pesquisadora nigeriana e professora associada de sociologia na Universidade Stony Brook, que frequentou a Universidade de Ibadan e a Universidade da Califórnia em Berkeley. Sua tese de doutoramento de 1993, publicada em 1997 com o título A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero, ganhou o prêmio da American Sociological Association de 1998 por distinção na categoria de gênero e sexualidade.

A partir de uma análise das experiências de emancipação do século XX, Okoth questiona os limites das abordagens teóricas predominantes no século XXI — como o afropessimismo e a decolonialidade — que, segundo ele, descartam a crítica da economia política e reduzem o marxismo a uma ciência eurocêntrica e obsoleta. Ao longo do livro África vermelha (Boitempo, 200 pp, R$ 61, – Trad.: Heci Regina), o autor articula eventos históricos africanos com a trajetória e a formação política e intelectual de figuras centrais do pensamento negro e anticolonial. Em vez de ver o marxismo como uma relíquia, Okoth o encara como uma ferramenta ainda vital para imaginar e impulsionar projetos políticos emancipatórios: “Mas por que se agarrar a uma política que supostamente está ‘ultrapassada’, como afirmam alguns? O objetivo, defendo eu, é recordarmos que havia, e ainda há, caminhos alternativos para a emancipação – caminhos que, no entanto, foram esquecidos, mas que continuam tão radicais e transformadores como sempre. Cabe a nós construir um comunismo para o nosso tempo a partir das ruínas da África Vermelha”, escreve.

Numa realidade paralela ao cotidiano sangrento da guerra às drogas nas periferias, emergem em Nobres traficantes (Zahar, 312 pp, R$ 75,90) diversas tramas, nas quais circulam os mais variados tipos: dos jovens de classe alta que ganham dinheiro com o delivery de maconha orgânica nos bairros mais nobres de São Paulo aos ricos empresários que controlam o transporte aéreo de cocaína, ligando produtores e clientes no Brasil. Entre esquemas milionários financiados por empresários respeitados, Abbud reconstitui também os passos de agentes que trabalham na repressão a entorpecentes e os bastidores de operações da Polícia Federal como a Oversea, que evidenciou a presença no Brasil da máfia calabresa ‘Ndrangheta e expôs o elo da corrupção investigada durante a Operação Lava Jato com o narcotráfico transnacional. Nas capitais, nas fronteiras e no interior do país, infiltrado em delegacias, viaturas, boates e escritórios de advocacia, o autor entrevistou dezenas de pessoas envolvidas com o comércio de substâncias ilícitas e a repressão policial ― menos para fazer denúncias do que para compreender e retratar o complexo funcionamento desse mercado ilegal e suas repercussões na sociedade e na economia.

Em Essa guerra é aqui (Ipê das Letras, 60 pp, R$ 40), o autor Carlindo S. Ribeiro coloca em versos a miséria nas comunidades carentes do Rio de Janeiro. Balas perdidas, violência, assassinatos, tráfico de drogas, pobreza, preconceito, injustiça social são o pano de fundo para a composição dos sonetos e poemas. Utilizando uma linguagem próxima da oralidade, o autor expõe, sem romantizar os temas, a cruz da vida nos morros e favelas de uma das cidades mais violentas do país. A tortura e morte do jornalista Tim Lopes (1950-2002), o sequestro do ônibus da linha 174 no dia 12 de junho de 2000 pelo sobrevivente da Chacina da Candelária e a recente morte sem motivação do jogador de futebol Kauan Galdino são exemplos de acontecimentos reais retratados nos poemas. Ao mesmo tempo, o livro também se propõe a ser uma denúncia do descaso e da indiferença do poder público frente à criminalidade que grassa nas periferias das grandes cidades.