A África revolucionária
PublishNews, Redação, 11/09/2025
A partir de uma análise das experiências de emancipação do século XX, Okoth questiona os limites das abordagens teóricas predominantes no século XXI

A partir de uma análise das experiências de emancipação do século XX, Okoth questiona os limites das abordagens teóricas predominantes no século XXI — como o afropessimismo e a decolonialidade — que, segundo ele, descartam a crítica da economia política e reduzem o marxismo a uma ciência eurocêntrica e obsoleta. Ao longo do livro África vermelha (Boitempo, 200 pp, R$ 61, – Trad.: Heci Regina), o autor articula eventos históricos africanos com a trajetória e a formação política e intelectual de figuras centrais do pensamento negro e anticolonial. Em vez de ver o marxismo como uma relíquia, Okoth o encara como uma ferramenta ainda vital para imaginar e impulsionar projetos políticos emancipatórios: “Mas por que se agarrar a uma política que supostamente está ‘ultrapassada’, como afirmam alguns? O objetivo, defendo eu, é recordarmos que havia, e ainda há, caminhos alternativos para a emancipação – caminhos que, no entanto, foram esquecidos, mas que continuam tão radicais e transformadores como sempre. Cabe a nós construir um comunismo para o nosso tempo a partir das ruínas da África Vermelha”, escreve.

[11/09/2025 08:37:26]