Neste episódio do Podcast do PublishNews, vamos ouvir a mesa de abertura do Ciclo do Autor Homenageado da Flip – Paulo Leminski – que contou com Alice Ruiz e José Miguel Wisnik, com mediação do editor Tarso de Melo. De 30 de julho a 3 de agosto, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) celebra sua 23ª edição. O autor homenageado desta edição é Paulo Leminski – tema do episódio desta semana. Outro dos destaques da programação principal deste ano é a forte presença das discussões políticas, voltadas para o contexto geopolítico, na programação do evento. Entre os nomes anunciados, estão Arnaldo Antunes – que vai fazer a sessão de abertura do evento, na quarta-feira –, Marina Silva, Gregório Duvivier e o historiador Ilan Pappe. Este ano a Festa volta a seu período tradicional, entre os meses de julho e agosto, depois de alterações em seu calendário em decorrência da pandemia. A Flip e o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc promoveram na última semana o Ciclo do Autor Homenageado, na capital paulista. Em quatro encontros, a série de debates, que antecede a Festa, convidou autores e poetas de diferentes gerações, permitindo aprofundamentos e investigações multidisciplinares a respeito do homenageado da edição. Este podcast é um oferecimento de Câmara Brasileira do Livro (CBL), MVB América Latina e UmLivro. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Nesta segunda-feira (7), o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação Artística e Cultural, Livro e Leitura (Sefli), e o Ministério da Educação (MEC), com a Secretaria de Educação Básica (SEB), abrem consulta pública sobre o novo Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) 2025-2035. O objetivo da iniciativa é ouvir a população sobre as ações do livro, leitura, literatura, escrita e bibliotecas no Brasil para os próximos 10 anos. O processo visa qualificar a elaboração do novo PNLL a partir da expertise e anseios da população para a área e segue aberta ao público até 08 de agosto de 2025. Acesse a consulta aqui. O novo Plano é um conjunto de políticas, programas, projetos e ações continuadas, que vai resultar na formulação permanente de estratégias para o desenvolvimento da capacidade leitora no Brasil. Para o secretário de Formação Artística e Cultural, Livro e Leitura (Sefli), Fabiano Piúba, com a regulamentação da Lei da Política Nacional de Leitura Escrita (PNLE), em 2024, a pauta trouxe para os ministérios da Cultura e da Educação o desafio da construção do novo Plano Nacional de Livro e Leitura, para estabelecer ali os objetivos, metas e ações para os próximos 10 anos. Clique no Leia mais para ler a entrevista na íntegra.

Morreu no sábado (5) o poeta Régis Bonvicino, aos 70 anos. De férias na Itália com sua família, a esposa do escritor e crítico literário, Darly Menconi, confirmou à Folha de S.Paulo que Régis sofreu uma queda e permaneceu internado durante uma semana. Ele também foi colunista da Folha e vencedor do Prêmio Jabuti com o livro 33 poemas (Iluminuras). O Estadão recuperou postagem recente do autor nas redes sociais, que registrava a viagem para visitar locais do país que dialogavam com o cinema, outro interesse do escritor. Dentre as obras mais famosas de Régis estão suas publicações ao lado de seu amigo Paulo Leminski, que é homenageado em 2025 na Flip. O escritor Ruy Castro usou sua coluna na Folha de S. Paulo para falar do atual contexto de "torturas" em que as línguas estão submetidas. Também saiu na Folha uma reportagem sobre o novo livro de Djaimilia Pereira de Almeida, motivada por luto familiar. Em clima de férias escolares, a coluna Era outra vez listou dez livros para ler com as crianças durante o período. O Estadão produziu uma reportagem em vídeo detalhando como funciona a exposição imersiva sobre Júlio Verne. O veículo elaborou também uma lista com cinco livros para entender o contexto atual, em que dá dicas de obras sobre inteligência artificial e guerras. O Estado de Minas pautou o lançamento do livro Os elefantes viriam pela manhã – Treze contos à procura de Dalton Trevisan, em que 13 escritores prestam homenagens ao Vampiro de Curitiba, que aconteceu no último sábado (5). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A programação da 24ª edição da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto (FIL), que ocorre entre os dias 15 e 24 de agosto, vai celebrar a trajetória literária de Ignácio de Loyola Brandão, que em 2025 completa 60 anos de carreira. A homenagem especial terá exposição, espetáculo teatral e palestra. Toda a programação é gratuita. Na entrada do espaço Ambiente de Leitura – na Esplanada do Theatro Pedro II –, fotos, textos, livros, desenhos e objetos pessoais do escritor compõem a exposição comemorativa “Entre Distopias e Delicadezas”, que poderá ser visitada durante todo o evento. A Cia Dois Palitos apresenta o espetáculo infantojuvenil “Encaramiloyola”, que une literatura, música e teatro a partir de quatro livros de Ignácio de Loyola Brandão. A montagem contou com a consultoria do próprio autor e traz uma trilha sonora composta por músicas que estavam nas paradas das rádios na época em que cada livro foi escrito. No dia 23 de agosto (sábado), às 14h30, Ignácio participa de uma sessão especial do Salão de Ideias ao lado de seu filho, o documentarista André Brandão. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Com a abertura da venda de ingressos para Feira de Frankfurt 2025 (15 a 19 de outubro), também está aberto período de inscrições para a Conferência Infantil de Frankfurt, marcada para o dia 15, das 16h às 18h30, no recinto da feira, seguido de um coquetel para networking. Nesta edição, a autora Cornelia Funke, de O cavaleiro e o dragão, Mundo de tinta, A cor da vingança, entre outros, passa o papel de palestrante principal da conferência para o ilustrador Axel Scheffler (Pip e Posy – O grande livro de palavras, O gigante mais elegante da cidade, O caracol e a baleia, O livro preferido de um garoto sabido). Após um evento bem sucedido no ano passado, com foco sobre a responsabilidade da publicação de livros infantis, a Conferência este ano dará ênfase a insights e lições aprendidas sob o tema "Livros infantis em um mundo frágil". Diferentes atores do setor editorial discutirão como combater algumas das muitas questões graves, como o aumento do analfabetismo e a censura literária. Como a indústria pode possibilitar o acesso a uma gama diversificada de livros e oferecer lições aprendidas que possam ser adaptadas a outros contextos, países e idiomas? – este será o mote da programação. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Estão abertas as inscrições para a 15ª edição do Prêmio Nacional de Literatura dos Clubes, iniciativa que incentiva a prática da escrita entre associados de clubes de todo o Brasil. Organizado pelo Sindi Clubes SP em parceria com a Academia Paulista de Letras, com o apoio cultural da Fenaclubes, o Prêmio aceita inscrições até o dia 2 de agosto e premiação de até R$ 2 mil. Todas as obras serão avaliadas por uma comissão composta por jurados indicados pela Academia Paulista de Letras. Além disso, todos os textos selecionados serão publicados na antologia Prêmio Nacional de Literatura dos Clubes – 15ª Edição – Obras Vencedoras 2025, em formato e-book, que será disponibilizado em PDF no site do Sindi Clubes. A cerimônia de premiação ocorrerá na sede do Sindi Clubes, em data a ser anunciada. Para participar, basta acessar o site, ler o regulamento, preencher a ficha de inscrição no final do site. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Após seis meses de implementação, o projeto piloto Cria das Letras, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com a Companhia das Letras, beneficiou cinco unidades socioeducativas no Brasil, entre elas o Case Santa Luzia, da Fundação de Atendimento Socioeducativo de Pernambuco (Funase) — único selecionado no Nordeste. A proposta promoveu rodas de leitura, oficinas e reflexões que reafirmaram o papel da literatura na inclusão e no protagonismo juvenil. Ao todo, 150 exemplares de livros foram distribuídos de forma progressiva ao longo dos encontros. As atividades, realizadas semanalmente com leitura orientada por monitores, promoveram debates e também integraram oficinas de xilogravura, pintura de ecobags e outras ações criativas, ampliando o contato das adolescentes com a arte e a cultura. Ao final do ciclo, uma exposição foi montada na própria unidade com as produções realizadas pelas jovens. Criado com o objetivo de fortalecer a cultura no sistema socioeducativo, o projeto surgiu dentro do Programa Fazendo Justiça (CNJ/PNUD), como resposta aos desafios no acesso à leitura e à formação crítica. A iniciativa começou em 28 de janeiro, quando as socioeducandas receberam os primeiros livros do clube de leitura. Seis títulos foram escolhidos a partir de uma curadoria feita com a editora, com base em formulários respondidos pelas próprias jovens. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Editora WMF Martins Fontes está à procura de um auxiliar de suporte júnior – TI para dar suporte técnico presencial aos usuários; configurar e instalar computadores, impressoras e outros dispositivos; e registrar e acompanhar chamados de suporte em sistemas internos. Os requisitos incluem ensino superior completo em Tecnologia da Informação, Engenharia da Computação, Ciências da Computação, Análise de Sistemas ou afins; conhecimento avançado do Office 365; e vivência anterior em suporte técnico. A vaga é para São Paulo (SP). Interessados podem enviar currículos para rh@wmfmartinsfontes.com.br.

A editora carioca Barléu Edições - dedicada à arte contemporânea, especializada em mapear e divulgar o melhor da produção artística nacional – abriu uma vaga de estágio no setor comercial. Para se candidatar é preciso cursar administração, publicidade ou comunicação; ter interesse pelo segmento editorial e livreiro; conhecimento do inglês; e Excel (desejável). As atribuições do cargo incluem realizar assistência em todos os processos de vendas; prospecção de novos clientes; criação de estratégias de venda e planos de marketing; acompanhamento de pedidos, entradas de notas fiscais no sistema, acompanhamento das consignações e cadastro de clientes. Interessados devem encaminhar currículos para comercialbarleu@gmail.com até 2 de agosto.

Mumbo jumbo (Zain, 320 pp, R$ 79,90 – Trad.: João Vitor Schmidt) é o romance mais relevante da obra de Ishmael Reed. O livro aparece na lista das obras mais importantes do cânone ocidental feita por Harold Bloom, um dos mais importantes críticos literários em língua inglesa, e é uma espécie de thriller afro-surrealista que mistura gêneros textuais, fatos históricos e ficção. A história se passa nas décadas de 1920 e 1930, nos Estados Unidos, em meio à Era do Jazz, à proibição do álcool, às guerras de gângsteres de Nova York, ao crash da Bolsa de Valores, à ocupação militar dos EUA no Haiti (1915-1934) — e ao surto de uma “epidemia dançante” chamada Jes Grew. No centro da trama está PaPa LaBas (figura baseada em Exu, Legba, Elegbara), um “detetive Neo-Hudu” que se encarrega de investigar essa ameaça. Com sua narrativa singular, Reed reconstrói a História em chave satírica e crítica, desde o Egito Antigo até os Estados Unidos dos anos 1970, confrontando a tradição filosófico-literária do Ocidente ao dar voz às figuras esquecidas da arte negra mundial e às práticas religiosas de matriz africana, como o vodu haitiano, a religião iorubá e o candomblé.

Em meio à movimentada rotina da capital sul-coreana, um pacato estabelecimento oferece mediação entre aqueles que querem ser ouvidos e os que desejam ouvi-los. A Geulwoll, que ganhou popularidade por oferecer o serviço de penpal — uma troca de cartas anônimas entre clientes —, abriga diversas histórias emocionantes. Elas inspiraram a ficção de cura A loja de cartas de Seul (Intrínseca, 256 pp, R$ 49,90 – Trad.: Núbia Tropéia), de Baek Seung-yeon. Hyoyeong é uma jovem sonhadora que sempre viveu à sombra da irmã, Hyomin, considerada o orgulho dos pais. Por isso, todos são pegos de surpresa quando Hyomin é vítima de um golpe financeiro e perde todas as economias da família. Envergonhada e incapaz de lidar com a sensação de que decepcionou a todos, Hyomin foge, deixando Hyoyeong com o fardo de ajudar os pais a manter a casa e de cuidar da mãe, que acaba de sofrer um acidente. Ao mesclar histórias reais de clientes da Geulwoll e a trajetória de Hyoyeong rumo ao perdão e a novos objetivos, Baek Seung-yeon constrói uma narrativa que homenageia tradição de compartilhar cartas.

O colapso de ideais e a reinvenção afetiva em um Brasil dilacerado guiam o segundo romance de Danichi Hausen Mizoguchi, Eterna fantasia (Dublinense, 194 pp, R$ 49,90). Depois do premiado Cinco ou seis dias — vencedor do Prêmio Ufes e finalista do Prêmio Rio de Literatura —, o autor retorna à ficção com uma obra que mistura desencanto político, pulsão de vida e o desejo como resistência. E traz um olhar afiado sobre o Brasil contemporâneo, o fim de uma era e o ímpeto do desejo como rota de fuga de um mundo que desmorona. Protagonista do romance, Maria é uma mulher em seus trinta e tantos anos que, em meio às turbulências da política nacional e aos impasses cotidianos de seu trabalho numa ONG pró-Direitos Humanos, assiste à erosão de seus ideais. Tudo à sua volta parece ruir: vínculos, estruturas, certezas. É nesse contexto desencantado que surge Sofia, bem mais jovem que ela; e com Sofia, a possibilidade de um recomeço. Com uma prosa ágil e oral, Danichi descreve as andanças da personagem por Cuba, Uruguai e, sobretudo, pelo Rio de Janeiro, desfiando com sensorialidade aguçada lugares, sabores, trilhas sonoras e o prazer do sexo.

A obra Oi, mãe (Tulipa, 152 pp, R$ 68,90) transita entre memória e ficção para narrar um reencontro com o passado e uma atribulada trajetória familiar. O livro se debruça nos meandros da memória e tem como objetivo propor uma reflexão sobre os afetos, os silêncios e as marcas deixadas por experiências intensas. Ao colocar no texto elementos como a leveza e a dor, Alice Guimarães constrói um romance de formação que celebra a beleza das vivências humanas e a força das conexões familiares e principalmente a força feminina. Oi, Mãe é uma tentativa de dar sentido ao inexplicável. A obra é a estreia da autora na literatura e tem evento de lançamento do livro nesta terça-feira (8) às 18h, no Guarita Bar (Rua Simão Álvares, 952 — São Paulo / SP), local em que Alice também é bartender. O livro conta com ilustrações de Angelita Cardoso, artista que atualmente trabalha e ministra aulas em seu ateliê em Florianópolis (SC), além de exposições pela Europa em países como Portugal, Espanha, França e Alemanha.

A casa (Arqueiro, 256 pp, R$ 59,90 – Trad.: Fabiano Morais da Costa), terceiro volume da série Blackwater, escrita por Michael McDowell, inicia nove anos após a fatídica enchente em Perdido, mas a tensão entre Elinor e Mary-Love continua cada vez mais forte, afetando todo o clã Caskey. Miriam e Frances, as duas filhas de Elinor, são criadas como rivais, em casas diferentes. E é na residência de Frances que se encontra algo sombrio e implacável, à espreita de sua próxima vítima. A saga Blackwater é um fenômeno internacional com mais de 2 milhões de livros vendidos pelo mundo. “Uma sábia combinação de Dumas com Lovecraft. Um cruzamento entre Stephen King e Gabriel García Márquez”, analisa Robert Shaplen, do The New Yorker.