
A proposta promoveu rodas de leitura, oficinas e reflexões que reafirmaram o papel da literatura na inclusão e no protagonismo juvenil. Ao todo, 150 exemplares de livros foram distribuídos de forma progressiva ao longo dos encontros.
As atividades, realizadas semanalmente com leitura orientada por monitores, promoveram debates e também integraram oficinas de xilogravura, pintura de ecobags e outras ações criativas, ampliando o contato das adolescentes com a arte e a cultura. Ao final do ciclo, uma exposição foi montada na própria unidade com as produções realizadas pelas jovens.

Com a conclusão desta etapa, um exemplar de cada obra permanecerá na unidade, e os demais serão encaminhados a outras unidades da Funase, ampliando o alcance do projeto.
Milena Trajano, gestora do Case Santa Luzia, revelou que “o projeto incentivou a leitura entre as jovens, muitas vezes desprovidas desse hábito. Ao chegarem à unidade, elas têm acesso a uma biblioteca e a profissionais dedicados a fomentar o prazer pela leitura, o que, por sua vez, contribui para o aprimoramento de suas habilidades escolares. Trata-se, portanto, de uma iniciativa que enriqueceu significativamente a rotina da unidade, ao mesmo tempo em que valoriza a literatura regional. Respeitando os interesses individuais das jovens, o projeto também promove a difusão da cultura popular local”, diz.
À Funase, I. E., de 15 anos, comentou sobre a experiência dela no clube: “gostei muito do livro Heroínas negras e, assim, fui aprendendo bastante com isso. Eu espero que ela volte novamente com esses clubes de leitura, porque isso faz bem para a gente aqui na Funase”.
A expectativa agora é de que todas as unidades socioeducativas da Funase sejam contempladas com o projeto, garantindo a mais adolescentes o acesso à leitura, à reflexão crítica e a espaços de construção de novas narrativas sobre si e sobre o mundo.
A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) é o órgão estadual responsável pela execução das medidas socioeducativas de internação e semiliberdade voltadas a adolescentes e jovens em processo de reinserção social após a prática de atos infracionais em Pernambuco. A instituição também é responsável pelo atendimento inicial e pela internação provisória desse público.