Dois mil e vinte e cinco começou com um ritmo animador para o varejo de livros. O 2º Painel do Varejo de Livros no Brasil – pesquisa realizada pela Nielsen Book e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) – trouxe mais uma vez dados positivos referentes ao período de 27 de janeiro e 23 de fevereiro. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a variação positiva no volume foi de 2,56% e, no faturamento, de 5,77%. Em números reais, foram vendidos 4,24 milhões de livros acumulando uma receita de R$ 240,84 milhões, enquanto no período 2 de 2024 foi registrado a venda de 4,13 milhões de livros com um faturamento de R$ 227,70 milhões. Além disso, o preço médio também apresentou uma alta de 3,13%, chegando a R$ 56,77. No entanto, o número de ISBNs caiu -13,51%. “Este crescimento observado nos últimos períodos vem alavancado pela retomada do sucesso dos livros de colorir. Se considerarmos o fim do ano passado, estamos com seis períodos seguidos de crescimento, o que pode apontar para uma tendência positiva”, opina Dante Cid, presidente do SNEL. Ismael Borges, Country Manager da Nielsen Book do Brasil, comenta: “a largada de 2025 se mostra positivamente sólida". Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Estão prorrogadas as inscrições para uma das categorias mais importantes do Prêmio PublishNews – Profissional de Marketing e Vendas do Ano. Interessados podem se inscrever (ou inscrever colegas) preenchendo este formulário agora até esta sexta-feira (dia 28 de março). Os finalistas serão anunciados em seguida, quando então se inicia o processo de escolha do vencedor – do qual faz parte uma votação popular. A distinção, presente em todas as edições do Prêmio PublishNews, celebra esse grupo de profissionais essencial para que os livros se destaquem nas vendas e, por extensão, entrem para as listas de mais vendidos. É o primeiro reconhecimento no país voltado especificamente para aqueles que cuidam da comercialização de livros. Outras duas categorias estão com as inscrições abertas. Para o Prêmio Skeelo – Inovação do Ano, devem ser feitas por meio deste formulário. Já o Prêmio Catavento é dividido em duas categorias: Livraria Destaque e Livreiro do Ano. Os interessados já podem realizar as inscrições – clique aqui para saber como. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Brasil está se preparando para desembarcar na Itália e participar da Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha (31 de março a 3 de abril). Este evento é amplamente reconhecido como a maior feira literária dedicada aos segmentos infantil e infantojuvenil em todo o mundo. O estande brasileiro, organizado pelo Brazilian Publishers, o projeto de internacionalização de conteúdo editorial brasileiro realizado em parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), com apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), ocupará 96m² e apresentará uma programação exclusiva. A delegação brasileira será formada por 24 editoras. Entre elas estão: Aletria, Biruta, Callis, Carochinha, CEDIC Internacional, Ciranda Cultural, Editora do Brasil, Globo Livros, Girassol, Grupo Online Editora, Jujuba Editora, Mágico de Oz, Maralto Edições, Melhoramentos, Ôzé Editora, Pallas Editora, Pé da Letra, PopStories, Solisluna, Tabla, Telos Editora, The Ruth Rocha Project, Todolivro e VR Editora. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

“O verdadeiro benefício da IA não está no que ela pode gerar, mas em como pode curar e distribuir comentários originais. O conteúdo continuará sendo rei por um longo tempo, talvez para sempre, especialmente quando se trata de leitura”, afirmou John Kaag, cofundador e diretor de criação da Rebind Publishing, no SXSW 2025. A apresentação dele – De Gutenberg a GPT: IA e o Futuro da Leitura, em livre tradução – forneceu uma visão sobre qual é esse capítulo que a inteligência artificial está abrindo na história da humanidade. Professor de filosofia e autor de livros dessa área do conhecimento, Kaag tem se dedicado a escrever sobre a intersecção de tecnologia e cultura em veículos como The New York Times, Wall Street Journal e Washington Post. Na sua visão, a inteligência artificial é uma oportunidade de revolucionar a forma como lemos; ele a enxerga como uma forma de aprimorar e personalizar a experiência de leitura. No início da palestra, Kaag comparou a ascensão da IA ao impacto da prensa de Gutenberg – da mesma forma como a inovação do século XV tornou os livros mais acessíveis, a inteligência artificial pode representar um novo salto na disseminação do conhecimento. Pausa para ressaltar que a grande revolução não estaria no ato de gerar novos textos, mas na capacidade de curadoria. Clique no Leia mais para ler o artigo na íntegra.

A Feira Internacional do Livro de Buenos Aires anunciou parte de sua programação em um evento que contou com a participação de Christian Rainone, presidente da Fundación El Libro, e de Ezequiel Martínez, diretor-geral da Feira. Após uma edição de 2024 marcada por constantes tensões com o governo da Argentina, liderado por Javier Milei, Rainone expressou sua intenção de que a feira seja um ponto de recuperação para o setor editorial. Ele também reforçou o compromisso da Fundación El Libro com o diálogo, "tanto interno quanto com as diferentes instituições do governo". Além disso, destacou que a relação com a Secretaria de Cultura da Nação está sendo reconstruída. Neste ano, a Secretaria de Cultura participará da Feira por meio de dois estandes: o da Biblioteca Nacional e o da Conabip. A 49ª edição da Feira Internacional do Livro de Buenos Aires abrirá suas portas na quinta-feira, dia 24 de abril. Durante a apresentação da feira, realizada na livraria Yenny, no bairro de Palermo, foram anunciados alguns dos autores internacionais confirmados para esta edição. Entre eles, estão o italiano Erri de Luca; os espanhóis Arturo Pérez-Reverte, Rosa Montero, Fernando Aramburu, Megan Maxwell, María Dueñas e Javier Cercas; a nicaraguense Gioconda Belli; entre outros. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Editora Book One abriu um processo de seleção para o cargo de executivo de vendas com experiência comprovada na área comercial do mercado editorial para atuar em São Paulo, preferencialmente no modelo de trabalho híbrido. O profissional será responsável por gerenciar e expandir a carteira de clientes, identificar novas oportunidades, negociar contratos e coordenar eventos literários. É essencial ter habilidades estratégicas, conhecimento em comercialização de livros e disponibilidade para viagens. A editora oferece um ambiente dinâmico, remuneração compatível e bônus por desempenho. Interessados devem enviar currículo para editor@bookone.com.br com o assunto “Executivo de vendas”.

O Bagagem Literária é um novo portal no site da revista Quatro Cinco Um, em que é possível explorar tudo o que envolve a leitura e a escrita. A novidade promovida pela revista reúne conteúdos editoriais diversos sobre práticas de leitura, escrita e tudo o mais que ajuda a moldar a identidade de leitores — de livrarias, editoras, clubes de leitura e bibliotecas, grandes ou pequenas, públicas ou particulares. Além disso, em breve, será possível ainda encontrar no novo portal uma agenda, com eventos literários de todo o país. Voltada a leitores iniciantes ou veteranos, estudantes, professores, profissionais do mercado editorial, curiosos em geral e quem mais respira e se inspira em tudo que envolve os livros, a Bagagem Literária tem uma homepage própria e três partes principais. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No último dia 19, a Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL) elegeu uma nova diretoria que irá acompanhar o segundo biênio da presidente Patrícia Mara Amorim, que já estava à frente da entidade desde 2023. Ela é a primeira mulher presidente da instituição. Durante o evento, que aconteceu na sede da entidade, o ex-presidente da ABDL e atual vice-presidente de Comunicação, Leandro Carvalho, conduziu a mesa que apresentou o relatório de atividades e o demonstrativo financeiro de 2024, além da eleição da nova diretoria para o biênio 2025-2027. Entre os associados que participaram do evento, estiveram presentes no coquetel de posse Fernanda Garcia (Diretora Executiva da CBL), Tatiana Pardo (Coordenadora Executiva da CBL) e André Rodrigues Lopes (Conselho Técnico Institucional do SNEL). Em seu discurso de posse, Patrícia reafirmou o compromisso com o crescimento da entidade. “Asseguro a todos os associados que esta diretoria continuará aberta ao debate, buscando soluções que fomentem o crescimento de nosso mercado e da nossa associação". Clique no Leia mais para conferir a lista completa da nova diretoria da Associação.

Um dos críticos mais importantes do mundo da música, Elijah Wald, lança uma nova e necessária perspectiva sobre o dia em que Dylan “virou elétrico” no Newport Folk Festival no livro Dylan elétrico: Do folk ao rock (Tordesilhas, 320 pp, R$ 74,90 – Trad.: Christiano Sensi). Na noite de 25 de julho de 1965, Bob Dylan subiu ao palco no Newport Folk Festival. Apoiado por uma banda que tocava instrumentos elétricos, ele se lançou em uma versão alucinante de Maggie’s farm, seguida por seu novo single de rock, Like a rolling stone. O público de puristas do folk e ativistas políticos que o haviam celebrado como seu profeta acústico reagiu com uma mistura de choque, vaias e aplausos dispersos. A explosão foi ouvida em todo o mundo ― a declaração de independência musical de Dylan, o fim do revival do folk e o nascimento do rock como a voz de uma geração ― e foi um dos momentos decisivos na música do século XX.

O Dalai Lama teve que lidar com a República Popular da China por praticamente toda a sua vida. Ele tinha 16 anos quando a China Comunista invadiu o Tibete em 1950, apenas 19 quando teve seu primeiro encontro com o presidente Mao, em Pequim, e 25 quando foi forçado a escapar para a Índia e se tornar um líder exilado. Nas décadas seguintes, mesmo diante de muitos obstáculos, ele encarou os líderes chineses – Mao Tsé-Tung, Deng Xiaoping, Jiang Zemin, Hu Jintao e Xi Jinping – como parte de seus esforços para proteger o Tibete e seu povo, juntamente com sua língua, cultura, religião, história e meio ambiente. Agora, quase 75 anos após a invasão da China a seu país, o Dalai Lama relembra ao mundo a questão não resolvida do Tibete e as dificuldades que a população continua a enfrentar em sua própria terra. Em A voz de uma nação (HarperCollins, 288 pp, R$ 69,90 – Trad.: Natalie Gerhardt), ele oferece reflexões sobre a geopolítica da região e compartilha como foi capaz de manter a humanidade diante de profundas perdas e desafios que ameaçam a sobrevivência do povo tibetano. Este livro captura sua jornada – a descoberta do que significa perder sua casa para um invasor repressor e criar uma vida no exílio; como lidar com a crise existencial de uma nação, sua população, cultura e religião, e as previsões para o futuro que se desenha.

Em Na nossa pele (Objetiva, 128 pp, R$ 69,90), um Lázaro Ramos mais maduro entrelaça fatos de sua vida íntima com reflexões sobre o ofício de artista e outros temas como as pautas raciais, emancipação e mobilidade social. Ao estabelecer uma ponte com inúmeras outras personalidades negras, mostra como seus pensamentos e ações são forjados numa mesma ancestralidade. Assim, são muitas as vozes que habitam as páginas deste livro. A mais importante delas é a de sua mãe, Célia Maria do Sacramento, que faleceu quando ele tinha apenas 18 anos. Mais maduro e ciente das complexidades de sua própria história, Lázaro se sente finalmente pronto para compartilhar as memórias da mulher que foi sua maior inspiração. Lázaro também convida seus leitores e leitoras a refletirem sobre a vida e seu lugar no mundo. Partindo da premissa de que não existem respostas simples para questões complexas, acredita que a efetiva conquista da emancipação, a individual e a coletiva, é ainda um enorme desafio.

O livro que celebra a trajetória de um dos técnicos mais carismáticos do Brasil chega às livrarias com histórias inéditas e emocionantes. Joel Santana – o verdadeiro King do Rio (Tinta Negra, 256 pp, R$ 59,90), de Wilson Rossato, propõe uma viagem pela história de Joel Santana, o técnico que conquistou o título de "Rei do Rio" ao vencer campeonatos cariocas pelos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro: Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo. O livro narra a jornada do homem que combinou habilidade tática, carisma e resiliência para deixar um legado de conquistas no futebol brasileiro. Com relatos emocionantes, bastidores marcantes e momentos hilários, como sua parceria com Pelé na icônica campanha do xampu Head & Shoulders, a obra destaca a personalidade magnética de Joel, que transcendeu o campo e conquistou o público no Brasil e no mundo.

O Brasil de Jack Smith: Arte queer, tropicalista e underground (Eduerj, 164 pp, R$ 100), escrito por Ana Gabriela Dickstein, é o primeiro livro em português a abordar um dos mais relevantes artistas do underground americano. A publicação é fruto de uma investigação pioneira sobre Smith, cineasta, fotógrafo e performer norte-americano, considerado ícone da contracultura e precursor do teatro queer e do cinema expandido. Smith, que trabalhou em Nova Iorque na década de 1960 até a sua morte, em 1989, colocou corpos dissidentes em cena e deixou um legado que antecede e enriquece os debates da teoria queer. Entre suas obras mais contundentes, está o filme Flaming creatures, conhecido por ter causado uma revolução na cultura puritana dos Estados Unidos. A obra transformou de forma irrevogável a percepção do corpo e da sexualidade nas artes underground, com desdobramentos, inclusive, no mainstream.